domingo, 31 de maio de 2020

Isaías, o profeta que clama por justiça ...


Isaías, o profeta que clama por justiça ...


Se existe fascínio por personagens bíblicos, o meu já está bem definido, Isaías no Antigo Testamento e Paulo no Novo Testamento. Fico encantado pela maneira como esses homens marcaram o seu tempo.

Há quase cinco anos criamos um projeto de leitura bíblica através de uma lista de transmissão, entendemos que mais importante que a quantidade, a qualidade de absorção das verdades bíblicas era a nossa prioridade.

Passamos a viver experiências maravilhosas na caminhada bíblica em busca da excelência. Um capítulo da Bíblia por dia, sendo lido, estudado, e buscando uma reflexão diária de aplicação e intimidade com o Senhor.

Hoje tenho amigos que não conheço pessoalmente, faço planejamento de visitar sua cidade, mas se isso não for possível, mantenho a esperança de nos encontrarmos no céu.

Existe cinco livros da Bíblia que repetimos a leitura todo ano, por entendermos a necessidade de mais de Cristo em nossa vida e na sua igreja. Lemos todos os anos os Evangelhos e Atos dos Apóstolos. Na minha experiência pessoal com a leitura da Bíblia, já perdi a conta quantas vezes já li esses livros, mas a cada releitura uma coisa nova reaparece, é fascinante.

Nesse momento o livro que estamos lendo é o Profeta Isaías, alguém que provavelmente exerceu seu ministério entre 740 e 681 a.C., um período muito longo, sendo muito forte nas suas palavras contra a hipocrisia religiosa do seu povo.

Quando escuto alguém falando sobre a vocação profética da Igreja, trago algumas perguntas que servirão para nossa reflexão:
- Sabemos realmente o que significa ser profeta?
- Como a Igreja pode exercer a sua função profética nesses dias?

O Antigo Testamento me mostra o Profeta como sendo alguém que ouvindo a voz do Senhor se dispõe a alertar pessoas e o povo do seu pecado, das consequências e as atitudes que precisam ser tomadas na busca da mudança de rota. Eram mal vistos por todos, alguns foram martirizados, outros perseguidos:
“... enfrentaram zombaria e açoites, outros ainda foram acorrentados e colocados na prisão, apedrejados, serrados ao meio, postos à prova, mortos ao fio da espada. Andaram errantes, vestidos de pele de ovelhas e de cabras, necessitados, afligidos e maltratados. O mundo não era digno deles. Vagaram pelos desertos e montes, pelas cavernas e grutas. ” (Hebreus 11:36-38 NVI)

Os profetas declaravam:
- Vocês estão em rota de colisão com Senhor, tratem de mudar, ou serão destruídos...

Então:
Estamos dispostos a sermos os profetas desses dias?

Não precisamos de novas revelações, a Bíblia está disponível para nos mostrar qual é a vontade de Deus, e o que precisamos fazer para andar segundo o seu querer.

Não se esqueça, ser profeta é caminhar contra a maré, é estarmos na contramão do valores e princípios desse mundo, é escolhermos viver Deus em todas as circunstâncias!


O livro do profeta Isaías já começa clamando por justiça, é fica muito claro que o problema está na liderança do seu povo, o povo de Deus.

Uma religiosidade hipócrita, com rituais e práticas que pareciam ser justas, como se Deus estivesse preocupado com a ação e não com a intenção.

“Ouçam, ó céus! Escute, ó terra! Pois o Senhor falou:
"Criei filhos e os fiz crescer, mas eles se revoltaram contra mim. O boi reconhece o seu dono, e o jumento conhece a manjedoura do seu proprietário, mas Israel nada sabe, o meu povo nada compreende".
Ah, nação pecadora, povo carregado de iniquidade! Raça de malfeitores, filhos dados à corrupção! Abandonaram o Senhor; desprezaram o Santo de Israel e o rejeitaram.(Isaías 1:2-4 NVI)

Continuando, de nada adianta praticas religiosas sem amor, um Deus amoroso que se permite ser chamado de Pai e espera que seus filhos sigam o seu exemplo.

“"Para que me oferecem tantos sacrifícios? ", pergunta o Senhor. Para mim, chega de holocaustos de carneiros e da gordura de novilhos gordos; não tenho nenhum prazer no sangue de novilhos, de cordeiros e de bodes! Quando lhes pediu que viessem à minha presença, quem lhes pediu que pusessem os pés em meus átrios?
Parem de trazer ofertas inúteis! O incenso de vocês é repugnante para mim. Luas novas, sábados e reuniões!  Não consigo suportar suas assembleias cheias de iniquidade. Suas festas da lua nova e suas festas fixas, eu as odeio. Tornaram-se um fardo para mim; não as suporto mais! ”   (Isaías 1:11-14 NVI)

Não adianta estar no Templo, entregar dízimos e ofertas, oferecer sacrifícios (fazer promessas e penitencias pessoais), templos cheios de pessoas vazias de Deus, ativismo religioso sem comprometimento com o Deus, Senhor e dono de todas as coisas!
Sabe qual o resultado de tudo isso:
“Quando vocês estenderem as mãos em oração, esconderei de vocês os meus olhos; mesmo que multipliquem as suas orações, não as escutarei! As suas mãos estão cheias de sangue! ”  (Isaías 1:15 NVI)

Se parássemos aqui, talvez começássemos a nutrir um sentimento de autopiedade:
- O Deus Todo Poderoso não atende as minhas orações, estou perdido. Ele, o Senhor, não me escuta!

Você já se imaginou precisar de alguém que não quer te ouvir?

Existe saída, nem tudo está perdido, mas depende de nós! O problema é que muitas vezes queremos transferir aquilo que é nosso para os outros!

Lavem-se! Limpem-se! Removam suas más obras para longe da minha vista! Parem de fazer o mal, aprendam a fazer o bem! Busquem a justiça, acabem com a opressão. Lutem pelos direitos do órfão, defendam a causa da viúva. (Isaías 1:16,17 NVI)

Olha que saída simples, fazer o bem!
Será que fazer o bem é tão simples assim?
A igreja está exercendo a sua função profética nesses dias?

Posso falar da igreja no contexto eclesiástico da comunidade local ou de uma denominação, não o farei por entender o cuidado com o próximo, a ação social ou a misericórdia, é a menor fatia do orçamento institucional de muitas organizações. Deveríamos nos juntar como Igreja de Cristo na luta em favor da justiça em todos os seus aspectos, aquilo que nos une e nos identifica como cristãos é a nossa motivação, o que pensamos diferente que fique de lado.

Que as bandeiras denominacionais, que o estrelismo ou as posições político partidárias sejam deixadas de lado, temos uma missão muito maior, fomos chamados à mostrarmos o Deus de amor através de ações de amor e justiça.

Olha, sempre gostei de ler muito, principalmente a Bíblia, desde de minha infância tive bons professores, alguns um pouco distante no relacionamento, outros que aproveitavam para através do ensino criar amigos. Como é gratificante quando somos convidados a refletirmos junto, como isso eleva a nossa autoestima, o nosso sentimento de pertencimento.

É isso que Deus faz com seu povo, um convite, uma promessa:
"Venham, vamos refletir juntos", diz o Senhor. "Embora os seus pecados sejam vermelhos como escarlate, eles se tornarão brancos como a neve; embora sejam rubros como púrpura, como a lã se tornarão. Se vocês estiverem dispostos a obedecer, comerão os melhores frutos desta terra; mas, se resistirem e se rebelarem, serão devorados pela espada". Pois o Senhor é quem fala! ” (Isaías 1:18-20 NVI)

O convite, refletirmos juntos, é um grande privilégio!
A promessa, comer os melhores frutos desta terra!

Concluindo, você poderá me perguntar:
- Como comer o melhor fruto dessa terra se somos rejeitados ou perseguidos?

Nem tudo que tem valor é possível mesurar de maneira numérica ou monetária, muito pelo contrário, as melhores coisas dessa vida o dinheiro não pode comprar!

Temos um Deus que nos dá o privilégio de chama-lo de Pai, recebemos dele a promessa concretizada em Jesus na cruz, e mantemos a esperança da eternidade na sua presença.

Caminhar com Deus é a melhor escolha que podemos fazer!

Apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos, pois aquele que prometeu é fiel. (Hebreus 10:23 NVI)

Abraço,

Pr Cláudio Eduardo

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