quinta-feira, 30 de abril de 2020

NÃO QUERO FAZER COISAS INÚTEIS! ...


NÃO QUERO FAZER COISAS INÚTEIS! ...

“Parem de trazer ofertas inúteis ...
Lavem-se! Limpem-se! Removam suas más obras para longe da minha vista! Parem de fazer o mal, aprendam a fazer o bem! Busquem a justiça, acabem com a opressão. Lutem pelos direitos do órfão, defendam a causa da viúva.”
(Isaías 1:13,16,17 NVI)


Hoje começamos a leitura do livro do profeta Isaías, um desafio diante da extensão dessa obra, serão 66 dias de muitas emoções e grandes descobertas.     

O livro começa com a apresentação do profeta: “Visão de Isaías, filho de Amoz, que ele teve a respeito de Judá e Jerusalém, nos dias de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá. (Isaías 1.1 NVI)

O período profético de Isaías foi longo, quatro reinados, ele estava perto da corte, foi ousado, amado por alguns, odiado por outros, mas firme na missão de trazer a mensagem do Senhor. Uma mensagem de alerta, chamada de atenção, e da esperança no renovo, o Messias, Ungido do Senhor.

Desde criança tenho dificuldades com regras sem uma explicação do porquê, agradeço aos bons professores que tive de matemática e física que sacrificavam comigo tempo de intervalo ou depois das aulas para me explicar como chegar as formulas matemática. Isso me causou um problema quando fui para o 1º ano do hoje chamado ensino médio, primeira prova de física, recebo o caderno com as questões e uma folha para rascunho, você pode imaginar a bagunça que ficou o meu rascunho e o professor querendo me dar nota zero, começamos a conversar sobre o assunto, e argumentei com ele se respostas estavam certas, para aquele professor o importante não era a resposta, mas o caminho que percorri para chegar até ela.

Hoje pensando sobre o assunto, vejo que ele tinha as razões dele, e eu as minhas, na época o caminho pouco me importava, desde que eu chegasse a resposta correta. Esse professor tinha a mania de dar pontos para quem conseguisse resolver problemas no quadro, do meio do ano em diante não precisei fazer provas, tive que me adequar, aprendi a usar as fórmulas matemáticas, mas sabendo o caminho a percorrer até elas. Eu considerava inútil ficar decorando fórmulas matemáticas sem saber como se chegou nelas.

Com relação a espiritualidade e a religiosidade penso da mesma forma, o importante não fazer, mas saber porque fazer, a maioria das religiões são cheias de ações repetitivas, hierarquias e formalismos que não levam a lugar nenhum e nem a presença de Deus. Coisas inúteis que ocupam o tempo, mas não levam a lugar algum.

O povo cumpria os rituais previstos, ofereciam sacrifícios, guardavam dias considerado sagrado, davam ofertas, mas tudo proforma, um gasto de energia e recursos, alguns até poderiam que era o suficiente para agradar a Deus, quanta decepção, ações inúteis de um povo inútil. “Parem de trazer ofertas inúteis ...” (Isaías 1.13 NVI)

Amo a Igreja de Cristo, que está nesse mundo militante (todos os cristãos vivos num determinado tempo), a Igreja militante precisa se reunir em congregações locais, cada congregação tem a sua liderança e sua interpretação peculiar das doutrinas bíblicas. As congregações locais que se identificaram doutrinariamente formaram as denominações. A minha tristeza é que muitas vezes enfatizamos mais aquilo que nos difere ou que discordamos do que somos semelhantes. Quantas coisas inúteis fazemos, como desperdiçamos tempos preciosos que poderiam ser uteis nas mãos do Senhor.

Entendo que a Salvação é um ato da misericórdia de Deus e das escolhas que fazemos, mas aqueles que são do povo de Deus precisam ser e fazer a diferença, não dá para irmos na contramão da vontade de Deus. O que adianta o número de cristãos praticantes estarem aumentando nas congregações locais se não há reflexo desse aumento no dia-a-dia da sua comunidade?

O povo estava no templo, cumpriam com suas obrigações religiosas, até eram generosos em suas ofertas, mas estavam pouco se preocupando com a vontade de Deus, não estavam amando ao próximo e nem estavam dispostos a cuidar dos vulneráveis. “Removam suas más obras para longe da minha vista! Parem de fazer o mal, aprendam a fazer o bem! Busquem a justiça, acabem com a opressão. ” (Isaías 1.16, 17 NVI)

Buscar a justiça, fazer o bem e lutar para que acabem com a opressão é obrigação de todo cristão. Não adianta ficarmos dando desculpas ou querermos transferir essa responsabilidade para o Estado. Não estou falando de política partidária ou muito menos da necessidade de elegermos políticos cristãos, até porque muitos cristãos que ingressaram na política partidária são verdadeiras vergonhas.

No tempo de Isaías os órfãos e as viúvas eram os mais vulneráveis, estavam condenados a mendicância e a exploração. As ruas estavam cheias de pessoas desesperadas clamando por um ato de compaixão dos transeuntes, inclusive em volta do templo, essas pessoas, juntamente com suas necessidades e problemas, eram invisíveis aos religiosos.

O que temos para oferecer ao Senhor?

Sempre enfatizo que o relacionamento com Deus é pessoal, o Senhor deixou um manual completo do que ele espera do seu povo; se tenho dúvidas vou para o manual, nada, digo, nada pode contrariar o manual, e se houver dúvidas olha para Jesus!

O primeiro capitulo é um convite a pararmos de fazermos coisas inúteis, e nos voltarmos com todo coração para o Senhor, não quero ser um inútil!

"Venham, vamos refletir juntos", diz o Senhor. "Embora os seus pecados sejam vermelhos como escarlate, eles se tornarão brancos como a neve; embora sejam rubros como púrpura, como a lã se tornarão. Se vocês estiverem dispostos a obedecer, comerão os melhores frutos desta terra; mas, se resistirem e se rebelarem, serão devorados pela espada". Pois o Senhor é quem fala!”  (Isaías 1.18-20 NVI)

Conto com suas orações,

Pr Cláudio Eduardo


domingo, 26 de abril de 2020

COVID-19 – ABRINDO A VISÃO! ... (Mostrando o que sempre existiu e ninguém quer ver)


COVID-19 – ABRINDO A VISÃO! ...



Assim diz o Senhor, o Deus de Israel, acerca das palavras que você ouviu: Já que o seu coração se abriu e você se humilhou diante do Senhor, ... e porque você rasgou as vestes e chorou na minha presença, eu o ouvi, declara o Senhor.               (2 Reis 22:18,19 NVI)

Interessante, parece que os problemas do Sistema Único de Saúde (SUS) começaram ontem, o sistema público que atende a grande massa da população brasileira e que teria tudo para dar certo, virou fonte de corrupção e sempre foi sucateado. Profissionais sem condições de trabalhos, filas intensas, hospitais públicos lotados, famílias desesperadas e aqueles que deveriam ser assistidos morrendo sem assistência e dignidade.

A COVID-19 está mostrando como está a saúde em nossa Nação e nesse mundo chamado de civilizado. Na área da saúde observamos com a maior clareza o quanto precisamos melhorar para que tenhamos justiça social.

Educação, que disparate, um sistema público descomprometido com educação e justiça. Num momento de isolamento social, crianças fora da escola, professores sem recursos para compensar o tempo perdido, um tempo precioso que jamais será recuperado. Ao mesmo tempo, alunos de colégios particulares aproveitando ao máximo a tecnologia com aulas on-line, tarefas em dia, com o mínimo de perca possível. Dois mundos, duas realidades, condições diferentes sendo dadas as crianças, fico me perguntando:
- Como fazer justiça para com aqueles que não tiveram condições iguais de preparação para competir por um curso superior ou por um emprego?

A COVID-19 está dando visibilidade a um sistema público de educação descompromissado com a justiça e a dignidade!

Onde viver mais virou um problema, essa é a situação do mundo que vivemos; ficar velho é uma “via dolorosa” em terras brasileiras. Quando chegamos as idades mais avançadas é momento que precisamos comprar remédios, de uma assistência medica especializada, uma alimentação adequada, uma moradia adequada, e pergunto se isso é possível com o valor mínimo recebido de aposentadoria ou com os benefícios oferecidos pelo Estado.

A COVID-19 está dando visibilidade aos idosos, homens e mulheres que ofereceram sua vida na construção daquilo que usufruímos hoje. Os idosos são vulneráveis, sempre foram, e continuaram sendo. A saúde já não é mais a mesma, a mobilidade é com limitações, os recursos são escassos, pessoas inescrupulosas usando o sistema bancário com empréstimos impagáveis, e alguns se tornando invisíveis no ambiente social, familiar e religioso, solitários esperando a hora de ir para o cemitério. Como tem sido triste a situação de muitos idosos.

Se você ainda tem pai, mãe, avô, avó, e amigos idosos, valorize-o!
Mostre amor!

Desemprego, pessoas em situação de rua, favelas, drogas, violências, misérias, fome, tudo isso tem existido, ano após anos, governo após governo, geração após geração. Solidariedade em momento de calamidade é nossa obrigação, mas vai a pergunta que não quer calar:
- E depois de tudo isso?

A COVID-19 está dando visibilidade está dando visibilidade ao sofrimento do outro, aqueles que são vulneráveis, homens, mulheres e crianças invisíveis e a margem de uma sociedade motivada pelo consumo. Também temos visto muita gente fazendo alguma coisa para ajudar, alguns já faziam antes, outros estão se chegando, mas diante das necessidades precisamos de mais gente, que tenhamos ações imediatas para curto prazo e que possamos numa grande rede de solidariedade a médio e longo prazo trazendo dignidade e justiça social.

Mas essas não são minhas áreas, você poderia pensar!
Não sou da área de saúde, da educação, de políticas sociais ou especialista no trato com o idoso. Tudo isso tem me incomodado muito, principalmente porque sou pastor e teólogo, e por isso quero te convidar a fazermos um passeio pela religiosidade do nosso povo.

As igrejas estão se reinventando nesse período de isolamento social, da sala da minha casa decido a qual pregador irei ouvir, posso estar num culto em São Paulo, Manaus, Rio de Janeiro ou fora do Brasil, se não estiver gostando mudo de igreja sem sair do lugar. Alguns significados estão sendo repensados: O que é “ser igreja”? Como posso seguir a Cristo? Como ser e fazer discípulo? Pastores e diáconos ainda são para o nosso tempo? Dízimo é para a nossa geração e se for onde entregar?

Vivíamos numa geração “templista” (inventei essa palavra), onde nas reuniões coletivas estavam centralizadas a adoração, o ensino, o discipulado e a comunhão. Os cultos eram o ápice e não podiam haver falhas, afinal de contas o show tinha que ser da melhor qualidade.

Certa vez, afirmei a equipe de louvor da igreja que trabalhava:
- Eu prefiro alguém desafinado louvando ao Senhor com espiritualidade e um coração voltado a submissão e obediência a Deus, do que um musico profissional usando de toda a técnica numa perfeição inimaginável e sem intimidade com Deus.
Claro que isso é da intimidade de cada um, não temos como medir ou avaliar quem é ou não íntimo de Deus, mas o nosso exterior quase sempre mostra o que temos por dentro.

O COVID-19 impediu os “ajuntamentos solenes”, os “templos” estão fechados, agora tudo é on-line, e tenho visto tanta gente dizendo que estão com saudade da igreja, ou da comunhão dos irmãos. Já estive em vários lugares chamados de “igreja” ou em ocasiões chamadas de “culto” que entrei, fiquei e sai como se fosse invisível. Nem um sorriso, um aperto de mão, um bem-vindo ou volte outra vez.

Então: O que estamos fazendo com a verdade do evangelho? Qual o papel da Bíblia na nossa vida? Estamos realmente seguindo a Cristo?

Estou lendo o livro de 2 Reis, hoje é capitulo 22, que nos conta o começo da história do reinado de Josias, um avivamento jamais visto no meio do povo de Deus.

Ele fez o que o Senhor aprova e andou nos caminhos de Davi, seu predecessor, sem desviar-se nem para a direita nem para a esquerda. (2 Reis 22:18,19 NVI)

Um exemplo, foi Josias para o seu povo e as gerações que vieram depois dele. Alguém que escolheu ser obediente, submisso a Deus em todas as circunstâncias da sua vida.

O nome Josias significa “Jeová apoia”, e ele tomou posse e viver do apoio que somente o Senhor pode nos dar. Havia em Judá religiosidade, sacrifícios e muita idolatria, os governantes e o povo haviam se afastados da vontade de Deus. As reuniões solenes eram proforma, o livro da Lei já não era mais lido e muito menos respeitados. Sacrifícios, celebrações solenes e obrigações religiosas de um povo que não queriam saber do Deus Criador de todas as coisas.  

Avivamento começa com um retorno a Palavra de Deus (“Encontrei o livro da Lei no templo do Senhor”);

O conhecimento da Palavra leva ao arrependimento (“Assim que o rei ouviu as palavras do livro da Lei, rasgou suas vestes”); e

Tudo isso e revelado numa atitude de restauração do lugar de Deus na nossa vida (Assim diz o Senhor, o Deus de Israel, acerca das palavras que você ouviu: Já que o seu coração se abriu e você se humilhou diante do Senhor, ... e porque você rasgou as vestes e chorou na minha presença, eu o ouvi, declara o Senhor.).

Em tempo de calamidade, como estamos vivendo hoje, devemos aproveitar a oportunidade para sairmos dessa situação mais fortes, mais humanos e mais íntimos do Pai.

Que possamos sairmos melhores e fazermos o nome do Senhor conhecido!

Que a igreja, reunida na celebração ou espalhada no dia-a-dia de cada um de nós seja um agente de proclamação da esperança, de restauração de dignidade e de proclamação de justiça social.

Aprendamos com Jesus, Ele amou os seus algozes, orou por eles e fez o que precisava ser feito para que o Pai fosse glorificado!

Josias = Jeová apoia = Confiança e restauração!

Que a bondade do Senhor seja sempre sobre nós!

Abraço,

Preciso muito de suas orações!

Pr Cláudio Eduardo

domingo, 19 de abril de 2020

A REALIDADE DA CRUZ ... (VAMOS AO CALVÁRIO APRENDER DE JESUS)


A REALIDADE DA CRUZ ...



A crucificação de Jesus marcou a história da humanidade. Um fato que ocorreu numa colônia do grande império romano que num espaço curto de tempo haverá de mudar a maneira de pensar e agir de homens e mulheres. Jesus é preso, num julgamento tendencioso, onde aprendemos que nem sempre “a voz do povo é a voz de Deus”, ou que a maioria sempre tem razão.

Sempre me pergunto:
- Cadê as pessoas que foram alimentadas na multiplicação dos pães?
Onde estão os leprosos que foram curados?
Cadê Bartimeu, o cego de Jericó?
Não se ouviu o grito da mulher que durante doze anos sofria de uma doença terrível?

A lista seria imensa, de pessoas com seus familiares, que foram curadas, libertas e tiveram suas vidas transformadas pela compaixão do Senhor.

A cruz, local de sofrimento, instrumento de tortura cruel, é esse o lugar que Deus escolheu para manifestar seu amor, sua graça e misericórdia. A cruz é símbolo da miséria e da maldade humana e de vitória sobre o pecado e a morte.


CRUZ LUGAR DE PERDÃO:
“Jesus disse: "Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo.”
 (Lucas 23.34 NVI)

Mesmo em meio as dores, as traições, o perdão é a manifestação da graça bendita naquela cruz. Jesus não ali porque merecia, e muito menos por ter havido cometido algum crime, nele não havia pecado.

O grito poderia ser por justiça, mas o que observamos é a suplica pelo perdão.

Hoje não estamos no mesmo modo que aquelas pessoas, sabemos quem é Jesus, e, portanto, quando escolhemos pecar sabemos o que estamos fazendo.
Perdão é uma das atitudes condicionais impostas por Deus, recebamos o perdão do Senhor e aprendamos a nos perdoarmos.
“Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores”. (Mateus 6.12 NVI)


CRUZ LUGAR DE CUIDADO:
“Quando Jesus viu sua mãe ali, e, perto dela, o discípulo a quem ele amava, disse à sua mãe: "Aí está o seu filho", e ao discípulo: "Aí está a sua mãe". Daquela hora em diante, o discípulo a levou para casa.”
(João 19.26,27 NVI)

No tempo de Jesus não havia nenhuma proteção social para as pessoas estavam em situação de vulnerabilidade. As viúvas sem filhos eram expostas a mendicância para sobreviverem.

Como filho mais velho, Jesus tinha a obrigação de cuidar de sua mãe. Agora, ali na cruz, não se eximindo de sua responsabilidade, providencia a proteção e o cuidado para sua mãe.

Jesus tinha outros irmãos, e as vezes me pergunto:
Porque não passar essa responsabilidade para um irmão consanguíneo?

Vejo na atitude de Jesus o ensino de que seus discípulos tem a obrigação de cuidar dos vulneráveis e marginalizados, não podemos fechar os olhos para os graves problemas sociais que nos cercam.

Outro aspecto importante, é que Jesus queria a sua mãe sendo cuidada por alguém que ele confiava, que poderia continuar dando-lhe proteção, amor e carinho. Uma família de fé.


CRUZ LUGAR DE ESCOLHAS:
Jesus lhe respondeu: "Eu lhe garanto: Hoje você estará comigo no paraíso".
(Lucas 23.43 NVI)

Uma conversa interessante entre colegas de infortúnio, Jesus o justo, no meio de dois criminosos. Vale ressaltar que a cruz que Jesus usava pertencia a Barrabás.

A fama de Jesus havia crescido, seu nome estava sendo falado em quase todas as rodas de conversas; certamente aqueles homens já haviam ouvido a respeito de quem era aquele que estava entre eles.

Na cruz aprendemos que somos responsáveis por nossas escolhas.
Enquanto um escolheu escarnecer e debochar, o outro fez a escolha mais inteligente da sua vida, reconhecer em Jesus o Cristo e Senhor.

Você consegue imaginar?

Sair da agonia da cruz direto para o “paraíso”, sair da perdição para a salvação eterna.

Que escolhas temos feito?


CRUZ LUGAR DE SOLIDÃO:
Por volta das três horas da tarde, Jesus bradou em alta voz: "Eloí, Eloí, lamá sabactâni? " que significa: "Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste? "
(Mateus 27.46 NVI)

Usando o primeiro versículo do Salmo 22, Jesus expressa seu sentimento de solidão e abandono. As dores físicas e psicológicas são reais e imensas.

Dos seus seguidores e amigos, apenas algumas mulheres, sua mãe e o discípulo amado estão ali.

Aquele sofrimento já se prolonga por um tempo interminável, os nossos pecados também estão sobre ele. Jesus na cruz estava carregando todos os pecados da humanidade.

“Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados.” (Isaías 53.5 NVI)


CRUZ LUGAR DE HUMANIDADE:
“Jesus disse: "Tenho sede".”
(João 19.28 NVI)

Jesus é homem, Jesus é Deus; uma máxima da cristandade que muitas vezes foi atacada com heresias a respeito da humanidade e da divindade do Senhor.

Cristo transfigurado é o mesmo que precisa comer, descansar e dormir. Na cruz a fonte de água viva precisa saciar a sede de seu corpo físico.

Imagine alguém sofrendo sangramento durante horas, o corpo estava exposto ao sol, já havia tido uma noite de tortura, o corpo pede, o corpo grita por água.

Jesus era realmente humano e divino, ele sabia e experimentou as nossas dores e desilusões e venceu a condenação do pecado.


CRUZ LUGAR DE COMPROMISSO:
“Jesus disse: "Está consumado”.”
(João 19.30 NVI)

Missão dada, missão cumprida!

Essa máxima aprendi na juventude ao ingressar no serviço militar, e quando reconheci a Cristo como Senhor e Salvador entendi que o cumprimento da missão é o essencial.

Jesus tinha uma tarefa que começou no Éden, o pecado se torna uma realidade para humanidade, o plano de resgate entra em ação, o mundo precisa ser preparado para receber o Salvador.

O salário do pecado é a morte, morte em todas as suas versões:
* Morte espiritual – separação que o pecado causa entre nós e Deus!
* Morte física – que não é o fim, mas apenas a separação entre a matéria e o espiritual. “O pó volte à terra, de onde veio, e o espírito volte a Deus, que o deu.” (Eclesiastes 12.7 NVI)
* Morte eterna – separação eterna daqueles que ao se depararem com a morte física não tenham reconhecido a Jesus Cristo como Senhor e Salvador.

A missão de resgate da humanidade é missão de vida, vida para toda a eternidade. A parte de Deus é total e completa na cruz. A salvação não é pelos nossos méritos, mas pela graça e misericórdia do Pai.

Volto a reafirmar, a questão agora está nas escolhas que fazemos.


CRUZ LUGAR DE ENTREGA:
“Jesus bradou em alta voz: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito". Tendo dito isso, expirou. ”
(Lucas 23.46 NVI)

Fatos miraculosos ocorrem nessa hora, o véu do templo de rasga de cima abaixo, os sepulcros se abrem trazendo a vida seus mortos, o chefe da guarda reconhece que Jesus verdadeiramente é o Filho de Deus.

Jesus não foi assassinado como um mártir! Ele se entregou, para dessa maneira cumprir todos os requisitos necessários ao resgate e salvação da humanidade.

A se entregar por nós na cruz, o mínimo que podemos fazer é reconhecer que o sacrifício de Cristo na cruz é também em meu lugar.

Concluindo:
“Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz!” (Filipenses 2.5-8 NVI)

Abraço,

Preciso e continuo contando com suas orações!

Pr Cláudio Eduardo

sábado, 18 de abril de 2020

CUIDADO COM SEU EXEMPLO ... ( - Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço!)


CUIDADO COM SEU EXEMPLO ...

Amazias, filho de Joás, rei de Judá, começou a reinar. Ele tinha vinte e cinco anos de idade quando começou a reinar, e reinou vinte e nove anos em Jerusalém. ... Ele fez o que o Senhor aprova, mas não como Davi, seu predecessor. Em tudo seguiu o exemplo do seu pai Joás.                     (2 Reis 14:1-3 NVI)

- Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço!

Quando lembro dessa frase e as distorções que observamos entre o discurso e a prática, isso me incomoda muito. Alguns podem achar que estou falando sobre questão religiosa ou espiritual, na realidade me refiro a todas as áreas da nossa vida.

Imagina você, um médico dizendo ao seu paciente que fumar faz mal à saúde, uma instrução salutar, e dias depois o paciente o vê no jardim do hospital fumando. O instrutor de autoescolas ensinando aos seus alunos respeitar as normas de trânsito, e um dos seus alunos o vê fazendo barbeiragem no trânsito. O pai que corrige o filho por causa de uma mentira, e o filho o vê mentindo ao telefone dizendo ao chefe que está doente para faltar o trabalho naquele dia.

Observe que ser exemplo é algo natural, agora a escolha é nossa se queremos ser exemplo positivo ou negativo na vida das pessoas que estão a nossa volta. E pode ficar certo que sempre estaremos sendo exemplo, principalmente se estivermos exercendo posição de autoridade sobre a vida de alguém ou de um grupo de pessoas.

- Não olhe para mim, olhe para Jesus!

Essa frase já ouvi várias vezes, e no mínimo a considero em descompasso com que Jesus Cristo espera daqueles que escolheram serem seus discípulos. Lembrando que fomos chamados para sermos mais do que seguidores, somos chamados constantemente para sermos discípulos.

Ao participar do primeiro Congresso Proclamai, promovido pela Junta de Missões Mundiais da Convenção Batista Brasileira, que aconteceu no Riocentro, na cidade do Rio de Janeiro, e que foi impactante e transformador para minha vida e visão ministerial, uma música cantada durante todo o congresso me marcou profundamente, "Quero ser igual a Jesus" é o seu título, de autoria de Hugo César Peres Cunha.

Quero ser igual a Jesus,
caminhar seguro na luz,
Conhecer ao Pai e fazer Sua vontade,
tudo aquilo que Jesus aqui fez
também quero eu fazer.

Demonstrar amor como Ele mostrou
e também pregar como Ele pregou.
Quero ser exemplo de vida
como Ele foi prá mim.
Quero ser como Jesus.

Ao retornar do congresso, animado, jovem pastor, me aventurei a fazer um solo desta música para posteriormente ensinar a igreja, qual foi a minha grande surpresa quanto a crítica que recebi de uma pessoa que era membro da igreja há alguns anos, não sou bom na área musical, brinco dizendo que até batendo palmas sou desafinado, mas a crítica não foi ao meu talento musical, e sim a letra da música:
 - É uma grande arrogância desejar ser igual a Jesus.

Infelizmente o desconhecimento de quem é Jesus e qual o seu propósito tem levado muitas pessoas a considerarem inacessível seguir o modelo Jesus. Ele esteve entre nós, se fez como um de nós, deu exemplo e espera que o sigamos.


“Eu (Jesus) lhes dei o exemplo, para que vocês façam como lhes fiz.   (João 13:15 NVI)

“Para isso vocês foram chamados, pois também Cristo sofreu no lugar de vocês, deixando-lhes exemplo, para que sigam os seus passos. (1 Pedro 2:21 NVI)

Lendo 2 Reis 14, temos a história do rei Amazias, um bom menino, começou a reinar jovem, tinha apenas 25 anos, e definiu o modelo a seguir, o seu pai Joás. “Em tudo seguiu o exemplo do seu pai Joás.(2 Reis 14:3 NVI)

Quando lemos todo o texto fazemos algumas observações; Joás foi um bom rei, mas não conseguiu retirar toda a idolatria de Judá. Tal pai tal filho, Amazias foi um bom rei, mas não conseguiu superar o seu pai na luta contra a idolatria. Faltou um pouco, e essa falta no futuro fez muita diferença para a nação. “Ele fez o que o Senhor aprova, mas não como Davi, seu predecessor. ” (2 Reis 14:3 NVI)

Em Judá o referencial de rei era Davi, o modelo que não era perfeito, mas que agradou ao Senhor. Amazias foi aprovado, mas poderia ter sido nota 10. Nós cristãos temos como referencial e modelo a Jesus, o Cristo, qual seria a nossa nota?

Um dos personagens que me fascina no Novo Testamento é o Apóstolo Paulo, por sua autenticidade, sua autoridade, sua coragem, sua submissão a Cristo e o seu exemplo. “Tornem-se meus imitadores, como eu o sou de Cristo. (1 Coríntios 11:1 NVI)

Será que temos a autoridade de Paulo?

Será estamos servindo de exemplo na submissão a Cristo?

Amazias foi bom, mas podia ser melhor! Muito melhor!

Que não estejamos acomodados com o bom, que persigamos o alvo da excelência, que Jesus Cristo seja o nosso modelo, o Mestre e Senhor das nossas vidas.

Abraço,

Preciso e continuo contando com suas orações!

Pr Cláudio Eduardo

domingo, 12 de abril de 2020

VAMOS RENOVAR A ESPERANÇA, É DOMINGO DE PASCOA! ...


VAMOS RENOVAR A ESPERANÇA,
É DOMINGO DE PASCOA! ...

Se a nossa esperança em Cristo só vale para esta vida, nós somos as pessoas mais infelizes deste mundo.      
 (1 Coríntios 15:19 NTLH)


São trinta e três anos que eu e Luci Meire assumimos o compromisso de seguirmos a Cristo, nunca deixamos de estar junto com a congregação, aproveitamos cada oportunidade, cada momento de celebração, adoração, aprendizado, comunhão e integração. Amamos ser igreja e estarmos servindo ao Senhor através da sua Igreja.

Hoje estamos impedidos de estarmos reunidos, uma pandemia está provocando o isolamento social, é necessário, precisamos colaborar para que essa doença não se espalhe com uma velocidade maior do que o sistema de saúde seja capaz de suportar.

Não estamos reunidos fisicamente, mas continuamos unidos como casa de Deus ... “casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e fundamento da verdade. (1 Timóteo 3.15 NVI)
Hoje temos a tecnologia que está nos ajudando a vencer o desafio do isolamento social, na verdade estamos em casa, não estamos juntos fisicamente, mas podemos falar com o mundo, podemos ver as pessoas, podemos fazer reuniões, podemos continuar proclamando que Jesus Cristo ressuscitou.

Sou apaixonado por alguns momentos da tradição da Igreja, e um desses momentos é a celebração da chamada Semana Santa. Nas igrejas que tive o privilégio de liderar, eram três dias abençoados de programação, começando na sexta-feira e terminando no domingo à noite.

A igreja que fui seminarista tinha a tradição da celebração da sexta-feira enfatizar a sete últimas palavras de Cristo na cruz, quando a proclamação da mensagem era dividida por pastores e líderes, intercaladas com hinos, e uma oportunidade ímpar de demonstrar a grandeza do amor de Deus através de Jesus, o Cristo.

Em uma dessas oportunidades, Luci Meire levou uma colega da escola para participar da celebração das Sete Últimas Palavras de Cristo na Cruz. Ao final do culto, buscando um feedback da impressão da convidada, perguntei se ela tinha gostado, e se ficou alguma dúvida sobre tudo que tinha acontecido naquele momento de celebração.

Grande foi a minha surpresa com a observação dela, que veio através de uma observação e uma pergunta. A sua observação foi que enquanto os outros pregadores enfatizavam o Cristo, eu enfatizei a Jesus, e ela queria saber porque.

Fazem muitos anos e continuo enfatizando que Jesus é o Cristo, mas não podemos em momento nenhum esquecer que desceu da sua gloria para ser como um de nós, sem pecados, mas um de nós com necessidades e sentimentos, um de nós que nasceu de uma mulher, que foi criança, adolescente, jovem e ao entrar na fase adulta inicia o seu ministério terreno.

Um de nós que sentia fome, ficava cansado e sentia dor.

Um de nós que gostava de estar entre amigos, que ficava triste, que chorava, que sofria.

Sempre enfatizei a necessidade do resgate do Jesus histórico, que na sua época era tido como um revolucionário. Ele se levantou contra a religião do povo judeu, legalista, formal, centralizada no Templo e no sacrifício, falavam de Deus, mas estavam distantes do Senhor. Jesus condenou as injustiças, a hipocrisia, e estava sempre pronto a acolher os marginalizados por um sistema corrupto e opressor.

Jesus é crucificado, morte dolorosa e extremamente cruel, tudo isso já havia sido predito pelos profetas. A dores foram reais, e junto com as dores estava sobre ele os pecados meus, os seus e de toda a humanidade.  Como o profeta Isaías já havia predito: “Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados. (Isaías 53:6 NVI)

A morte de Jesus, o Cristo, é Deus cumprindo a sua parte no resgate da humanidade, na cruz o grito de Jesus de “está consumado”, é declaração de liberdade, estamos livres o medo da morte e de suas consequências na eternidade. Agora temos somente que escolher se cremos e recebemos a oferta de perdão e salvação derramada pelo sangue de Jesus na cruz.

Mais hoje é domingo de Pascoa, Ele, Jesus o Cristo, ressuscitou!

Até no anuncio da sua ressurreição, Jesus quebra protocolos, foram as mulheres as primeiras a receberem a notícia que transformaria a história da humanidade, o mundo não foi mais mesmo, passamos a contar os anos entre antes e depois de Cristo.  

As mulheres foram as primeiras a saber da ressurreição de Cristo porque tinham uma missão a cumprir, precisavam cuidar do corpo do homem Jesus, foram ao sepulcro para concluírem o serviço funerário, era doloroso para elas que seguiam a Jesus, mas alguém tinha que fazer.

Tinham o obstáculo da grande pedra que fechava o sepulcro, a única preocupação delas naquele momento (Evangelho de Marcos 16:3), não faziam ideia do que Deus havia preparado para elas naquela manhã. Impacto com cena da pedra removida, medo, tumulo vazio, e a declaração que vem ecoando pelos séculos:
“O anjo disse às mulheres: "Não tenham medo! Sei que vocês estão procurando Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Venham ver o lugar onde ele jazia.” (Mateus 28:5,6 NVI)

A ressurreição de Jesus Cristo é o momento de renovação da esperança, onde estavam os seus discípulos entre a sua morte e a sua ressurreição?
Isso não importa muito!

O que importa é que um pequeno grupo de homens e mulheres após o encontro com o Cristo ressurreto foram agentes de transformação da história da humanidade. A revolução que começou na palestina há mais de dois mil anos chegou até nós e vem transformando a minha vida, e espero que dia a dia transforme a sua.

Que o belo hino de louvor escrito pelo Apostolo Paulo aos filipenses seja o desejo do nosso coração, perseguirmos o modelo de Jesus na obediência e no amor e na humildade.

“Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens.
E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz!
Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai. ”  (Filipenses 25-11 NVI)

Me sinto a pessoa mais feliz desse mundo, minha esperança está em Cristo para essa vida e por toda eternidade; e você?

Um domingo de Páscoa abençoado a Igreja de Cristo, mesmo distante fisicamente, mais unida no amor, na comunhão e na adoração!

Conto muito com suas orações!

Abraço,

Pr Cláudio Eduardo

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