sábado, 21 de janeiro de 2017

A HUMILDADE DO SERVO

O texto abaixo é de autoria do amigo, psicologo e pastor José Bartolomeu, que muito nos honra com sua contribuição. Muito obrigado!


A HUMILDADE DO SERVO

 “Surgiu também uma discussão entre eles, acerca de qual deles era considerado o maior. Jesus lhes disse: "Os reis das nações dominam sobre elas; e os que exercem autoridade sobre elas são chamados benfeitores. Mas vocês não serão assim. Ao contrário, o maior entre vocês deverá ser como o mais jovem, e aquele que governa, como o que serve. Pois quem é maior: o que está à mesa, ou o que serve? Não é o que está à mesa? Mas eu estou entre vocês como quem serve. Vocês são os que têm permanecido ao meu lado durante as minhas provações. E eu designo a vocês um Reino, assim como meu Pai o designou a mim, para que vocês possam comer e beber à minha mesa no meu Reino e sentar-se em tronos, julgando as doze tribos de Israel.”                      Lucas 22.24–30



Em uma época recheada de uma pseudo espiritualidade, de um comportamento religioso que visa a glória humana, quando troca-se o caráter pelo carisma,  onde é comum vermos um comportamento antagônica, distorcido dos ensinos do nosso Mestre no tocante a humildade, “...Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz...” (Fp 2.5-8), onde há expressões isoladas, fora do seu contexto como: “você é filho do Rei”, “você não nasceu para ser calda e sim cabeça”, “você comerá o melhor desta terra”. Precisamos visitar o Evangelho segundo escreveu Lucas, e percebermos que a espiritualidade de Jesus Cristo foi totalmente invertida.
 No texto Lucano fica claro a motivação da natureza humana, seus desejos e um acentuado espírito de competição dos discípulos – “Surgiu também uma discussão entre eles, acerca de qual deles era considerado o maior...” (v.24). Motivação esta, que é veementemente reprendida por Jesus Cristo  "Os reis das nações dominam sobre elas; e os que exercem autoridade sobre elas são chamados benfeitores. Mas vocês não serão assim. Ao contrário, o maior entre vocês deverá ser como o mais jovem, e aquele que governa, como o que serve...” (v.25). Ao contrariar a intenção dos discípulos, Jesus nos coloca diante de um grande dilema e desejo que carregamos, de termos uma evidência, uma glória que não nos pertence, que nunca foi ensinada por Jesus e que gera um espírito de competição danoso e desumano.
Daí, surge uma pergunta: Como vencer esta deficiência deformadora? Como não se deixar gerenciar pela natureza beligerante, que a todo preço deseja aplausos? O texto é claro – assumindo a humildade do servo – “...Mas eu estou entre vocês como quem serve...” (v.27). Jesus sempre deixou muito explícito que em sua missão o serviço seria basilar, teria transparência e evidência – “Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos...” (Mc 10.45). Penso que no cumprimento de sua missão, Jesus não apenas vivenciou plena obediência, mas também o sentimento de servo exaltou a humildade de seu caráter.
Fomos chamados para uma missão de sermos como ele foi – “E vós fostes feitos nossos imitadores, e do Senhor, recebendo a palavra em muita tribulação, com gozo do Espírito Santo.” (1Ts 1.6). Não devemos ficar almejando pódio. Aliás, alguém já disse que “o pódio do cristão é a cruz”. Só assim conseguiremos viver de acordo com as Escrituras, cumprindo a vontade de Deus que é boa, perfeita e agradável.
Minha oração é que a humilhação do servo tome conta de nossa mente é coração!

Pastor José Bartolomeu Patrício do Silva


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