quinta-feira, 9 de abril de 2020

VAMOS DAR UM MERGULHO?... ( CUIDADO COM A ARROGÂNCIA)


VAMOS DAR UM MERGULHO?...


Mas os seus servos lhe disseram:
"Meu pai, se o profeta lhe tivesse pedido alguma coisa difícil, o senhor não faria? Quanto mais, quando ele apenas lhe diz para que se lave e seja purificado! "     (2 Reis 5:13 NVI)


Arrogância é uma coisa complicada, e o pior é que atinge todo mundo, alguns mais outros menos. É preciso muita vigilância para não cairmos em suas armadilhas e artimanhas. Acompanhada da prepotência e da falsa sensação de superioridade em relação ao outro, quanta destruição ela consegue fazer.

Há muitos anos atrás, quando ainda na faculdade, isso lá pelos idos dos anos 90 do século passado; um aluno decidiu, para a sua desgraça coletiva, pedir revisão da nota da prova. Numa instituição histórica, onde apesar de existir o direito de pedir revisão da nota da prova ninguém ousava usá-lo, o dito professor decidi fazer a mesma diante de toda turma.

Ele começou a dita revisão declarando ser algo inédito é como não havia nenhum protocolo prevendo como deveria ser feita, ele faria diante de toda turma provando a ignorância do referido aluno. Foi aquela confusão, entrou a turma reivindicatória, a turma do deixa disso, o diretório acadêmico, a sala de aula virou uma grande confusão.

O aluno que pediu a revisão calado estava, calado ficou, os outros é que começaram a tumultuar, o diretor da faculdade é chamado, e é dado a palavra ao dito professor que em sua defesa começa com a seguinte frase:
- Todos somos ignorantes, no sentido lato da palavra, ninguém é detentor de todo o conhecimento, existem coisas que sabemos e coisas que não sabemos, e com relação ao que não sabemos somos ignorantes.

Essa situação me fez refletir, e me mostrou o quanto muitas vezes somos arrogantes, somos rápidos no agredir com palavras, temos dificuldades em ouvir posições contrárias à nossa; tratamos com indiferença pessoas que tem a função de “nos servir”; julgamos as pessoas pelo seu jeito de falar, pelo que está vestindo, o carro que possui ou por onde está morando.

Ao ler o capítulo 5 do livro de 2 Reis, vejo um ato de humildade, de compaixão e de cuidado que muitas pessoas não percebem. Na história de Naamã observamos ele como personagem, Elizeu, Geazi, o rei de Israel e o rei da Síria.

Naamã um comandante militar da Síria, alguém costumado a dar e receber ordens, que sabia muito bem o que significava o estresse do campo de batalha e agora tem uma doença de pele, a lepra. A Bíblia não me diz qual era o nível de gravidade da doença na vida de Naamã, mas as pessoas que o serviam sabiam o quanto ele estava doente.

Na antiguidade a lepra além dos males físicos, era uma doença que afastava as pessoas do convívio social, coisas que acontecem ainda em nossos dias.  Nos nossos dias o preconceito ainda é muito grande para os portadores de hanseníases, imagine anos atrás.

A escravidão é uma das coisas mais terríveis da humanidade, Naamã guerreou contra Israel, saiu vencedor, levou várias pessoas cativas para Síria, para serem escravos. Uma dessas pessoas foi levada para ser escrava na sua casa. “Num dos seus ataques contra Israel, os sírios haviam levado como prisioneira uma menina israelita, que ficou sendo escrava da mulher de Naamã.” (2 Reis 5:2 NTLH).

Uma menina, feita prisioneira, retirada da sua cidade, da sua família e de seu povo. Escrava na casa do comandante do exército sírio, o responsável por sua desgraça, seria escrava por toda a sua vida.

Uma menina que não se deixa levar por seu sofrimento e por suas dores, uma menina que conhece o poder de Deus e não tem medo e nem se recusa a compartilhar. Uma menina que sabe onde encontrar um homem de Deus e que ele pode curar o seu Senhor.

O comandante aceita o conselho da menina escrava, se dispõe a buscar ajuda em outra nação, a pedir ajuda de um profeta do Deus que ele não conhece. Documenta sua viagem, o rei de Israel fica em pânico por não ter uma resposta plausível para ele, e o profeta Elizeu o trata como qualquer um.

Fico imaginado a cena, e só me veio na mente aquela expressão que para mim é o ápice da arrogância. Imagino Naamã gritando para Elizeu:
- Você sabe com quem está falando? ou
- Quem você pensa que é?

Deus age nas coisas simples, a solução para o problema de Naamã, creio eu, estava tão somente na atitude de obediência. O remédio parece simples demais, não dá para acreditar, certamente ele já deveria ter gasto um bom dinheiro na busca da sua cura. Mergulhar sete vezes no rio Jordão, não é seis e nem oito, é sete! Deixando de lado o misticismo e a simbologia numérica dos judeus, fica a pergunta:
- No lugar de Naamã o que você faria?

Deixo claro que creio no poder e nos milagres de Deus, e vejo muita criatividade do Senhor. Em cada circunstância, em momentos diferentes, com pessoas diferentes, Deus é extremamente criativo na manifestação da sua glória!

Os milagres do Senhor é para que o seu poder seja manifesto. Naamã foi curado, outros leprosos da sua época não. Naamã por ordem de Elizeu mergulhou sete vezes no Jordão e foi curado, mas isso não significa que você saindo da sua cidade e indo até o Jordão mergulhando sete vezes será curado.

A glória é de Deus, o poder é do Senhor!
A resposta de Naamã deixa isso muito claro: “Agora sei que não há Deus em nenhum outro lugar, senão em Israel(2 Reis 5:15 NVI).

Que nesses dias de desespero, onde muitas pessoas estão em busca de esperança e cura, que sejamos como aquela menina da casa de Naamã, sejamos portadores das boas novas do Senhor, deixando de lado os nossos conceitos e preconceitos.


Conto com suas orações!

Abraço,


Pr Cláudio Eduardo

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