quinta-feira, 30 de abril de 2020

NÃO QUERO FAZER COISAS INÚTEIS! ...


NÃO QUERO FAZER COISAS INÚTEIS! ...

“Parem de trazer ofertas inúteis ...
Lavem-se! Limpem-se! Removam suas más obras para longe da minha vista! Parem de fazer o mal, aprendam a fazer o bem! Busquem a justiça, acabem com a opressão. Lutem pelos direitos do órfão, defendam a causa da viúva.”
(Isaías 1:13,16,17 NVI)


Hoje começamos a leitura do livro do profeta Isaías, um desafio diante da extensão dessa obra, serão 66 dias de muitas emoções e grandes descobertas.     

O livro começa com a apresentação do profeta: “Visão de Isaías, filho de Amoz, que ele teve a respeito de Judá e Jerusalém, nos dias de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá. (Isaías 1.1 NVI)

O período profético de Isaías foi longo, quatro reinados, ele estava perto da corte, foi ousado, amado por alguns, odiado por outros, mas firme na missão de trazer a mensagem do Senhor. Uma mensagem de alerta, chamada de atenção, e da esperança no renovo, o Messias, Ungido do Senhor.

Desde criança tenho dificuldades com regras sem uma explicação do porquê, agradeço aos bons professores que tive de matemática e física que sacrificavam comigo tempo de intervalo ou depois das aulas para me explicar como chegar as formulas matemática. Isso me causou um problema quando fui para o 1º ano do hoje chamado ensino médio, primeira prova de física, recebo o caderno com as questões e uma folha para rascunho, você pode imaginar a bagunça que ficou o meu rascunho e o professor querendo me dar nota zero, começamos a conversar sobre o assunto, e argumentei com ele se respostas estavam certas, para aquele professor o importante não era a resposta, mas o caminho que percorri para chegar até ela.

Hoje pensando sobre o assunto, vejo que ele tinha as razões dele, e eu as minhas, na época o caminho pouco me importava, desde que eu chegasse a resposta correta. Esse professor tinha a mania de dar pontos para quem conseguisse resolver problemas no quadro, do meio do ano em diante não precisei fazer provas, tive que me adequar, aprendi a usar as fórmulas matemáticas, mas sabendo o caminho a percorrer até elas. Eu considerava inútil ficar decorando fórmulas matemáticas sem saber como se chegou nelas.

Com relação a espiritualidade e a religiosidade penso da mesma forma, o importante não fazer, mas saber porque fazer, a maioria das religiões são cheias de ações repetitivas, hierarquias e formalismos que não levam a lugar nenhum e nem a presença de Deus. Coisas inúteis que ocupam o tempo, mas não levam a lugar algum.

O povo cumpria os rituais previstos, ofereciam sacrifícios, guardavam dias considerado sagrado, davam ofertas, mas tudo proforma, um gasto de energia e recursos, alguns até poderiam que era o suficiente para agradar a Deus, quanta decepção, ações inúteis de um povo inútil. “Parem de trazer ofertas inúteis ...” (Isaías 1.13 NVI)

Amo a Igreja de Cristo, que está nesse mundo militante (todos os cristãos vivos num determinado tempo), a Igreja militante precisa se reunir em congregações locais, cada congregação tem a sua liderança e sua interpretação peculiar das doutrinas bíblicas. As congregações locais que se identificaram doutrinariamente formaram as denominações. A minha tristeza é que muitas vezes enfatizamos mais aquilo que nos difere ou que discordamos do que somos semelhantes. Quantas coisas inúteis fazemos, como desperdiçamos tempos preciosos que poderiam ser uteis nas mãos do Senhor.

Entendo que a Salvação é um ato da misericórdia de Deus e das escolhas que fazemos, mas aqueles que são do povo de Deus precisam ser e fazer a diferença, não dá para irmos na contramão da vontade de Deus. O que adianta o número de cristãos praticantes estarem aumentando nas congregações locais se não há reflexo desse aumento no dia-a-dia da sua comunidade?

O povo estava no templo, cumpriam com suas obrigações religiosas, até eram generosos em suas ofertas, mas estavam pouco se preocupando com a vontade de Deus, não estavam amando ao próximo e nem estavam dispostos a cuidar dos vulneráveis. “Removam suas más obras para longe da minha vista! Parem de fazer o mal, aprendam a fazer o bem! Busquem a justiça, acabem com a opressão. ” (Isaías 1.16, 17 NVI)

Buscar a justiça, fazer o bem e lutar para que acabem com a opressão é obrigação de todo cristão. Não adianta ficarmos dando desculpas ou querermos transferir essa responsabilidade para o Estado. Não estou falando de política partidária ou muito menos da necessidade de elegermos políticos cristãos, até porque muitos cristãos que ingressaram na política partidária são verdadeiras vergonhas.

No tempo de Isaías os órfãos e as viúvas eram os mais vulneráveis, estavam condenados a mendicância e a exploração. As ruas estavam cheias de pessoas desesperadas clamando por um ato de compaixão dos transeuntes, inclusive em volta do templo, essas pessoas, juntamente com suas necessidades e problemas, eram invisíveis aos religiosos.

O que temos para oferecer ao Senhor?

Sempre enfatizo que o relacionamento com Deus é pessoal, o Senhor deixou um manual completo do que ele espera do seu povo; se tenho dúvidas vou para o manual, nada, digo, nada pode contrariar o manual, e se houver dúvidas olha para Jesus!

O primeiro capitulo é um convite a pararmos de fazermos coisas inúteis, e nos voltarmos com todo coração para o Senhor, não quero ser um inútil!

"Venham, vamos refletir juntos", diz o Senhor. "Embora os seus pecados sejam vermelhos como escarlate, eles se tornarão brancos como a neve; embora sejam rubros como púrpura, como a lã se tornarão. Se vocês estiverem dispostos a obedecer, comerão os melhores frutos desta terra; mas, se resistirem e se rebelarem, serão devorados pela espada". Pois o Senhor é quem fala!”  (Isaías 1.18-20 NVI)

Conto com suas orações,

Pr Cláudio Eduardo


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