quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

É TEMPO DE CELEBRAR, É NATAL! ...

 




É TEMPO DE CELEBRAR,

É NATAL! ...

Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus todo-poderoso. Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações. Quem não te temerá, ó Senhor? Quem não glorificará o teu nome? Pois tu somente és santo. Todas as nações virão à tua presença e te adorarão, pois os teus atos de justiça se tornaram manifestos". (Apocalipse 15:3,4 NVI)

 

Sou apaixonado por presépio, vejo na simplicidade das figuras uma forma do artista apresentar a simplicidade e o ambiente rustico onde nasceu o Salvador.

 

Passeando com meu neto Eduardo, que tem dois anos, vi na recepção de uma empresa um presépio. As figuras eram de barro, ele começou a sua maneira dar nomes aos personagens, depois de alguns instante verifiquei que faltavam Maria e Jesus, e em voz alta falei a ele:

- Está faltando Jesus!

Imediatamente, uma pessoa que trabalhava no local respondeu:

- Jesus só chega no dia 24 de dezembro!

 

Tenho dificuldades com a hipocrisia das celebrações natalinas, os símbolos do Natal são distorcidos na busca de uma contextualização politicamente correta ou comercial em detrimento do significado do Natal de Jesus, o Cristo.

 

Fico com meus botões olhando o quanto temos sido injustos com um fato histórico que mudou radicalmente a história da humanidade. Não houve luzes, troca de presentes, arvore enfeitada com bolas coloridas e luzes piscando, um bom velhinho vestido de vermelho com um saco cheio de presentes e fantasias, isso sem falar dos duendes da fábrica de presentes e as renas mágicas que puxam um trenó voador.

 

Não podemos deixar de falar da entrada do “bom velhinho” pela chaminé da casa com objetivo de deixar ao pé da arvore os presentes das crianças que se comportaram durante aquele ano.

 

Precisamos como cristão sair do mundo da fantasia do “papai Noel”, é necessário olharmos a nossa volta e reacendermos o verdadeiro significado do Natal, o Natal de Jesus, o Cristo.

 

“Enquanto estavam lá, chegou o tempo de nascer o bebê, e ela deu à luz o seu primogênito. Envolveu-o em panos e o colocou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria. ” (Lucas 2:6,7 NVI)

 

O ano de 2020 foi atípico, todos sabemos disso, o mundo está sendo atormentado pelo medo da morte, uma pandemia está ceifando milhares de vida ao redor do mundo, sem fazer distinção de raça, sexo, credo, idade ou posição social. Parece que não devemos nutrir esperanças de mudança a curto prazo, alguns sonham com uma vacina eficaz a curto prazo, outros estão radicalizando o isolamento social, uma coisa sabemos; as incertezas continuam grandes.

 

Em algumas celebrações do Natal, se tem farta cominada, troca de presentes, conversas acaloradas sobre o ano que está acabando, e por incrível que pareça; o aniversariante está do lado de fora da festa.

 

Resgatar o significado do Natal é afirmarmos todos os dias do ano que Jesus Nasceu, e cumprirmos o papel dos anjos que anunciaram aos pastores que estavam no campo a notícia mais importante da humanidade.

Jesus foi prometido quando o pecado entrou no mundo, profetizado no decorrer da história, esperado pelo povo de Deus, Ele nasceu, viveu, morreu e ressuscitou; ensinou e comissionou os seus discípulos.

JESUS NASCEU!

 

Mas o anjo lhes disse: "Não tenham medo. Estou lhes trazendo boas novas de grande alegria, que são para todo o povo: Hoje, na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador que é Cristo, o Senhor. (Lucas 2:10,11 NVI)

 

Milhares de pessoas estão sofrendo os horrores da guerra, crianças órfãs em campo de refugiados, crianças soldados a serviço de ditadores, meninas sendo violentadas, pessoas morrendo de fome ao redor do mundo. Em nossa Nação estamos vivendo o caos da violência urbana, as instituições socioeducativas funcionando com presidio de crianças e adolescentes, a cada dia a população em situação de rua aumentando. O que dizer daqueles que dependem do sistema público de saúde onde os profissionais não possuem as mínimas condições de trabalho numa guerra interminável entre a morte e a vida. A corrupção, o jogo do poder e o descaso com os necessitados e aqueles que estão em situação de vulnerabilidade, tudo isso é inaceitável.

 

Lembro de um quadro que vi na minha adolescência e marcou profundamente a minha vida, não lembro o autor para dar o devido crédito, vi a gravura numa biblioteca, e isso me fez muito questionador quanto ao papel da igreja na sociedade em que está inserida:

- O quadro apresenta a cena de uma igreja onde do lado de dentro se tinha riqueza e um belíssimo banquete e na sua porta miséria com um povo clamando por um pedaço de pão.

 

Hoje, enquanto cristão, não consigo aceitar uma igreja indiferente ao sofrimento daqueles que estão a sua volta. Não falo de programa especifico na época do Natal ou de ações esporádicas que ajudam a muitos se livrarem do sentimento de culpa, falo de estilo de vida, de amor na prática, de imitarmos a Jesus em todas as circunstâncias.

 

Quando observo no ambiente eclesiástico uma marginalização daqueles que lutam para que a compaixão e misericórdia estejam no mesmo patamar da evangelização e missões, me pergunto:

- O que aprendemos com Jesus, o Cristo?

 

Jesus pregou e ensinou, isso é fato; mas o que mais impactou foi a prática dos seus ensinos e as ações que refletiam a mensagem da sua pregação.

 

O quadro da minha adolescência me ensina que não podemos ser uma coisa dentro e outra do lado de fora, fomos chamados a repartir as bênçãos Deus que nos alcançou.

 

A experiência com o meu neto sobre o presépio, não precisamos esperar o dia 24 de dezembro para celebrar o Natal. Jesus nasceu, morreu e ressuscitou, e promete estar todos os dias com aqueles que são os seus discípulos.

 

Se você acha bonita a arvore de Natal, coloca algodão para imitar neve, e põe os presentes entre os dias 24 e 25 para alegrar a criançada, se isso faz parte da tradição da família; não esqueça de separar um momento para apresentar o verdadeiro sentido do Natal.

 

Jesus foi rejeitado na noite de Natal, não havia lugar para Ele!

Os marginalizados[1] pela religião e sua sociedade foram os primeiros a ouvirem as notícias que traziam grande alegria!

O Rei dos reis foi envolto em panos, não foi em uma capa de majestade ou recebendo um cedro de poder!

 

Olhando para tudo que tivemos que percorrer nesse ano, os desafios que nos afligiram, que cantemos o cântico de Moisés, façamos um grande coro.

O Natal é presente de Deus para humanidade!

O Natal é o melhor presente que recebi, graça e misericórdia do Senhor!

O Natal é uma chamada à saímos da indiferença e sermos agentes do amor de Deus!

O Natal é tempo de celebração, a dificuldade dos nossos dias não se compara ao que o Senhor tem preparado para nós!

 

Não olhe para os problemas e dificuldades, contemple que está ao seu lado todo tempo, e cante:

 

E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro: "Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus todo-poderoso. Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações. Quem não te temerá, ó Senhor? Quem não glorificará o teu nome? Pois tu somente és santo. Todas as nações virão à tua presença e te adorarão, pois os teus atos de justiça se tornaram manifestos".

(Apocalipse 15:3,4 NVI)

 

Feliz Natal é só com Jesus no coração!

 

Continuo contando com suas orações!

 

Abraço,

 

Cláudio Eduardo - Pastor



[1] Os pastores eram marginalizados por não poderem cumprir os ritos que o judaísmo exigia na guarda do sábado e de outros compromissos da Lei

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