Mais uma vez temos a alegria de um texto de composição do Pr Idimar Finco, que muito contribui em nosso estudo.
A narrativa abaixo parece que o autor estava lá, aproveite!
LIVRO: ATOS DOS APÓSTOLOS
A narrativa abaixo parece que o autor estava lá, aproveite!
LIVRO: ATOS DOS
INFORMAÇÕES ESSENCIAIS:
Fornecer um relato
preciso do nascimento da Igreja Cristã.
AUTOR:
Lucas, um médico
gentio (não judeu)
DESTINATÁRIOS:
Teófilo e todos os
que amam a Deus.
DATA:
Entre 63 e 70 d.C.
PANORAMA:
Atos é o elo entre a
vida de Cristo e da Igreja, entre os Evangelhos e as epistolas (cartas).
VERSÍCULO CHAVE:
“Mas recebereis a
virtude do Espirito Santo, que há de vir sobre vós, e ser-me-eis testemunhas
tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até os confins da terra”
Atos 1;8).
PESSOAS-CHAVE:
Pedro, João, Tiago,
Estevão, Filipe, Paulo, Barnabé, Cornélio, Tiago (irmão de Jesus), Timóteo, Lídia,
Silas, Tito, Apolo, Ágabo, Ananias, Félix, Festo, Agripa e Lucas,
LUGARES-CHAVE:
Jerusalém, Samaria,
Lida, Jope, Antioquia, Chipre, Listra, Antioquia da Psidia, Icônio, Listra,
Derbe, Filipos, Tessalônica, Berea, Atenas, Corinto, Éfeso, Cesareia, Malta e
Roma.
CARACTERISTICAS PRINCIPAIS:
O livro de Atos é uma
continuação do Evangelho de Lucas. É possível que Atos termine abruptamente por
Lucas ter planejado escrever seu terceiro livro, em que daria sua continuidade
histórica.
LENDO O LIVRO DE ATOS:
Quando
se risca um fosforo, a ficção gera uma faísca no palito. Uma pequena chama
queima a extremidade e cresce. O calor aumenta, e logo o palito é consumido por
uma chama alaranjada ou avermelhada. Quanto mais se estende mais consome a
madeira. A chama se torna fogo.
Há
quase dois mil anos, um “fosforo” [o cristianismo] foi riscado na Palestina. A
princípio, apenas alguns naquele lugar foram foram tocados e aquecidos. Mas, o
“fogo” se espalhou além de Jerusalém e da Judeia, e atingiu todo o mundo, todas
as pessoas. O livro de Atos fornece um fiel relato sobre a expansão da igreja
cristã, que começou em Jerusalém com um pequeno grupo de discípulos (alunos), e
se espalhou por todo o Império Romano, onde onde as boas novas foram pregadas.
Revestido
pelo Espirito Santo, o grupo corajoso de discípulos pregou, ensinou, curou e
demonstrou o amor de Cristo em sinagogas, escolas, casas, mercados, tribunais,
ruas, prisões, colinas, navios, e estradas no deserto. Aonde quer que Deus os
enviasse, a vida e a história das pessoas seriam mudadas.
Escrito
por Lucas como continuação do seu evangelho, Atos é um registro histórico
preciso da Igreja Primitiva. Mas também é um livro teológico, com lições e
exemplos vivos da obra do Espirito Santo, das relações da Igreja e sua
organização, das implicações da graça e da lei do amor. É também um trabalho
apologético, que ajudou a construir um forte alicerce para a fé cristã ao
demonstrar o cumprimento das afirmações e promessas de Cristo.
O
livro de Atos começa com o derramamento do Espirito Santo, prometido por Jesus,
e o início da proclamação do evangelho. Esta evangelização, inspirada pelo Espirito
Santo, começou em Jerusalém e se estendeu a Roma, cobrindo a maior parte do
império. O evangelho chegou primeiro aos Judeus, mas estes, como nação,
rejeitaram. Apenas alguns judeus receberam alegremente as Boas Novas.
A
rejeição continua do evangelho pela maioria dos judeus levou à proclamação
sempre crescente do evangelho entre os gentios. Isso estava de acordo com o
plano de Jesus, o evangelho deveria ser pregado em Jerusalém, na Judeia, em
Samaria e nos confins da terra (1.8). De fato, essa ordem é o padrão seguido
pela narrativa de Atos. A gloriosa proclamação do evangelho começou em
Jerusalém (caps. 1 7), foi para a Judeia, Samaria (cap. 8ss) e seguiu para os
países além da Judeia (11.de 19; 13.4). A segunda metade do livro de Atos
enfoca principalmente as viagens missionarias Paulo a muito dos países ao norte
do mar Mediterrâneo. O apóstolo e seus companheiros levaram o evangelho
primeiro aos judeus, depois aos gentios. Alguns judeus creram, e muitos gentios
receberam as boas novas com alegria. Novas igrejas tiveram início e novos
crentes começaram a crescer na vida cristã.
Ao
ler o livro de Atos, coloque-se no lugar dos discípulos: identifique-se com
aqueles com aqueles que foram cheios do Espirito Santo e experimente a emoção
de ver milhares de respostas à mensagem do evangelho! Sinta o comprometimento
demonstrado pelos que dedicaram cada talento de seu tesouro a Cristo. Ao ler
Atos, perceba a ousadia e a coragem que o Espirito Santo concedia aos crentes
do primeiro século que, mesmo diante do sofrimento e da morte, aproveita todas
as oportunidades para falar de seu Senhor crucificado e ressuscitado. Então,
decida ser uma versão (moderna) desse século daqueles homens e mulheres de
Deus!
ESBOÇO:
A. O MINISTÉRIO DE PEDRO (1.1 – 12.25)
1. O estabelecimento da Igreja.
2. A expansão da Igreja.
Depois
da ressurreição de Jesus Cristo, Pedro pregou corajosamente e realizou muitos
milagres. As atitudes de Pedro demonstram a fonte e os efeitos do poder
cristão. O povo de Deus foi capacitado pelo Espirito Santo, para realizar a
obra. O Espirito Santo ainda está disponível para capacitar os cristãos de
hoje. Devemos nos voltar para o Espirito Santo a fim de obter a força, a
coragem e a ousadia para realizar a obra de Deus.
B. O MINISTÉRIO DE PAULO (13.1 – 28.31)
1. A primeira viagem missionária.
2. O Concilio de Jerusalém.
3. A segunda viagem missionária.
4. A terceira viagem missionária.
5. O julgamento de Paulo.
O
trabalho do ministério de Paulo nos mostra o progresso do cristianismo. O
evangelho não podia ser confinado a uma parte do mundo, pois a fé cristã
oferece esperança a toda a humanidade. Nós também devemos ter a ousadia e
coragem, participando desta tarefa heroica de testemunhar a favor de Cristo em
todo o mundo.
MEGA TEMAS:
TEMA
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EXPLICAÇÃO
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IMPORTANCIA
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Início da Igreja
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O
livro de atos conta a história de como o cristianismo foi fundado, organizado
e como os problemas foram resolvidos. A comunidade dos crentes surgiu pela fé
no Cristo ressuscitado e no poder do Espirito Santo, que a capacitou para
testemunhar, amar e servir a Deus
|
Novas
igrejas estão sendo continuamente fundadas. Pela fé em Jesus Cristo e através
do poder do Espirito Santo, a igreja cristã pode ser um agente de mudanças. À
medida que enfrentamos novos problemas, encontramos no livro de Atos
importantes soluções.
|
Espirito Santo
|
A
igreja cristã não começou ou cresceu por seu próprio poder ou entusiasmo. Os
discípulos foram capacitados pelo Espirito Santo. Ele era o Conselheiro e o
Guia prometido, e foi enviado quando Jesus ascendeu ao céu.
|
O
trabalho do Espirito Santo, demonstrou que o cristianismo é sobrenatural.
Deste modo, a igreja cristã se tornou mais consciente do Espirito Santo do
que dos problemas. Pela fé, qualquer crente pode pedir o poder do Espirito
Santo para fazer a obra de Cristo.
|
Crescimento da Igreja
|
O
livro de Atos apresenta a história de uma comunidade dinâmica e crescente de
cristãos de Jerusalém, as Síria, da África, da Ásia e da Europa. No primeiro
século, o cristianismo se estendeu dos judeus aos não-judeus em 39 cidades e
30 países, ilhas e províncias.
|
Quando
o Espirito Santo trabalha, existe movimento, entusiasmo e crescimento. Ele
nos dá a motivação, a energia e a habilidade para levarmos o evangelho ao
mundo inteiro.
Qual
a sua posição no plano de Deus para disseminar o cristianismo? Qual o seu
lugar neste movimento?
|
Testemunho
|
Pedro,
João, Filipe, Paulo, Barnabé e muitos outros testemunharam sua fé em Cristo.
Por meio do testemunho pessoal, da pregação e defesa perante as autoridades,
relataram corajosamente as Boas Novas a todos os tipos de grupos.
|
Nós
somos o povo de Deus, escolhidos para ser parte de seu plano de alcançar o
mundo. Com amor e fé, podemos ter a ajuda do Espirito Santo quando
testemunhamos ou pregamos. Testemunhar é benéfico porque fortalece nossa fé,
à medida que confrontamos aqueles que a desafiam.
|
Oposição
|
Com
encarceramentos, espancamentos e motins, os cristãos foram
perseguidos tanto por Judeus como por gentios. Mas a oposição se tornou um
catalisador para a expansão do cristianismo. O crescimento durante os tempos
de opressão mostra que o cristianismo não é uma obra humana, mas de Deus.
|
Deus
pode trabalhar por meio de qualquer oposição. Ao enfrentar a perseguição por
parte de incrédulos hostis, perceba que esta se deve ao fato de você ser uma
testemunha fiel que procura a oportunidade de apresentar as Boas Novas a
respeito de Cristo. Aproveite as oportunidades proporcionadas pela oposição!
|
ATOS – CAPITULO 1
DOIS MESES ANTES...
Ao
final de março e começos de abril do ano 30 a.C., um número, insolitamente
grande de embarcações havia começado a chegar no porto de Cesareia e as outras
cidades marítimas da Judeia. Vinham repletas de passageiros que, depois de
desembarcar, empreendiam uma viagem de mais de cinquenta quilômetros terra
adentro, para a velha cidade de Jerusalém. Todos os caminhos que levaram a essa
cidade estavam congestionados por viajantes. As pessoas avançavam para a antiga
capital da Judeia não somente destes portos marítimos, mas também pelo sul
desde a África, pelo leste, desde a Europa e pelo norte desde a Ásia menos e
Europa.
No
início as pessoas vinham em grupinhos isolados; logo, em grupos grandes e, por
último, fluía à Cidade Santa como uma grande inundação, de todos os pontos da
rota marítima. Os primeiros em chegar abarrotaram as pousadas. Logo, os que
chegavam, foram ocupando todas as casas e apartamentos. Uns dias, todos os
lugares habitáveis ficaram totalmente repletos. Ainda assim, seguiram chagando
mais viajantes, até que a situação chegou a ser quase caótica. Os que foram
chegando por último, começaram à acampar nas ruas, e no final, até as ruas
ficaram repletas de turistas religiosos.
Vinham
de todas as partes do mundo conhecido, aglomerando-se numa cidade que tinha
menos de três quilômetros quadrados.
Cada
ano, ao redor desse mesmo tempo, a cidade de Jerusalém era anfitriã dos
visitantes judeus procedentes de todas as partes da terra, que vinham para
celebrar uma serie de antigas festas. Era algo parecido a uma festa mundial,
ima solene peregrinação religiosa, uma atração turística internacional e uma
reunião familiar, tudo isso era envolvido em um. Todo esse período de
celebrações duravam uns sessenta dias, começando com a primeira semeadura ou,
plantação. Mais tarde, vinha a solene festa da Pascoa, seguida imediatamente
por uma observação dos primeiros frutos ou primícias e, por último, sete
semanas depois, se celebrava uma deliciosa festividade que denominavam de
“Festa das semanas” ou “Pentecostes”.
Os
judeus haviam vindo celebrando essa temporada cada ano por muito mais de mil
anos, de fato, o ano de 30.A.D., estava provavelmente perto dos mil e
quinhentos anos de celebração dessa temporada de festas.
O
típico turista judeu tinha uma compreensão bastante clara do ritual da Pascoa
como uma recordação à Israel de uma promessa muito importante.
A
grande celebração seguinte, que vinha em seguida, depois da Pascoa, era
conhecida como a das Primícias. Seu significado espiritual era muito mais
escuro que a da celebração da Pascoa. A maior parte do povo judeu sabia tão
somente que a mesma tinha que ver com uma semeadura anual de cereais.
As
primícias ou primeiros frutos eram uma celebração que se efetuava durante o
tempo de semeadura dos cativos: assim, se Deus lhes concedia uma boa temporada
de semeadura e depois uma boa colheita, isso significava um ano bom para
Israel. Mas, se a colheita era pobre, significava um desastre, inclusive fome.
Essa
celebração era representada em um ritual que se efetuava três dias depois da
Pascoa. Mas, resultava obvio que o ritual das primícias tinha ao mesmo tempo
algum significado mais profundo e significativo, que não era do conhecimento
geral.
Alguns
turistas partiam de Jerusalém logo que a celebração das primícias terminava,
mas, muitos ficavam para a celebração do Pentecostes, observando exatamente
sete semanas depois. O verdadeiro significado espiritual do Pentecoste era
muito mais escuro que o da Pascoa e, inclusive das primícias. Ninguém parecia
compreender exatamente que acontecimento futuro precedia ao Pentecoste. (A
maioria das pessoas no nosso século também não sabe!).
Durante
esse ano em particular, havia outro acontecimento importante, mas não
programado, que estava tendo o seu lugar na cidade. Estava sendo celebrado um
julgamento e um juízo do qual todos falavam: se julgava a um Nazareno, respeito
ao qual, corriam toda classe de rumores e cuja vida estava em jogo. Então, em
forma imprevista o sentenciaram à morte. Sua execução foi apressada
precipitadamente nas cortes, afim de evitar que interferira com a observação da
parte principal da Pascoa.
E
sucedeu assim que, precisamente, enquanto o Nazareno estava sendo interrogado
na corte, um grupo de sacerdotes estavam examinando cuidadosamente um cordeiro
para certificar-se que não tivesse nenhum defeito, servindo para a Pascoa.
Esses dois acontecimentos – a execução desse homem e o sacrifício do cordeiro
para a Pascoa – corriam de forma paralelas uma com a outra, tão igual que,
justo quando levaram o homem para ser sentenciado à morte na colina de
execução, aquele cordeiro era conduzido ao templo e preparado para o
sacrifício.
O
dia seguinte, que era sábado, todos observaram o descanso sabático. Estava por
começar o domingo, dia em que havia de ter lugar a celebração da festa das
Primícias.
Pouco
antes do amanhecer do domingo, um sacerdote do templo saiu do templo e se
dirigiu para um campo semeado próximo de Jerusalém. Quando o sacerdote chegou
ali, observou cuidadosamente o solo para ver se havia brotado da terra alguns
talinhos (primícias) da semente semeada.
Ainda
estava escuro. Ainda não havia amanhecido. Não obstante, ao menos uma pessoa
mas, uma mulher chamada Maria Madalena, também se encontrava levantada. Era uma
das seguidoras de Jesus e estava indo inspecionar a tumba onde Ele havia sido
colocado, antes da festa.
Para
dizer a verdade, aquele sacerdote chegou ao campo, justo quando raiava o sol da
alva e a primeira luz da manhã iluminou a terra que se estendia diante dele. Ao
inclinar-se desde o borde do semeado, pode ver. Aos seus pês se viam algumas
plantinhas que haviam brotado da terra. Uns diminutos talos das primícias da
colheita do ano, havia brotado!
Assim,
inclinando-se, o sacerdote estendeu as mãos e envolveu cuidadosamente um
minúsculo talo, ao tempo que começou a tira-lo do solo. Nesse preciso momento
sentiu a terra se movia debaixo dos seus pés. (Evidentemente se estava
produzindo um violento terremoto em algum lugar perto). Nesse mesmo momento,
também a aurora começou aparecer no horizonte.
Então
o sacerdote tirou logo o talinho do solo e o levou de volta ao templo. Ali
efetuou o ritual das primícias. Sustentou a plantinha nas palmas das mãos
levantadas diante do altar; e estando parado ali, a moveu para frente e para
atrás diante de Deus. Ofereceu a Deus o grão geminado, seguindo um antigo
ritual de ações de graças, porque a semente havia brotado da terra.
Enquanto
isso, um absurdo rumor havia começado a percorrer Jerusalém. Parecia que se
havia originado com essa mocinha Maria Madalena. Ela havia declarado que ao
chegar na tumba, a encontrou vazia – e Jesus se havia levantado, saindo daquela
tumba, vivo!
Foi
esse o tão que a segunda grande celebração, a das “Primícias”, terminou.
Dentro
de sete semanas... de exatamente quarenta e nove dias... se observaria não, se
cumpriria a seguinte grande celebração! Esse dia o sacerdote regressaria ao
mesmo campo que antes havia tirado a plantinha germinada. Para então, o grão já
estava maduro e, ele recolheria um galho do trigo. Esse dia, esse incrível dia,
seria o dia de Pentecostes.
Como
podemos ver, ocorreram algumas coisas bastante incríveis durante a observação
da Pascoa e das Primícias no ano 30 A.D.
A
festa de Pentecostes desse ano também seria precisamente como de costume!
DOMINGO, DE 5 A 8 DA MANHÃ...
É
domingo, 29 de maio do ano 30 A.D. são como as 5:00 da manhã. O sol não havia
ainda saído. A cidade de Jerusalém se encontra ainda escura.
A
porta do templo se abre ligeiramente e um solitário sacerdote sai por ela, desce
uma escadinha e caminha pelas ruas de Jerusalém. Até onde pode ver no
crepúsculo matutino, as ruas estão repletas de peregrinos dormidos, estendidos
por todas as partes no pavimento de pedras. O sacerdote passa entre esse
labirinto de gente dormida, sai pela porta da cidade e se coloca a andar campo
adentro. Se dirige ao campo semeado, o mesmo campo que ele saiu para
inspecionar à exatamente quarenta e nove dias atrás.
O
sacerdote não é o único que está ativo desde cedo. Algumas pessoas más se
haviam levantado também. Assim, se pode ver a alguns dos discípulos do Senhor
que passam cuidadosamente entre a multidão dormida, avançam ao alongo das
estreitas ruazinhas da cidade e sobem por pelas escadas de um edifício de dois
andares. (esse edifício se encontra bem perto da área do templo).
Sabemos
o que o sacerdote está fazendo esse domingo de manhã pela manhã em particular,
mas, Por que estão levantados mais de cem discípulos tão cedo? podemos
encontrar a resposta se nos voltarmos até a Pascoa e os quarenta e nove dias
subsequentes.
Faz
somente um pouco mas de sete semanas que Jesus Cristo foi crucificado durante a
Pascoa. Praticamente todos os que haviam vindo se reunindo nesse aposento no
alto desse edifício, são testemunhas de terem visto a sua execução. Os dias
subsequentes à execução do Senhor foram os dias mas tenebrosos e tristes que
esses homens e mulheres tinham vivido. Toda aquela experiência foi singular –
humanamente quase insofrível. Mas, hoje, faz quarenta e nove dias que toda a
insuportável tristeza se converteu em um inexplicável gozo. Por que? Porque foi
nessa madrugada que Maria Madalena voltou de ir ver a tumba de Jesus e declarou
que a tumba estava vazia. Além disse, ela insistia que havia visto ao Senhor...
vivo!
Durante
as cinco semanas seguintes o Senhor apareceu repetidamente a toda essa gente. O
Quadragésimo dias depois de sua ressurreição, Jesus teve uma breve conversa com
um pequeno grupo deles em cima de uma colina próxima de Jerusalém, chamada o Monte
das Oliveiras e, lhes deu umas breves instruções. Em seguida e de modo
especifico, afastou a doze deles, os olhou diretamente nos olhos e lhes disse:
“Vocês vão receber o poder.” Então lhes disse a todos os que estavam com Ele,
que voltassem para Jerusalém e esperassem ali a vinda do Espírito Santo. Quando
acabou de dar-lhes essas instruções, começou a levantar-se da terra, ascendeu
aos céus.
Os
discípulos ficaram ali, pasmos, por um longo tempo. Nenhum deles sabia que, o
quem era o Espirito Santo, nem quando aquilo, o Ele veria. Mas, com poucas
palavras de instruções que haviam recebido, todos eles decidiram regressar para
Jerusalém, alugar um amplo aposento em que todos poderiam se reunir e, como o
Senhor lhes havia dito, esperar. Em vista de que não sabiam que outras coisas
haveriam de fazer, decidiram que o melhor seria passar o tempo em jejum e
oração.
Ainda
estava escuro. Então alguém começou a cantar suavemente um salmo; outros se
uniram a ele. Foi assim como começou a mais transcendental reunião de oração da
história humana!
O
sacerdote que havia saído do templo chegou ao campo de trigo situado nas
proximidades da cidade. Os primeiros raios de sol começavam a estender-se pelo
campo diante dele, sete semanas antes, o dia das Primícias, esse mesmo sacerdote
havia vindo para inspecionar aquele mesmo campo semeado. Mas, esse campo, a
diferença de como havia estado sete semanas antes, quando somente uns talinhos
estavam brotando da terra, agora estava cheio de uma abundante colheita de
grãos bem maduros. A semente semeada durante a temporada da Pascoa havia
brotado e crescido, e era uma plantação alta e frondosa, pronta para a
colheita. O sacerdote se meteu entre a plantação e começou a cortar alguns
talos. Com grande esmero reuniu os feixes, deu a volta e partiu para o regresso
à Jerusalém.
A
penumbra da madrugada cedeu o passo ao dia. Jerusalém começou a ficar
barulhenta com os primeiros raios da luz da manhã. Já de novo na cidade, o
sacerdote voltou ao templo e entrou. Estava por começar o seguinte passo
importante do ritual do Pentecostes.
O
sacerdote foi até uma mesa e ali começou a bater as espigas que havia colhido,
para tirar o grão. A continuação, tomou uma pedra lisa e redonda e começou a
comprimir com ela cuidadosamente o grão, balançando de um lado para o outro
sobre o mesmo. Seguiu comprimindo assim, até que todo o trigo ficou
completamente moído. Continuou ainda a moer, até que o grão era já um montão de
farinha finamente moída.
Então,
o sacerdote amontoou ainda mas essa farinha finamente moída. Com cuidado verteu
um pouco de água em que a amassou, dando consistência. Logo, formou uma
fogueira, no fundo do forno incendiado. Deu uns passos atrás e esperou.
O
forno estava muito quente. Pronto aquela massa viria a ser pão; em breve o
sacerdote introduziria outra vez a paleta la no profundo calor, esta vez para
sacar do forno, das brasas, o pão cozido.
Dentro
de somente uns breves momentos o sacerdote abriria a porta do forno e tiraria
aquela bandeja de pão. Em seguida a levaria ao altar e a levantaria diante do
Senhor. Essa oferta seria o momento culminante da festa de Pentecostes – E
esse momento estava já para chegar.
Eram
aproximadamente as 8:00 da manhã.
As
orações no aposento alto, haviam chegado a ser tremendamente real e, muito
emotivas. À presença do Senhor era também muito real. De repente se ouviu um
som ensurdecedor, que se fazia mais forte e mais próximo.
Aquele
aposento quase caiu debaixo da fúria desse sopro, algo incrível estava
acontecendo. Que era aquilo? Era a vinda que Cristo havia prometido? Ou o
Espirito Santo que Ele havia prometido? O poder que haveria de dar? O Reino do
qual Ele havia falado? Uma coisa era certa: algo celestial estava a ponto de
acontecer na terra.
E
então ocorreu, ali mesmo, diante deles. O som desse vento que vinha do céu entrou
naquele aposento na terra. Os inundou aquela maravilhosa sensação da realidade,
intimidade e presença de Cristo, essa sensação que somente haviam experimentado
quando se encontravam em sua real presença, enquanto Ele esteve aqui na terra.
E agora essa mesma gloriosa presença enchia o aposento. Ainda más, se percebia
uma tremenda sensação de sua divina autoridade.
De
repente todos souberam!
O
Espirito Santo havia vindo! O alento divino estava ali – assentado sobre cada
pessoa que estava no aposento. O recinto inteiro estava cheio, absolutamente
cheio, saturado e cheio do Espirito Santo. A presença do Espirito Dele os
envolvia e os submergia a todos.
Nunca
havia acontecido nada semelhante aquilo, nunca jamais! Então, alguém gritou.
Subiu um grito de indizível gozo. Logo, outro. E, outras más... Eram expressões
de louvor e gloria ao Senhor por tudo o que Ele havia feito no meio deles. Más,
não havia maneira em que o ser humano poderia dar expressão adequada a
semelhante momento. Não obstante, todos teriam que tratar. Conter os louvores
em um momento semelhante havia sido tão inconcebível como impossível. Em uns
momentos o gozo de todos os crentes reunidos ali se fundiu em um glorioso e
ascendente crescendo em louvores.
O
sacerdote tirou a bandeja de pão do forno. A levou diante do altar e a levantou
para o Senhor. Havia chegado ao momento culminante do Pentecostes. A bandeja
estava completa.
A
semente divina havia brotado! Antes, aquela vida divina havia morado em um só
homem; agora morava em más de um homem! Mas havia muito más que isso a
respeito: esses homens que teriam vida divina, agora eram todos um – um corpo.
E
havia ainda más: o Espirito Santo havia vindo. Mas, havia ainda más: Esse
Espirito havia envolvido e saturado a um grupo de homens e mulheres. Sim; más
havia más ainda. Isso é possível? Poderia haver más?
Pois,
sim!
O
sacerdote levantou a bandeja de pão diante do Senhor. O dia de Pentecostes
havia chegado. Não! O dia de Pentecostes havia mais que chegado: O dia de
Pentecostes havia se cumprido! Havia chegado finalmente o acontecimento más
titânico de toda a história da criação. Por fim, havia começado o proposito
divino respeito da existência desse universo. Finalmente a ideia suprema que
Deus tivera jamais era visível na terra.
O
que era aquilo? Esse dia, na cidade de Jerusalém, o governo e o Reino que até
então tão somente céu havia conhecido – ao fim – invadiram a terra. Era nesse
dia o Reino dos Céus toco a terra. Que acontecimento tão sobre acolhedor! Por
fim o Reino de Deus se havia agradando! Havia passado à ofensiva. Havia ocupado
um novo território. Se havia estabelecido uma cabeça de praia para o Reino dos
Céus nesse planeta. Poderia parecer que fora um humilde começo, más, estava
destinado e se estender.
O
que havia acontecido?
O
acontecimento mas tremendo da história da humanidade.
Uma
semente havia germinado!
Havia
nascido a Igreja.
Pr Idimar Finco
muito bom!Deus seja Louvado!
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