OS POBRES ...
Respondeu Jesus: "...Pois os pobres
vocês sempre terão consigo, mas a mim vocês nem sempre terão". (João 12:7,8 NVI)
As injustiças sociais são uma realidade desde
que o pecado entrou na história da humanidade. Ganancia, exploração do outro,
escravidão, degradação da natureza, humilhação; seriam alguns exemplos de como
o que foi criado muito bom se transformou.
Diante da realidade humana temos a religião,
que no decorrer da história escravizou e explorou, sacrifícios inclusive
humanos, se fazia de tudo para aplacar a fúria dos deuses cruéis. É diante
dessa realidade que o Deus real e verdadeiro se revela.
Os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó recebem a
promessa de serem pai de uma grande nação, o povo de Deus. Isso mesmo, Deus
escolhe um povo para ser o portador da mensagem de esperança para a humanidade.
Os profetas são portadores das mensagens de
justiça e esperança, condenam tudo que vai de contra o propósito do Senhor e
falam que Cristo será uma realidade para o seu povo trazendo salvação para todo
aquele que nele crer.
Jesus nasceu na pobreza, não havia lugar para
acolher uma mulher gravida perto de dar à luz, de favor foram para o estabulo,
fizeram alguns ajustes, e berço do Salvador foi um cocho, uma manjedoura onde
os animais faziam a sua refeição.
O Salvador conheceu a pobreza, mas não se
aproveitou disso; como era costume aprendeu a profissão de seu pai José, Jesus
era carpinteiro. Escolheu para morar um lugar marginalizado chamado Nazaré,
inclusive se dizia: Filipe encontrou
Natanael e lhe disse: "Achamos aquele sobre quem Moisés escreveu na Lei, e
a respeito de quem os profetas também escreveram: Jesus de Nazaré, filho de
José". Perguntou Natanael: "Nazaré? Pode vir alguma coisa boa de lá? " Disse Filipe:
"Venha e veja". (João 1:45,46 NVI)
Estamos nos preparativos para o momento em que
o Senhor haverá de se entregar como sacrifício por nossos pecados, um momento
de angustia, afinal de contas ele seria submetido a um julgamento injusto e
cheio de mentiras, tortura, humilhação e morte cruel.
Num ambiente de festa e glorificação, chega
Judas Iscariotes, entre os discípulos de Jesus o traidor e ladrão. A proposta
poderia parecer uma preocupação com os pobres, afinal de contas o perfume era caríssimo.
"Por que este perfume não foi vendido, e o dinheiro dado
aos pobres? Seriam trezentos denários". Ele não falou isso por se
interessar pelos pobres, mas porque era ladrão; sendo responsável pela bolsa de
dinheiro, costumava tirar o que nela era colocado. (João 12:7,8 NVI)
A resposta
dada por Jesus, sendo usada fora do contexto, pode parecer indiferença. Não
podemos deixar de observar que a resposta do Mestre foi dada para um ladrão.
Um ladrão
que se preocupa consigo mesmo, que aproveita da miséria alheia para tirar seus benefícios
pessoais.
Desemprego,
pessoas em situação de vulnerabilidade nas ruas, crianças sem expectativa de um
futuro promissor, idosos abandonados, fome assolando milhares de vidas todo dia
e ladrões inescrupulosos se aproveitando de tudo isso para tirarem proveitos
pessoais da miséria alheia.
Jesus
alimentou multidões, curou doenças, libertou as pessoas de um vitimíssimo
doentio e os levou com dignidade a conquistarem o mundo. A mensagem do
evangelho é libertadora e assim tem que ser.
Deixando a
indiferença de lado, precisamos fazer como Jesus, ter compaixão!
Saciar a
fome hoje sem a expectativa do amanhã é muito complicado. Que possamos
transmitir dignidade e esperança, uma esperança que não desaponta e dura por
toda a eternidade!
Quem me serve precisa seguir-me; e, onde
estou, o meu servo também estará. Aquele que me serve, meu Pai o honrará. (João 12:26 NVI)
Abraço,
Cláudio Eduardo M. Costa – pastor
Teólogo,
pós-graduando em Pregação Expositiva e Gestão de pessoas, com certificações em
Economia comportamental e Ciência Cognitiva & Como construir
relacionamentos com clientes e colaboradores atualizações e novidades, trabalhando
há 27 anos com projetos sociais através da educação e atualmente plantando uma
igreja (usando tecnologia) em Angoche, Nampula, Moçambique.