O texto abaixo é de autoria do amigo, psicologo e pastor José Bartolomeu, que muito nos honra com sua contribuição. Muito obrigado!
A HUMILDADE DO SERVO
“Surgiu
também uma discussão entre eles, acerca de qual deles era considerado o maior.
Jesus lhes disse: "Os reis das nações dominam sobre elas; e os que exercem
autoridade sobre elas são chamados benfeitores. Mas vocês não serão assim. Ao
contrário, o maior entre vocês deverá ser como o mais jovem, e aquele que
governa, como o que serve. Pois quem é maior: o que está à mesa, ou o que
serve? Não é o que está à mesa? Mas eu estou entre vocês como quem serve. Vocês
são os que têm permanecido ao meu lado durante as minhas provações. E eu
designo a vocês um Reino, assim como meu Pai o designou a mim, para que vocês
possam comer e beber à minha mesa no meu Reino e sentar-se em tronos, julgando
as doze tribos de Israel.” Lucas 22.24–30
Em
uma época recheada de uma pseudo espiritualidade, de um comportamento religioso
que visa a glória humana, quando troca-se o caráter pelo carisma, onde é
comum vermos um comportamento antagônica, distorcido dos ensinos do nosso
Mestre no tocante a humildade, “...Tende em vós o mesmo sentimento que
houve também em Cristo Jesus, pois
ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a
Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo,
tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si
mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz...” (Fp 2.5-8), onde há expressões isoladas, fora do
seu contexto como: “você é filho do Rei”, “você não nasceu para ser calda e sim
cabeça”, “você comerá o melhor desta terra”. Precisamos visitar o Evangelho
segundo escreveu Lucas, e percebermos que a espiritualidade de Jesus Cristo foi
totalmente invertida.
No texto Lucano fica claro a
motivação da natureza humana, seus desejos e um acentuado espírito de
competição dos discípulos – “Surgiu também uma discussão entre eles,
acerca de qual deles era considerado o maior...” (v.24). Motivação
esta, que é veementemente reprendida por Jesus Cristo – "Os reis das nações dominam sobre elas; e os que exercem autoridade
sobre elas são chamados benfeitores. Mas vocês não serão assim. Ao contrário, o
maior entre vocês deverá ser como o mais jovem, e aquele que governa, como o
que serve...” (v.25). Ao
contrariar a intenção dos
discípulos, Jesus nos coloca diante de um grande dilema e desejo que
carregamos, de termos uma evidência, uma glória que não nos pertence, que nunca
foi ensinada por Jesus e que gera um espírito de competição danoso e desumano.
Daí, surge uma pergunta: Como
vencer esta deficiência deformadora? Como não se deixar gerenciar pela natureza
beligerante, que a todo preço deseja aplausos? O texto é claro – assumindo a
humildade do servo – “...Mas eu estou
entre vocês como quem serve...” (v.27). Jesus sempre deixou muito explícito
que em sua missão o serviço seria basilar, teria transparência e evidência – “Porque
o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua
vida em resgate de muitos...” (Mc
10.45). Penso que no cumprimento de sua missão, Jesus não apenas vivenciou
plena obediência, mas também o sentimento de servo exaltou a humildade de seu
caráter.
Fomos chamados para uma missão de
sermos como ele foi – “E vós fostes
feitos nossos imitadores, e do Senhor, recebendo a palavra em muita tribulação,
com gozo do Espírito Santo.” (1Ts 1.6). Não devemos ficar almejando
pódio. Aliás, alguém já disse que “o pódio do cristão é a cruz”. Só assim
conseguiremos viver de acordo com as Escrituras, cumprindo a vontade de Deus
que é boa, perfeita e agradável.
Minha oração é que a humilhação do
servo tome conta de nossa mente é coração!
Pastor José Bartolomeu Patrício do
Silva
Muito bom.
ResponderExcluirObrigada pastor
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