domingo, 26 de abril de 2020

COVID-19 – ABRINDO A VISÃO! ... (Mostrando o que sempre existiu e ninguém quer ver)


COVID-19 – ABRINDO A VISÃO! ...



Assim diz o Senhor, o Deus de Israel, acerca das palavras que você ouviu: Já que o seu coração se abriu e você se humilhou diante do Senhor, ... e porque você rasgou as vestes e chorou na minha presença, eu o ouvi, declara o Senhor.               (2 Reis 22:18,19 NVI)

Interessante, parece que os problemas do Sistema Único de Saúde (SUS) começaram ontem, o sistema público que atende a grande massa da população brasileira e que teria tudo para dar certo, virou fonte de corrupção e sempre foi sucateado. Profissionais sem condições de trabalhos, filas intensas, hospitais públicos lotados, famílias desesperadas e aqueles que deveriam ser assistidos morrendo sem assistência e dignidade.

A COVID-19 está mostrando como está a saúde em nossa Nação e nesse mundo chamado de civilizado. Na área da saúde observamos com a maior clareza o quanto precisamos melhorar para que tenhamos justiça social.

Educação, que disparate, um sistema público descomprometido com educação e justiça. Num momento de isolamento social, crianças fora da escola, professores sem recursos para compensar o tempo perdido, um tempo precioso que jamais será recuperado. Ao mesmo tempo, alunos de colégios particulares aproveitando ao máximo a tecnologia com aulas on-line, tarefas em dia, com o mínimo de perca possível. Dois mundos, duas realidades, condições diferentes sendo dadas as crianças, fico me perguntando:
- Como fazer justiça para com aqueles que não tiveram condições iguais de preparação para competir por um curso superior ou por um emprego?

A COVID-19 está dando visibilidade a um sistema público de educação descompromissado com a justiça e a dignidade!

Onde viver mais virou um problema, essa é a situação do mundo que vivemos; ficar velho é uma “via dolorosa” em terras brasileiras. Quando chegamos as idades mais avançadas é momento que precisamos comprar remédios, de uma assistência medica especializada, uma alimentação adequada, uma moradia adequada, e pergunto se isso é possível com o valor mínimo recebido de aposentadoria ou com os benefícios oferecidos pelo Estado.

A COVID-19 está dando visibilidade aos idosos, homens e mulheres que ofereceram sua vida na construção daquilo que usufruímos hoje. Os idosos são vulneráveis, sempre foram, e continuaram sendo. A saúde já não é mais a mesma, a mobilidade é com limitações, os recursos são escassos, pessoas inescrupulosas usando o sistema bancário com empréstimos impagáveis, e alguns se tornando invisíveis no ambiente social, familiar e religioso, solitários esperando a hora de ir para o cemitério. Como tem sido triste a situação de muitos idosos.

Se você ainda tem pai, mãe, avô, avó, e amigos idosos, valorize-o!
Mostre amor!

Desemprego, pessoas em situação de rua, favelas, drogas, violências, misérias, fome, tudo isso tem existido, ano após anos, governo após governo, geração após geração. Solidariedade em momento de calamidade é nossa obrigação, mas vai a pergunta que não quer calar:
- E depois de tudo isso?

A COVID-19 está dando visibilidade está dando visibilidade ao sofrimento do outro, aqueles que são vulneráveis, homens, mulheres e crianças invisíveis e a margem de uma sociedade motivada pelo consumo. Também temos visto muita gente fazendo alguma coisa para ajudar, alguns já faziam antes, outros estão se chegando, mas diante das necessidades precisamos de mais gente, que tenhamos ações imediatas para curto prazo e que possamos numa grande rede de solidariedade a médio e longo prazo trazendo dignidade e justiça social.

Mas essas não são minhas áreas, você poderia pensar!
Não sou da área de saúde, da educação, de políticas sociais ou especialista no trato com o idoso. Tudo isso tem me incomodado muito, principalmente porque sou pastor e teólogo, e por isso quero te convidar a fazermos um passeio pela religiosidade do nosso povo.

As igrejas estão se reinventando nesse período de isolamento social, da sala da minha casa decido a qual pregador irei ouvir, posso estar num culto em São Paulo, Manaus, Rio de Janeiro ou fora do Brasil, se não estiver gostando mudo de igreja sem sair do lugar. Alguns significados estão sendo repensados: O que é “ser igreja”? Como posso seguir a Cristo? Como ser e fazer discípulo? Pastores e diáconos ainda são para o nosso tempo? Dízimo é para a nossa geração e se for onde entregar?

Vivíamos numa geração “templista” (inventei essa palavra), onde nas reuniões coletivas estavam centralizadas a adoração, o ensino, o discipulado e a comunhão. Os cultos eram o ápice e não podiam haver falhas, afinal de contas o show tinha que ser da melhor qualidade.

Certa vez, afirmei a equipe de louvor da igreja que trabalhava:
- Eu prefiro alguém desafinado louvando ao Senhor com espiritualidade e um coração voltado a submissão e obediência a Deus, do que um musico profissional usando de toda a técnica numa perfeição inimaginável e sem intimidade com Deus.
Claro que isso é da intimidade de cada um, não temos como medir ou avaliar quem é ou não íntimo de Deus, mas o nosso exterior quase sempre mostra o que temos por dentro.

O COVID-19 impediu os “ajuntamentos solenes”, os “templos” estão fechados, agora tudo é on-line, e tenho visto tanta gente dizendo que estão com saudade da igreja, ou da comunhão dos irmãos. Já estive em vários lugares chamados de “igreja” ou em ocasiões chamadas de “culto” que entrei, fiquei e sai como se fosse invisível. Nem um sorriso, um aperto de mão, um bem-vindo ou volte outra vez.

Então: O que estamos fazendo com a verdade do evangelho? Qual o papel da Bíblia na nossa vida? Estamos realmente seguindo a Cristo?

Estou lendo o livro de 2 Reis, hoje é capitulo 22, que nos conta o começo da história do reinado de Josias, um avivamento jamais visto no meio do povo de Deus.

Ele fez o que o Senhor aprova e andou nos caminhos de Davi, seu predecessor, sem desviar-se nem para a direita nem para a esquerda. (2 Reis 22:18,19 NVI)

Um exemplo, foi Josias para o seu povo e as gerações que vieram depois dele. Alguém que escolheu ser obediente, submisso a Deus em todas as circunstâncias da sua vida.

O nome Josias significa “Jeová apoia”, e ele tomou posse e viver do apoio que somente o Senhor pode nos dar. Havia em Judá religiosidade, sacrifícios e muita idolatria, os governantes e o povo haviam se afastados da vontade de Deus. As reuniões solenes eram proforma, o livro da Lei já não era mais lido e muito menos respeitados. Sacrifícios, celebrações solenes e obrigações religiosas de um povo que não queriam saber do Deus Criador de todas as coisas.  

Avivamento começa com um retorno a Palavra de Deus (“Encontrei o livro da Lei no templo do Senhor”);

O conhecimento da Palavra leva ao arrependimento (“Assim que o rei ouviu as palavras do livro da Lei, rasgou suas vestes”); e

Tudo isso e revelado numa atitude de restauração do lugar de Deus na nossa vida (Assim diz o Senhor, o Deus de Israel, acerca das palavras que você ouviu: Já que o seu coração se abriu e você se humilhou diante do Senhor, ... e porque você rasgou as vestes e chorou na minha presença, eu o ouvi, declara o Senhor.).

Em tempo de calamidade, como estamos vivendo hoje, devemos aproveitar a oportunidade para sairmos dessa situação mais fortes, mais humanos e mais íntimos do Pai.

Que possamos sairmos melhores e fazermos o nome do Senhor conhecido!

Que a igreja, reunida na celebração ou espalhada no dia-a-dia de cada um de nós seja um agente de proclamação da esperança, de restauração de dignidade e de proclamação de justiça social.

Aprendamos com Jesus, Ele amou os seus algozes, orou por eles e fez o que precisava ser feito para que o Pai fosse glorificado!

Josias = Jeová apoia = Confiança e restauração!

Que a bondade do Senhor seja sempre sobre nós!

Abraço,

Preciso muito de suas orações!

Pr Cláudio Eduardo

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