segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Louvemos ao Senhor! INCLUSIVE AS CRIANÇAS!...

 

Louvemos ao Senhor!

INCLUSIVE AS CRIANÇAS!...



“Louvem o Senhor, vocês que estão na terra, serpentes marinhas e todas as profundezas, relâmpagos e granizo, neve e neblina, vendavais que cumprem o que ele determina, todas as montanhas e colinas, árvores frutíferas e todos os cedros, todos os animais selvagens e os rebanhos domésticos, todos os demais seres vivos e as aves, reis da terra e todas as nações, todos os governantes e juízes da terra, moços e moças, velhos e crianças.”                    (Salmos 148:7-12 NVI)

 

Estamos vivendo tempos difíceis, principalmente quando observamos o trato e a responsabilidade para com as crianças. Muitos pais estão terceirizando a educação dos seus filhos, escola, explicadoras, inglês, futebol, natação, celular, televisão, e qualquer outra coisa que deixe a criança quieta. Falo daqueles que possuem recursos financeiros para isso.

 

De outro lado, observo, crianças sendo criadas pela rua, conhecendo e experimentando a maldade e a violência. Famílias que não tem onde ou com deixar seus filhos, enquanto a mãe precisa trabalhar. Em nosso querido Brasil essa realidade e cruel de Norte a Sul, de Leste a Oeste. Todos os dias somos bombardeados com noticiários de violências contra crianças. Adultos cruéis que aproveitam da inocência, da fragilidade e da vulnerabilidade das crianças para transformar em realidade suas atrocidades.

 

Interessante a demagogia da nossa sociedade; hoje é “dia das crianças”, compremos umas bonecas, carrinhos, bolas, e outros tipos de quinquilharias e vamos para as comunidades carentes distribuir para as crianças. Pronto, missão cumprida, no próximo ano voltamos com mais bugigangas e até poderemos fazer fotografias melhores para guardar para posteridade.

 

Alguém poderia dizer:

- Toda a criança tem direito a brincar!

 

Ou quem sabe me mostrar o que diz A Declaração Universal dos Direitos da Criança”:  “Toda criança terá direito a brincar e a divertir-se, cabendo à sociedade e às autoridades públicas garantirem a ela o exercício pleno desse direito.” (Agência Senado)

 

Então, diante dessa verdade, pergunto:

- Como brincar se não tem o mínimo para uma vida digna?

- Como brincar sentindo a realidade da fome?

- Como brincar sem saneamento básico e moradia digna?

- Como brincar sem educação e saúde?

- Como brincar em meio aos tiroteios que já mataram outras crianças?

- Como brincar quando a maldade aproveita da vulnerabilidade?

 

No entanto, mesmo em meio a tanta tristeza, vejo esperança no olhar das crianças. Esperança de dias melhores e de que as coisas serão diferentes no amanhã.

 

Como toda criança, na minha infância tive bons e maus momentos, hoje trago na memória os bons momentos e as boas lembranças. Meus pais trabalhavam em feira livre na cidade do Rio de Janeiro, não tinham com quem deixar os filhos, então estávamos com eles nas feiras. Meu irmão mais novo teve meningite, e naquela época a minha mãe ficou com ele internado mais de seis meses, meu pai me levava para o trabalho. A feira era a minha diversão, meu espaço de brincar, brincar de ser gente grande.

 

Tinha um feirante que quando decidia fazer promoções das suas mercadorias, gritava:

- Hoje é dia de promoção para “moços e moças, velhos e crianças.

 

Essa lembrança me levou ao Salmo 148, como também a minha infância na igreja que meus avós e minha mãe faziam parte. E confesso, que quando se fala de igreja no meu tempo de criança, eu não tenho boas recordações.

 

A Bíblia tanto no Antigo como no Novo Testamento ensina a respeito do valor que Deus dá a vida, inclusive as das crianças. A experiência de Samuel é um exemplo claro de que Deus valoriza a infância; João Batista ainda na barriga de sua mãe reconhece a Jesus como Senhor e Salvador (Lucas 1:39-45). Fico imaginando a euforia de João Batista pulando em meio ao líquido amniótico, quando sente Jesus chegando, que festa, isso tudo no período intrauterino.

 

Qual a prioridade que as igrejas estão dando as crianças?

- Um depósito para as crianças brincarem enquanto os pais estão “assistindo o culto” sem perturbação?

- Terceirização da educação cristã e evangelização das crianças?

- Oportunidade de adoração com linguagem e metodologia própria para as crianças, preparando meninas e meninos para com maturidade na adolescência, juventude, adultos e até na velhice servirem com excelência ao Senhor? “Ensine a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele...” (Provérbios 22:6 NAA)

 

No Salmo 148 aprendemos que todos devem se chegar diante do Senhor para louvá-lo, inclusive as crianças.

 

Jesus estava no templo realizando inúmeras curas, e já naquele tempo crianças eram exploradas, inclusive através da religião, e quando começaram a adorar a Jesus, os lideres repreendem ao Senhor e Mestre, a resposta é tremenda:

Mas quando os chefes dos sacerdotes e os mestres da lei viram as coisas maravilhosas que Jesus fazia e as crianças gritando no templo: "Hosana ao Filho de Davi", ficaram indignados, e lhe perguntaram: "Não estás ouvindo o que estas crianças estão dizendo? " Respondeu Jesus: "Sim, vocês nunca leram: ‘dos lábios das crianças e dos recém-nascidos suscitaste louvor’? "           (Mateus 21:15,16 NVI)

 

Quero te fazer um convite, se você deseja um mundo melhor:

- Lute para que as crianças tenham dignidade, que sejam respeitadas em seus direitos, e que todos os dias sejam dias de brincar e ser feliz;

- Invista tempo e recurso em uma atividade que posso mudar o rumo da história de vida das crianças que estão a sua volta;

- Se você é cristão, faça da sua igreja um espaço de acolhimento e crescimento espiritual das crianças;

- Crie com amigos um espaço de reforço escolar, ajude meninos e meninas a verem que é possível lutarem por um futuro melhor;

- Olhe para o mundo a sua volta com o olhar de Jesus!

 

Continuo contando com suas orações,

 

Cláudio Eduardo – Pastor

(Hoje trago na memória o meu tempo de criança e agradeço a Deus, a minha família e aos professores que acreditaram e investiram tempo na minha vida – in memoriam, de maneira muito especial, a minha mãe, de quem ganhei muitos beliscões, mas que soube, na sua maneira, me ensinar a amar a Deus e as pessoas)

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