NÃO QUERO FAZER COISAS INÚTEIS! ...
“Parem de trazer ofertas inúteis ...
Lavem-se! Limpem-se! Removam suas más obras para longe da
minha vista! Parem de fazer o mal, aprendam a fazer o bem! Busquem a
justiça, acabem com a opressão. Lutem pelos direitos do órfão, defendam a causa
da viúva.”
(Isaías 1:13,16,17 NVI)
Hoje começamos a leitura do livro do profeta Isaías,
um desafio diante da extensão dessa obra, serão 66 dias de muitas emoções e
grandes descobertas.
O livro começa com a apresentação do profeta: “Visão de Isaías, filho de Amoz,
que ele teve a respeito de Judá e Jerusalém, nos dias de Uzias, Jotão, Acaz e
Ezequias, reis de Judá.” (Isaías 1.1 NVI)
O período profético
de Isaías foi longo, quatro reinados, ele estava perto da corte, foi ousado,
amado por alguns, odiado por outros, mas firme na missão de trazer a mensagem
do Senhor. Uma mensagem de alerta, chamada de atenção, e da esperança no
renovo, o Messias, Ungido do Senhor.
Desde
criança tenho dificuldades com regras sem uma explicação do porquê, agradeço
aos bons professores que tive de matemática e física que sacrificavam comigo
tempo de intervalo ou depois das aulas para me explicar como chegar as formulas
matemática. Isso me causou um problema quando fui para o 1º ano do hoje chamado
ensino médio, primeira prova de física, recebo o caderno com as questões e uma
folha para rascunho, você pode imaginar a bagunça que ficou o meu rascunho e o
professor querendo me dar nota zero, começamos a conversar sobre o assunto, e
argumentei com ele se respostas estavam certas, para aquele professor o
importante não era a resposta, mas o caminho que percorri para chegar até ela.
Hoje
pensando sobre o assunto, vejo que ele tinha as razões dele, e eu as minhas, na
época o caminho pouco me importava, desde que eu chegasse a resposta correta.
Esse professor tinha a mania de dar pontos para quem conseguisse resolver
problemas no quadro, do meio do ano em diante não precisei fazer provas, tive
que me adequar, aprendi a usar as fórmulas matemáticas, mas sabendo o caminho a
percorrer até elas. Eu considerava inútil ficar decorando fórmulas matemáticas
sem saber como se chegou nelas.
Com
relação a espiritualidade e a religiosidade penso da mesma forma, o importante
não fazer, mas saber porque fazer, a maioria das religiões são cheias de ações
repetitivas, hierarquias e formalismos que não levam a lugar nenhum e nem a
presença de Deus. Coisas inúteis que ocupam o tempo, mas não levam a lugar
algum.
O povo
cumpria os rituais previstos, ofereciam sacrifícios, guardavam dias considerado
sagrado, davam ofertas, mas tudo proforma, um gasto de energia e recursos,
alguns até poderiam que era o suficiente para agradar a Deus, quanta decepção,
ações inúteis de um povo inútil. “Parem de trazer ofertas inúteis ...” (Isaías 1.13 NVI)
Amo a
Igreja de Cristo, que está nesse mundo militante (todos os cristãos vivos num
determinado tempo), a Igreja militante precisa se reunir em congregações
locais, cada congregação tem a sua liderança e sua interpretação peculiar das
doutrinas bíblicas. As congregações locais que se identificaram doutrinariamente
formaram as denominações. A minha tristeza é que muitas vezes enfatizamos mais
aquilo que nos difere ou que discordamos do que somos semelhantes. Quantas
coisas inúteis fazemos, como desperdiçamos tempos preciosos que poderiam ser
uteis nas mãos do Senhor.
Entendo
que a Salvação é um ato da misericórdia de Deus e das escolhas que fazemos, mas
aqueles que são do povo de Deus precisam ser e fazer a diferença, não dá para
irmos na contramão da vontade de Deus. O que adianta o número de cristãos praticantes
estarem aumentando nas congregações locais se não há reflexo desse aumento no
dia-a-dia da sua comunidade?
O povo
estava no templo, cumpriam com suas obrigações religiosas, até eram generosos
em suas ofertas, mas estavam pouco se preocupando com a vontade de Deus, não
estavam amando ao próximo e nem estavam dispostos a cuidar dos vulneráveis. “Removam suas más obras
para longe da minha vista! Parem de fazer o mal, aprendam a fazer o bem!
Busquem a justiça, acabem com a opressão. ” (Isaías 1.16, 17 NVI)
Buscar a
justiça, fazer o bem e lutar para que acabem com a opressão é obrigação de todo
cristão. Não adianta ficarmos dando desculpas ou querermos transferir essa
responsabilidade para o Estado. Não estou falando de política partidária ou muito
menos da necessidade de elegermos políticos cristãos, até porque muitos cristãos
que ingressaram na política partidária são verdadeiras vergonhas.
No tempo
de Isaías os órfãos e as viúvas eram os mais vulneráveis, estavam condenados a mendicância
e a exploração. As ruas estavam cheias de pessoas desesperadas clamando por um
ato de compaixão dos transeuntes, inclusive em volta do templo, essas pessoas,
juntamente com suas necessidades e problemas, eram invisíveis aos religiosos.
O que
temos para oferecer ao Senhor?
Sempre
enfatizo que o relacionamento com Deus é pessoal, o Senhor deixou um manual
completo do que ele espera do seu povo; se tenho dúvidas vou para o manual,
nada, digo, nada pode contrariar o manual, e se houver dúvidas olha para Jesus!
O primeiro
capitulo é um convite a pararmos de fazermos coisas inúteis, e nos voltarmos
com todo coração para o Senhor, não quero ser um inútil!
"Venham, vamos refletir juntos", diz o Senhor.
"Embora os seus pecados sejam vermelhos como escarlate, eles se tornarão
brancos como a neve; embora sejam rubros como púrpura, como a lã se tornarão.
Se vocês estiverem dispostos a obedecer, comerão os melhores frutos desta terra;
mas, se resistirem e se rebelarem, serão devorados pela espada". Pois o
Senhor é quem fala!” (Isaías 1.18-20 NVI)
Conto com
suas orações,
Pr Cláudio
Eduardo