quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

PERGUNTA O QUE QUER, OUVE O QUE NÃO QUER!

Certa ocasião, um perito na lei levantou-se para pôr Jesus à prova e lhe perguntou: "Mestre, o que preciso fazer para herdar a vida eterna? "  
(Lucas 10.25)


            Existem algumas situações e questionamentos que são repetitivos na história da humanidade, e o incógnito quanto ao que vem após a morte é uma delas. O judaísmo tinha como base a ressurreição no dia do juízo, e a salvação a partir da descendência de Abraão e a obediência irrestrita da Lei.

            No conteúdo da pergunta, observamos que o doutor da Lei considera que a vida eterna é mérito a ser conquistado pelo indivíduo: “o que preciso fazer?”
É interessante que Jesus utiliza do conhecimento que ele possuía da Lei, e de como a interpreta. Uma boa lição aqui é que o doutor da Lei sabia o que estava escrito, mas não sabia fazer a interpretação; uma pena, quantos estão com a Bíblia na mão e não compreendem a vontade de Deus e a missão que temos.

            Uma ilustração é usada por Jesus para marcar bem este encontro, o “Bom Samaritano” serviu de exemplo para a ação de misericórdia que deve permear a práxis daqueles que são os filhos de Deus.

Jesus durante o seu ministério utilizou muitas vezes parábolas, para que ficasse bem compreendido seu ensinamento. Dentre estas, se destaca a parábola do bom samaritano, que apresenta um  forte conteúdo de práxis de amor e misericórdia. A parábola do bom samaritano foi contada a fim de ilustrar o importantíssimo mandamento da Lei: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor”.
As seguintes observações podem ser feitas a respeito: Jesus ensina um importante princípio de ética humanitária. O próximo pode ser uma pessoa inteiramente desconhecida, pode ser de uma raça diferente, e até mesmo desprezada, pode ser pessoa de outra religião, até mesmo conhecida como herética. Contudo, os cuidados de Deus por toda a humanidade deve se manifestar na vida de todas as pessoas.  É muito instrutivo que Jesus tenha escolhido um samaritano para sua ilustração. Ele escolheu de propósito os desprezados samaritanos para ilustrar o correto tratamento que se deve dar ao próximo. Nem mesmo o altamente reverenciado levita demonstrou possuir o desenvolvimento espiritual e a graça para acudir ao semelhante em sua em necessidade, isso, juntamente com a mesma atitude exibida por um sacerdote, deve ter sido especialmente contundente para os judeus que ouviram Jesus[54].
O samaritano, desprezado pelos judeus por causa de sua raça, reputado por eles como um herético religioso, um gentio, foi justamente aquele que se mostrou compassivo e que parou para socorrer a vítima[55]. O fato de um samaritano ter sido usado como exemplo de amor fraternal, seria especialmente amargo para os judeus. A mera menção de tais indivíduos, sob uma luz favorável, por parte de Jesus, era suficiente para pôr os ouvintes em atitude de antagonismo, especialmente no caso dos mestres da lei que fizeram a indagação que provocara a história da parte de Jesus.
Os adversários de Jesus teriam ficado perturbados ainda mesmo que Jesus tivesse usado um leigo como contraste a um sacerdote, que pusesse este em uma luz desfavorável, quanto mais quando este contraste foi fornecido por um odiado samaritano. Acrescente-se a isso o fato que o homem assaltado por ladrões poderia ser um judeu. E assim vemos que é um samaritano que ajudou a um judeu.
A parábola do bom samaritano tem servido de incentivo ao redor do mundo para o cuidado com os menos favorecidos, e, se for compreendida e posta em prática, haverá de remover os preconceitos raciais e os ódios nacionais. Esta história ilustra admiravelmente bem a qualidade dessa boa vontade. O amor ao próximo não se mostra calculista e mesquinho, como se fosse meramente o dever de alguém; mas também se mostra totalmente extravagante e abundante. Aqui está uma nota constante dos ensinamentos éticos de Jesus.
Assim, também, uma vez mais, se encontra aqui o grande sinal característico de Jesus, o fato de que o próximo era tão completamente um estranho, por ser, acima de tudo, um samaritano; na grandeza de sua compaixão, o samaritano não estava procurando cumprir um dever seu, não tinha necessidade alguma de cumprir um dever, mas amou o seu próximo como a si mesmo. (COSTA, CLÁUDIO E. M – A Igreja e o ministério de compaixão – Rio de Janeiro, 2016 – p19.)

           
O que devo fazer para ter a vida eterna?

Respondo, ame intensamente a Deus, reconheça seu amor e misericórdia demostrado no calvário, permitindo que Jesus Cristo seja Senhor e Salvador da sua vida.

Sem amor não tem Vida Eterna!

Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste. (João 17.3)



Pr Cláudio Eduardo

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