sábado, 11 de abril de 2020

QUAL É A DIREÇÃO?


QUAL É A DIREÇÃO?

Sempre gostei muito de viajar de carro, procuro fazer todo o roteiro com antecedência levando em consideração as eventualidades que porventura venha a acontecer na viagem.

Dirigir é um hobby maravilhoso para mim, quando morava com minha família no Recife, várias vezes fiz o trajeto do Recife para o Rio de Janeiro de carro. Fazia a cada viagem um trajeto diferente, conhecendo cidades e aproveitando para em família estarmos um pouco mais juntos. Que saudade dessa época, das meninas ainda criança, e a cada viagem uma nova aventura.

Em minha primeira viagem longo, comprei mapas, ainda não existia GPS, comprei fita K7 para que tivéssemos um fundo musical em nossa aventura, carro revisado, tudo pronto.

Era o início de 1994, o país sendo abalado com altíssima inflação, alta taxa de desemprego, eu e minha esposa tínhamos concluídos o curso teológico, e na bagagem um misto de expectativas, obediência ao chamado divino e um pouco de medo diante dos novos desafios.

Tudo pronto, saindo do Rio de Janeiro rumo ao Recife, a primeira de muitas viagens que fizemos. No meu planejamento viajaríamos durante o dia, evitando ao máximo encarar a estrada durante a noite. O primeiro dia foi tudo como planejado, um sucesso!

No segundo dia procuramos cumprir o planejamento, cálculo bem-feito, pretendíamos chegar à Itabuna no interior da Bahia. Não sei porque, e nem me martirizo por isso, mas errei no cálculo, anoiteceu e ainda faltava em torno de 200 quilômetros para chegarmos ao lugar planejado.

Passando por um vilarejo, vi um hotel na beira da estrada, decidi não pernoitar ali, a aparência externa não era das melhoras, e no meu arrogante planejamento o dia só iria terminar em Itabuna. Já noite, estava chuviscando e era a primeira vez que fazia uma viagem dessa monta. Uns duzentos metros depois do referido hotel, passando sobre uma lombada, o vidro do farol cai e quebra.

Agora a prudência fala mais alta, não tenho como prosseguir a viagem. O hotel da beira da estrada muito aconchegante, tudo muito bem arrumado e limpo. Deus me dando lições valiosas naquele dia e no dia seguinte. A aparências as vezes enganam, e que devemos aprender a ouvir e obedecer às ordens do Senhor.

No dia seguinte, depois de um delicioso café da manhã, pegamos a estrada, e para nossa surpresa, naquele ano havia chovido muito no sul da Bahia e a estrada estava totalmente destruída. Louvamos a Deus pelo livramento, e nunca mais nos esquecemos que para nos proteger Deus usa de inúmeras maneiras, inclusive permitindo que o vidro do farol de um carro seminovo e totalmente revisado, caia e quebre impedindo que eu continuasse em frente.

O capítulo 27 do livro de Atos dos Apóstolos, nos conta o naufrágio de Paulo junto com todos que estavam naquela embarcação. Antes daquele navio vir a pique, o estado emocional da tripulação e dos passageiros era de medo e desespero. O mar batendo forte, não se podia fazer diferença entre dia e noite, a coisa era desesperadora.

“Não aparecendo nem sol nem estrelas por muitos dias, e continuando a abater-se sobre nós grande tempestade, finalmente perdemos toda a esperança de salvamento. “ (Atos 27.20 NVI)

Os navegadores se guiavam pelo sol e pelas estrelas, sem uma coisa ou outra, estavam perdidos. Como em muitas situações, a esperança se foi, agora é só esperar o pior!

Existem pessoas que quando estão muito preocupadas ou atribuladas param de comer, não sentem fome. Nesse caso, se por uma questão cerimonial da sua religião, ou devido ao desespero, as pessoas naquele navio estavam fracas; muito fracas para o que viria pela frente. Paulo, o prisioneiro, assume a liderança; anima as pessoas a confiarem em Deus. “... Tenham ânimo, senhores! Creio em Deus que acontecerá do modo como me foi dito. “  (Atos 27.25 NVI)

Na iminência de um naufrágio, Deus é glorificado, pessoas conhecem a quem Paulo serve, um testemunho da graça e da misericórdia de Deus. O Pão da vida (Jesus) é exaltado naquele momento de restauração do físico para os novos desafios.

Agora viajei na minha imaginação, o mar revolto, pessoas desesperadas, o navio sacudindo, Paulo pega o pão e dá graças na presença de todos e depois reparte com cada um. Um culto de celebração em meio a uma cena de desolação.

Uma vigem inesquecível para todos que estavam naquele navio. O centurião Júlio tratava Paulo com humanidade, pois ele era diferente.
Os demais foram encorajados pelo servo do Deus Altíssimo, e ninguém deixou de ouvir de Jesus. Ninguém se perdeu, um milagre do Senhor.

O mar está revolto, batendo muito forte, deixa o Espirito Santo te encorajar e saiba que mesmo em meio da tempestade o Senhor está conosco.

Continuo gostando de aventuras, viver é uma nova aventura a cada dia.

A maturidade e a experiência me ensinaram que viajar com Jesus é muito melhor, Ele é o Caminho que não nos deixa perder a direção!

Abraço,

Pr Cláudio Eduardo

OBS:
Dedico esse texto à Luci Meire, esposa querida que independente dos desafios está sempre ao meu lado; e a Luci Anne e Lidianne, filhas, presente de Deus, que aproveitaram cada momento nas diversas viagens que fizemos!

NÃO PODEMOS FICAR CALADOS! ... (É TEMPO DE COMPARTILHAR AS BENÇÃO)


NÃO PODEMOS FICAR CALADOS! ...

“Não estamos agindo certo. Este é um dia de boas notícias, e não podemos ficar calados. ”       (2 Reis 7:9 NVI)


- Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come!

Existem momentos na vida que é difícil saber o que escolher. Em ética aprendemos que quando estamos diante de duas situações ruins, e não temos como nos livrar das duas, devemos escolher a menos pior. 

Um bom exemplo para ilustrar esse tipo de situação está no cerco da cidade de Samaria, os sírios não estavam permitindo que nada entrasse na cidade e a fome estava assolando o povo. A fome é o mal da humanidade em qualquer época ou a qualquer tempo.

Quatro leprosos, invisíveis, considerados escórias, marginalizados e impedidos do convívio social, familiar e religioso. Largados a sua própria sorte, vulneráveis, abandonados, estavam juntos por sua condição, a identificação entre eles é que eram leprosos. Homens sem nomes, que de maneira preconceituosa eram reconhecidos pela sua doença e não pelo que eram como pessoas!

A fome estava levando a prática de canibalismo dentro da cidade, eles sabiam que independente da decisão a tomar, a morte seria certa. A escolha deles era entre morrer lentamente e dolorosamente de fome ou ao fio da espada dos sírios, para aqueles homens naquela situação a morte seria certa, eles apenas deveriam escolher o caminho a seguir:
“Quatro homens que sofriam de uma doença contagiosa da pele estavam do lado de fora dos portões da cidade de Samaria. Eles disseram uns aos outros:
— Por que ficamos aqui sentados esperando a morte? Não vale a pena entrar na cidade porque lá iríamos morrer de fome; mas, se ficarmos aqui, também morreremos. Vamos então para o acampamento dos sírios. Se eles nos deixarem viver, ficaremos vivos; se nos matarem, bem, nós vamos morrer de qualquer jeito mesmo. ” (2 Reis 6:3,4 NTLH)

Interessante o agir de Deus, e como ainda tem gente que duvida, quatro homens, leprosos, desarmados, castigados pela doença e pela exclusão social, são abençoados, e se tornam portadores de bênçãos para aqueles que estão famintos em Samaria. Deus de maneira milagrosa coloca o seu exército para expulsar os sírios e trazer livramento para Samaria. Um exército numeroso, invisível, poderoso. “Deus havia feito com que os sírios ouvissem um barulho que parecia o de um grande exército, com cavalos e carros de guerra. (2 Reis 6:6 NTLH)

Aqueles que mendigavam o pão de cada dia, famintos, agora chegando no acampamento dos sírios totalmente vazios, tem comida, prata, ouro, roupas, tudo a sua disposição. De novo estão diante de um momento de decisão, poderiam juntar tudo, irem para uma terra distante, e mesmo leprosos teriam prata e ouro para sobreviver, ou compartilhar tudo que encontraram e ser canal de benção para Samaria.

Naquele dia aqueles quatro homens estavam esperando a morte e o Senhor proporcionou a eles riquezas acima de todas as suas expectativas e ambições. A riqueza do acampamento dos sírios foi suficiente para abençoar toda a cidade.

Com aqueles quatro homens identificados como leprosos, aprendemos que mesmo sendo difícil é preciso fazermos as nossas escolhas. Fazemos as nossas escolhas e somos responsáveis por elas. Eles escolheram ir ao acampamento dos sírios e escolheram compartilhar a bênçãos. Sua condição física e de saúde ou o preconceito que sofriam, não foram impedimento para serem canais de bênçãos.

Temos vivido dias difíceis, a fome continua assolando o mundo, a cada dia aparece uma doença nova para assolar a humanidade, o egoísmo está cada vez maior, o que falar da violência, da prostituição, das drogas e tantas outras mazelas.

Creio que eu e você temos sido ricamente abençoados pelo Senhor!
O que estamos fazendo com o tudo que Deus nos tem dado?
“Não estamos agindo certo.
Este é um dia de boas notícias, e não podemos ficar calados...”
(2 Reis 6:9 NVI)

Finalizo essa meditação lembrando que o Senhor nos comprou e resgou da morte eterna, então que a nossa vida seja de celebração, de culto e adoração.

Não podemos ficar calados, não se esqueça que nossos atos falam muitas vezes mais alto que o nosso discurso.

Por meio de Jesus, portanto, ofereçamos continuamente a Deus um sacrifício de louvor, que é fruto de lábios que confessam o seu nome. NÃO SE ESQUEÇAM DE FAZER O BEM E DE REPARTIR COM OS OUTROS O QUE VOCÊS TÊM, POIS DE TAIS SACRIFÍCIOS DEUS SE AGRADA.    (Hebreus 13:15,16 NVI)


Conto muito com suas orações!

Abraço,

Pr Cláudio Eduardo



sexta-feira, 10 de abril de 2020

- ESTOU COM MEDO! ... (UMA COISA EU SEI: DEUS ESTÁ COMIGO)


- ESTOU COM MEDO! ...

Eliseu disse:
— Não tenha medo, pois aqueles que estão conosco são mais numerosos do que os que estão com eles.  (2 Reis 6:16 NTLH)


O medo faz parte da natureza humana, e muitas vezes a sua ausência torna a pessoa irresponsável e inconsequente. A dificuldade é quando de maneira irracional e sem fundamentos o medo começa a dominar a nossa vida.

Não é vergonha nenhuma assumirmos que estamos diante de um perigo e isso nos assusta, a primeira citação bíblica de medo, é logo após o pecado, e numa demonstração clara da consciência de responsabilidade quanto as consequências de seus atos, logo após o pecado, Adão tenta se esconder de Deus, não consegue e declara o seu medo.
Mas o Senhor Deus chamou o homem, perguntando: "Onde está você? "
E ele respondeu: "Ouvi teus passos no jardim e fiquei com medo, porque estava nu; por isso me escondi". (Gênesis 3:9,10 NVI)

Quando mais jovem gostava muito de brincar com crianças jogando-as para o alto, hoje não faço mais isso, era interessante a relação de confiança, a segurança que elas tinham que não iriam cair no chão. Elas pediam, gostavam da brincadeira e algumas ainda diziam: “- Joga mais alto! ”

Há alguns anos, pregando em uma igreja que havia trabalhado, uma jovem já casada com filho no colo, brincando fala:
“- Me jogar para o alto, pastor! “

Esse episódio me chamou a atenção para o seguinte aspecto, a minha confiança está intimamente relacionada a visão que tenho do poder de em quem confio. Para uma criança pequena o adulto é um gigante. A criança confia, não tem medo de cair ou de se machucar, e depois da primeira experiência outras poderão vir, ela se sente segura e corajosa.

Não brinco mais de jogar crianças para o alto, estou envelhecendo, o que fazia quando mais jovem não tenho mais como fazer agora, os reflexos estão se tornando mais lentos, a força está começando a diminuir, já não é mais seguro.

Temos medo da violência, da doença, do sofrimento, de passarmos por dificuldades, de Deus, da morte, de perdermos alguém que amamos, da não aceitação e em algumas situações até de nós mesmos. O desconhecido nos amedronta, e nos dá uma terrível sensação de impotência.

Não quero, e nem pretendo saber quais são os seus medos, só te peço que não se deixe dominar por eles. Existem pessoas que se trancam dentro de si mesmas por causa de seus medos, não faça isso!
No princípio Adão logo após o pecado declara para Deus:
- Ouvi teus passos no jardim e fiquei com medo!

Em vários momentos da história encontramos Deus dizendo aos homens:
- Não tenham medo!

Chamo sua atenção para o capítulo 6 do livro de 2 reis, profeta que é profeta do Senhor tem que incomodar, Elizeu estava sempre arrumando encrenca com as autoridades, as vezes com o rei de Israel por causa das injustiças sociais, outras vezes atrapalhando o intento bélico do rei da Síria (versos 8 a 23). Deus revelava o plano de ataque do rei da Síria para Elizeu, e ele tornava conhecido ao rei de Israel. Todos sabiam que Elizeu era um homem de Deus.

A tropa de rei da Síria cerca o lugar onde está o profeta Elizeu, algo completamente desproporcional para prender um profeta, um único homem. É desesperador para o auxiliar do profeta ver a cidade cercada por um exército:
O servo do homem de Deus levantou-se bem cedo pela manhã e, quando saía, viu que uma tropa com cavalos e carros de guerra havia cercado a cidade. Então ele exclamou: "Ah, meu senhor! O que faremos? "(2 Reis 6:15 NVI)

Aprendemos, ainda que, muitas vezes o nosso medo é resultado da falta de sensibilidade e de visão espiritual. A visão do auxiliar do profeta Elizeu era restrita e pequena para aquele momento.

Que a oração de Elizeu para com aquele auxiliar possa nos alcançar:
E Eliseu orou: "Senhor, abre os olhos dele para que veja “.    (2 Reis 6:15 NVI)

Não sejamos inconsequentes ou tomemos decisões irresponsáveis em nome de Deus sem perguntamos ao Senhor ou recebermos ordens diretas dele para seguirmos em frente. No passado muitos se deram mal por não consultarem antes ao Senhor!

Que como Davi possamos, mesmos nos momentos mais difíceis, demonstrarmos que o nosso medo não é maior do que a nossa confiança no Senhor.

Quando estou com medo, eu confio em ti, ó Deus Todo-Poderoso. Confio em Deus e o louvo pelo que ele tem prometido; confio nele e não terei medo de nada. O que podem me fazer simples seres humanos? ... UMA COISA EU SEI: DEUS ESTÁ COMIGO.
(Salmos 36:3,4,9 NTLH)

Conto com suas orações!

Abraço,

Pr Cláudio Eduardo



quinta-feira, 9 de abril de 2020

VAMOS DAR UM MERGULHO?... ( CUIDADO COM A ARROGÂNCIA)


VAMOS DAR UM MERGULHO?...


Mas os seus servos lhe disseram:
"Meu pai, se o profeta lhe tivesse pedido alguma coisa difícil, o senhor não faria? Quanto mais, quando ele apenas lhe diz para que se lave e seja purificado! "     (2 Reis 5:13 NVI)


Arrogância é uma coisa complicada, e o pior é que atinge todo mundo, alguns mais outros menos. É preciso muita vigilância para não cairmos em suas armadilhas e artimanhas. Acompanhada da prepotência e da falsa sensação de superioridade em relação ao outro, quanta destruição ela consegue fazer.

Há muitos anos atrás, quando ainda na faculdade, isso lá pelos idos dos anos 90 do século passado; um aluno decidiu, para a sua desgraça coletiva, pedir revisão da nota da prova. Numa instituição histórica, onde apesar de existir o direito de pedir revisão da nota da prova ninguém ousava usá-lo, o dito professor decidi fazer a mesma diante de toda turma.

Ele começou a dita revisão declarando ser algo inédito é como não havia nenhum protocolo prevendo como deveria ser feita, ele faria diante de toda turma provando a ignorância do referido aluno. Foi aquela confusão, entrou a turma reivindicatória, a turma do deixa disso, o diretório acadêmico, a sala de aula virou uma grande confusão.

O aluno que pediu a revisão calado estava, calado ficou, os outros é que começaram a tumultuar, o diretor da faculdade é chamado, e é dado a palavra ao dito professor que em sua defesa começa com a seguinte frase:
- Todos somos ignorantes, no sentido lato da palavra, ninguém é detentor de todo o conhecimento, existem coisas que sabemos e coisas que não sabemos, e com relação ao que não sabemos somos ignorantes.

Essa situação me fez refletir, e me mostrou o quanto muitas vezes somos arrogantes, somos rápidos no agredir com palavras, temos dificuldades em ouvir posições contrárias à nossa; tratamos com indiferença pessoas que tem a função de “nos servir”; julgamos as pessoas pelo seu jeito de falar, pelo que está vestindo, o carro que possui ou por onde está morando.

Ao ler o capítulo 5 do livro de 2 Reis, vejo um ato de humildade, de compaixão e de cuidado que muitas pessoas não percebem. Na história de Naamã observamos ele como personagem, Elizeu, Geazi, o rei de Israel e o rei da Síria.

Naamã um comandante militar da Síria, alguém costumado a dar e receber ordens, que sabia muito bem o que significava o estresse do campo de batalha e agora tem uma doença de pele, a lepra. A Bíblia não me diz qual era o nível de gravidade da doença na vida de Naamã, mas as pessoas que o serviam sabiam o quanto ele estava doente.

Na antiguidade a lepra além dos males físicos, era uma doença que afastava as pessoas do convívio social, coisas que acontecem ainda em nossos dias.  Nos nossos dias o preconceito ainda é muito grande para os portadores de hanseníases, imagine anos atrás.

A escravidão é uma das coisas mais terríveis da humanidade, Naamã guerreou contra Israel, saiu vencedor, levou várias pessoas cativas para Síria, para serem escravos. Uma dessas pessoas foi levada para ser escrava na sua casa. “Num dos seus ataques contra Israel, os sírios haviam levado como prisioneira uma menina israelita, que ficou sendo escrava da mulher de Naamã.” (2 Reis 5:2 NTLH).

Uma menina, feita prisioneira, retirada da sua cidade, da sua família e de seu povo. Escrava na casa do comandante do exército sírio, o responsável por sua desgraça, seria escrava por toda a sua vida.

Uma menina que não se deixa levar por seu sofrimento e por suas dores, uma menina que conhece o poder de Deus e não tem medo e nem se recusa a compartilhar. Uma menina que sabe onde encontrar um homem de Deus e que ele pode curar o seu Senhor.

O comandante aceita o conselho da menina escrava, se dispõe a buscar ajuda em outra nação, a pedir ajuda de um profeta do Deus que ele não conhece. Documenta sua viagem, o rei de Israel fica em pânico por não ter uma resposta plausível para ele, e o profeta Elizeu o trata como qualquer um.

Fico imaginado a cena, e só me veio na mente aquela expressão que para mim é o ápice da arrogância. Imagino Naamã gritando para Elizeu:
- Você sabe com quem está falando? ou
- Quem você pensa que é?

Deus age nas coisas simples, a solução para o problema de Naamã, creio eu, estava tão somente na atitude de obediência. O remédio parece simples demais, não dá para acreditar, certamente ele já deveria ter gasto um bom dinheiro na busca da sua cura. Mergulhar sete vezes no rio Jordão, não é seis e nem oito, é sete! Deixando de lado o misticismo e a simbologia numérica dos judeus, fica a pergunta:
- No lugar de Naamã o que você faria?

Deixo claro que creio no poder e nos milagres de Deus, e vejo muita criatividade do Senhor. Em cada circunstância, em momentos diferentes, com pessoas diferentes, Deus é extremamente criativo na manifestação da sua glória!

Os milagres do Senhor é para que o seu poder seja manifesto. Naamã foi curado, outros leprosos da sua época não. Naamã por ordem de Elizeu mergulhou sete vezes no Jordão e foi curado, mas isso não significa que você saindo da sua cidade e indo até o Jordão mergulhando sete vezes será curado.

A glória é de Deus, o poder é do Senhor!
A resposta de Naamã deixa isso muito claro: “Agora sei que não há Deus em nenhum outro lugar, senão em Israel(2 Reis 5:15 NVI).

Que nesses dias de desespero, onde muitas pessoas estão em busca de esperança e cura, que sejamos como aquela menina da casa de Naamã, sejamos portadores das boas novas do Senhor, deixando de lado os nossos conceitos e preconceitos.


Conto com suas orações!

Abraço,


Pr Cláudio Eduardo

quarta-feira, 8 de abril de 2020

É TEMPO DE SOLIDARIEDADE;... O QUE ESTAMOS ESTÁ FAZENDO?...


É TEMPO DE SOLIDARIEDADE;...
O QUE ESTAMOS  ESTÁ FAZENDO?...


Então disse Eliseu: "Vá pedir emprestadas vasilhas a todos os vizinhos. Mas, peça muitas. Depois entre em casa com seus filhos e feche a porta. Derrame daquele azeite em cada vasilha e vá separando as que você for enchendo".    (2 Reis 4:3,4 NVI)


É nos momentos de crise que sabemos quem são os nossos verdadeiros amigos, inclusive no ambiente familiar. Podemos fazer um negócio ruim, uma calamidade pode afligir a minha cidade, uma doença inesperada pode chegar sem ser convidada, posso ser mais uma vítima da violência que assalta e rouba, estamos sujeitos todo tempo a sermos assolados por coisas ruins.

O problema não são as coisas ruins que nos afligem, mas como tratamos as consequências delas. Podemos ficar inertes reclamando do que vem nos acontecendo ou levantarmos a cabeça procurarmos ajuda e darmos a volta por cima.

Estava pensando que bondade e a solidariedade estavam em extinção na raça humana, conheço muita gente bondosa e solidária, mas no meu inconformismo diante das necessidades daqueles mais vulneráveis, sempre considerei que poderíamos estar fazendo mais, muito mais.

E quando se fala do povo de Deus, minhas expectativas sempre foram maiores. Não podemos ficar inertes e insensíveis diante do sofrimento humano. Não podemos aceitar como “normal” homens e mulheres invisíveis, pessoas em situação de rua, pessoas escravizadas pelas drogas e pela prostituição, crianças e adolescentes que não tem nenhuma perspectiva de futuro e são feitos agentes do tráfico de drogas e da violência.

Graças a Deus, muitas coisas têm sido feitas, mas poderíamos fazer muito mais. Tenho dito que para termos um milhão precisamos de um centavo. Não preciso esperar para fazer algo grandioso, preciso é começar com coisas pequenas e Deus há de torna-la grandiosa.

Voltando ao aspecto pessoal, passamos por dificuldades, e hoje é hora de revermos nossos conceitos e valores. A solidariedade e o companheirismo sempre foram características do povo de Deus, hoje a Igreja. "Com grande poder os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e Deus derramava muitas bênçãos sobre todos.  Não havia entre eles nenhum  necessitado, ...” (Atos 4.33,34)

No capítulo 4 de 2 Reis mais uma vez aprendemos ou reafirmamos a função dos profetas como agentes de denuncia das injustiças sociais. Os profetas condenavam e denunciavam as injustiças sociais, pois era uma demonstração clara do distanciamento de Deus e de seu propósito para a humanidade.

Uma viúva procura o profeta por estar enfrentando grande dificuldade financeira, o marido morreu, deixou dividas, os credores estavam batendo na porta, na época os filhos eram considerados propriedade e poderiam ser usados para pagar dívidas. Imagine uma mãe precisando entregar seus filhos como pagamento de dívidas. Os filhos eram a garantia de velhice segura para aquela mulher, além do convívio familiar.

Só restava a ela uma saída, recorrer a Deus. Como muitas vezes nos sentimos assim e deixamos que o desespero ou o desanimo tome conta, ao invés de ouvirmos o que Deus tem a nos dizer.

Algumas coisas nos chamam a atenção sobre a história dessa mulher e o profeta Elizeu, e podemos afirmar que colhemos hoje o que foi plantado ontem.

Ela era mulher de um dos discípulos do profeta, ela reconhecia a autoridade espiritual do profeta Elizeu, seu problema não tinha outra alternativa de solução, era pagar ou os filhos iriam ser escravos.  

Deus prepara a saída, mas ela tinha que fazer a parte dela. A saída de Deus olha para situação presente, e normalmente apresenta soluções para o futuro. Então nada de desespero, Deus tem uma saída, pergunte ao Senhor e faça a sua parte.

Interessante é que nesse caso o tamanho do milagre de Deus está relacionado em como aquela família se relacionava com seus vizinhos. "Vá pedir emprestadas vasilhas a todos os vizinhos. Mas, peça muitas”. (2 Reis 4:3 NVI).

Uma viúva, devendo o impagável, certamente seus vizinhos estavam cientes da sua situação, fica a pergunta:
- Você emprestaria alguma coisa a ela?

Essa história nos chama a atenção do agir de Deus de várias maneiras:

O Senhor agiu na vida daquela mulher que num ato de fé procurou o profeta para pedir orientação sobre a situação em que estava vivendo. Ela colocou à disposição do Senhor o tudo que possuía, e do seu nada Deus transformou a sua realidade. Tua serva não tem nada além de uma vasilha de azeite". (2 Reis 4:3 NVI).

O Senhor usou os vizinhos daquela mulher como instrumento de benção e misericórdia. Os vizinhos não tinham recursos, eram todos pobres e a fome era uma realidade nesses tempos. As vasilhas vazias foram o canal usado por Deus. Quantas vezes as pessoas nos procuram com suas necessidades, e na nossa arrogância não estamos disponíveis a emprestar as vasilhas vazias.

A mulher e seus filhos saíram de uma situação sem solução para contemplar a grandeza do poder de Deus, e isso só foi possível porque houve disposição de buscar ajuda, acreditar no poder do Senhor, obedecer às instruções e agir.

Ela foi e contou tudo ao homem de Deus, que lhe disse: "Vá, venda o azeite e pague suas dívidas. E você e seus filhos ainda poderão viver do que sobrar". (2 Reis 4:3 NVI).

A Bíblia não me conta como foi a sequência da vida daquela família, mas uma coisa é certa: Deus fez a parte Dele e a mulher e seus filhos fizeram a sua parte.

Concluindo:
Se está passando por dificuldades, peça ajuda, demonstre a sua fé e coloque a disposição do Senhor o seu nada ou a sua botija de azeite. Nem desespero ou acomodação, esteja pronto para a ação.

Se você tem vasilhas, empreste, seja canal de benção abençoando outras vidas.

Independentemente de qualquer circunstância, aprendamos com Habacuque a sempre louvarmos ao Senhor.
Ainda que as figueiras não produzam frutas, e as parreiras não deem uvas; ainda que não haja azeitonas para apanhar nem trigo para colher; ainda que não haja mais ovelhas nos campos nem gado nos currais, mesmo assim eu darei graças ao Senhor e louvarei a Deus, o meu Salvador.
Senhor Deus é a minha força. Ele torna o meu andar firme como o de uma corça e me leva para as montanhas, onde estarei seguro. (Habacuque 3:17-19 NTLH)

Conto com suas orações!

Abraço,


Pr Cláudio Eduardo

segunda-feira, 6 de abril de 2020

UNS TE APLAUDEM, OUTROS TE VAIAM, E VOCÊ ...“- A mão que afaga é a mesma que apedreja”


UNS TE APLAUDEM, OUTROS TE VAIAM, E VOCÊ ...

“...Disse Eliseu: Peço-te que me toque por herança porção dobrada do teu espírito. Tornou-lhe Elias: Dura coisa pediste...". 
                                                                                    (2 Reis 2:9,10 NVI)

Nesses dias tenho visto se repetir algumas expressões antigas, mas que trazem em si sabedoria, ou uma visão do significado da vida.
Tudo é efêmero na visão de alguns, para outros é eterno e espiritual; temos aqueles que contemplam dias melhores e outros são extremamente pessimistas a respeito do futuro.

Uma expressão que me chamou a atenção na semana que passou foi:

“- A mão que afaga é a mesma que apedreja”.

Essa frase é um verso do soneto “Versos íntimos” de Augusto dos Anjos, escrito e publicado em 1912. O autor transmite em seus versos uma visão pessimista da vida, e que tudo pode mudar, as coisas boas podem se transformar em coisas más.

Aquilo que acreditamos, as nossas crenças, os nossos valores, a nossa história, será essencial na maneira como olhamos o presente e o que esperamos para o futuro. Mesmo em meio ao caos há sempre um lampejo de esperança.

Existe pessoa que não vive para si, está tão preocupada em como estará sendo vista pelos outros, que se esquece de ser autenticas, ser ela mesmo. Em tempo de mídias sociais, selfie (autorretrato), live (gravação ao vivo), e tantas outras coisas que as pessoas utilizam expondo sua intimidade e privacidade.

Ser autêntico, ser você mesmo, não significa ser grosseiro, egoísta, mal-educado, antipático e antissocial. Precisamos conhecer o nosso “eu”, valorizando os nossos pontos fortes e trabalhando naquilo que não aceitamos e cremos não estar nos abençoando. Temos um molde, um referencial, um modelo, torna-se fácil definirmos como devemos ser. Ser autêntico é com as minhas qualidades e as faltas delas não mentir para mim mesmo que está tudo bem.

Um dos personagens bíblicos do Antigo Testamento que sempre me chamou a atenção por sua autenticidade é o profeta Elias, a Bíblia não me diz como era o seu contexto familiar, como era sua infância ou como foi a sua adolescência e juventude.

O profeta Elias mostra paixão pelo Senhor e com ousadia confronta as heresias da adoração a Baal; confronta o rei Acabe, confronta a Jezabel e seus profetas, confronta o povo diante de seus pecados e afastamento do Senhor.

Ao mesmo tempo o homem Elias é frágil, tem medo, desisti de lutar e pede a morte.

O profeta Elias contemplou em tempo de fome e escassez o azeite e a farinha não faltar, ressurreição dos mortos, fogo do céu, foi alimentado e conversou com anjos, respostas de oração e a manifestação do Senhor numa brisa suave.

Elias é chamado de “perturbador de Israel”, no monte Carmelo enfrenta 450 profetas de Baal, um desafio que marca profundamente a história de Israel, o povo grita: “- Só o Senhor é Deus! ”

Jesus e João Batista são comparados a Elias, no monte da transfiguração é Elias e Moisés que aparecem diante do Cristo.

O profeta Elias teve momentos de aplausos na casa da viúva de Sarepta quando o azeite e a farinha não faltaram, foi “vaiado” quando o filho da viúva morreu, e volta o aplauso na ressurreição do garoto, mas em nenhum momento Elias deixou de ser autêntico.

A viagem para eternidade todos nós a faremos, para lá não temos como levar coisa alguma, a não ser a nossa essência, o nosso “eu”.
Elias foi numa carruagem de fogo, no nosso caso o nosso corpo irá virar poeira, mas Deus está de braços abertos a nos receber.

Entre nós humanos poderá em alguns momentos até ser verdade que:
“- A mão que afaga é a mesma que apedreja”.

Quando buscamos ao Senhor com autenticidade e verdade, aprendemos com Elias que:
“- A mão que afaga é a mesma cuida e toma para si”.

“De repente, um carro de fogo puxado por cavalos de fogo os separou um do outro, e Elias foi levado para o céu num redemoinho.” (2 Reis 2:11 NTLH)



Que sejamos, nesses tempos de crise, profetas do Deus Altíssimo, proclamando a preciosa verdade do Evangelho com autenticidade e verdade.

Conto muito com suas orações!

Abraço,

Pr Cláudio Eduardo

OBEDECER É A SAÍDA PARA EVITAR MALDIÇÃO…

OBEDECER É A SAÍDA PARA EVITAR MALDIÇÃO… Como tem sido difícil uma vida de obediência,   Escolhemos desobedecer a Deus, e diante disso vem a...