ELE É O SENHOR!
Eu, o Senhor, o chamei em retidão;
segurarei firme a sua mão. Eu o guardarei e farei de você um mediador para o
povo e uma luz para os gentios, para abrir os olhos aos cegos, para
libertar da prisão os cativos e para livrar do calabouço os que habitam na
escuridão.
Eu sou o Senhor; esse é o meu nome! Não
darei a outro a minha glória nem a imagens o meu louvor.
(Isaias 42:6-8 NVI)
Estamos vivendo
uma crise de autoridade, e quando falo de autoridade não estou me referindo ao
modelo hierárquico onde há uma distinção e a separação clara entre os diversos
atores de uma organização ou instituição, no relacionamento ou no canal de
comunicação temos somente quem manda e quem obedece.
Vejo uma
crise de autoridade entre aqueles que se dizem povo de Deus, e tudo começa
quando começamos a considerar que somos mais do que realmente deveríamos ser, e
numa sequência lógica, para sermos mais Deus precisa ser menos.
Desde os
primeiros registros da história da humanidade encontramos pessoas usando da
força, da dominação e do poder para subjugar outros. A ideia de autoridade
estava nas mãos dos mais fortes ou daqueles que conseguiam dominar os outros.
Nessa
caminhada cada povo criava o seu deus ou seus deuses, os quais apresentavam
comportamentos humanos e precisavam ser aplacados com sacrifícios, inclusive
humanos. Os deuses criados eram guerreiros, eram implacáveis, alguns sensuais, mas
que estavam ali para servir o seu povo.
Isaías
apresenta uma contradição para sua época, e quem sabe também para os nossos
dias, um Deus que ama, que cuida, que perdoa, que chama as pessoas a estarem
junto dele com compaixão e misericórdia.
Isaias
apresenta o Deus que haveria de se fazer como um de nós, que na sua encarnação
viria nascido de uma mulher, que passaria por humilhações, dores e sofrimentos
e que ensinaria muito mais com seu exemplo de serviço.
É de uma
magnitude excepcional a maneira como Deus mostra o Cristo para Isaias e a seu
povo, e isso com uma antecedência de mais de seiscentos anos. Em Isaias Jesus
Cristo é apresentado como o Servo Sofredor.
Às vezes,
com meus botões, fico a me perguntar:
- Onde
está a igreja servidora?
Muitas
vezes são feitos Investimentos altíssimos para que tenhamos uma estrutura de
conforto para os adoradores, centralizamos a nossa religiosidade nas quatro
paredes do “templo”, dividimos a nossa vida naquilo que é espiritual e no que é
secular, estamos nos distanciando do Criador, olhamos mais para as nossas
necessidades pessoais do que para o que o Senhor espera que estejamos enxergando.
O Senhor diz: “... Povo de Israel, você tem visto muitas
coisas, mas não entendeu nenhuma delas; você tem ouvido muitas coisas, mas não
aprendeu nada. ” (Isaias 42.20 NTLH)
Ao ler essa passagem bíblica numa linguagem contextualizada,
me parece que não mudou muita coisa; o que você acha?
Gastamos mais tempo com as frivolidades das redes sociais
do que com estudos da Bíblia e com oração. Estamos sendo religiosos e
esquecemos de viver a essência do evangelho que poderíamos resumir na palavra
amor.
Jesus, o Cristo, já veio, prova de amor
incondicional, deixou seus ensinos, o seu exemplo e a sua promessa, será que dá
para entendermos e aprendermos alguma coisa com Ele?
Está na hora de deixarmos mais de Cristo habitar em
nós, de verdade e não apenas numa busca superficial de uma religiosidade onde
não chegaremos a lugar algum.
Abraço,
Conto muito com suas orações!
Pr Cláudio Eduardo