
PARE DE FALAR DE AMOR...
Respondeu
Jesus: "O mais importante é este: ‘Ouve, ó Israel, o Senhor, o nosso Deus,
o Senhor é o único Senhor. Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de
toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças’. O
segundo é este: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’. Não existe mandamento
maior do que estes". (Marcos 12:29-31 NVI)
A palavra “AMOR” é um dos termos mais
maltratado em qualquer idioma, “love”, “amour”,
“amore”, “amare”, “Liebe”, “liefde”. O amor não é sentimento e muito menos
algo passageiro.
Quando falamos sobre
algo, é muito importante uma referência, um exemplo, um modelo; e ao me referir
sobre o amor, nada melhor que o exemplo do amor em excelência, imensurável, extraordinário,
ousado, restaurador, perdoador, invencível, eterno; estou me referindo ao amor
de Deus, o Criador para com a sua criação. “Nós amamos porque ele nos amou primeiro”. (1
João 4:19 NVI)
Na criação observamos a
ação concreta em organizar o desorganizado, dar forma ao que era vazio e sem
forma, oferecer luz diante da escuridão, trazer beleza ao universo. “No princípio Deus criou os céus e a terra. Era
a terra sem forma e vazia; trevas cobriam a face do abismo, e o Espírito de
Deus se movia sobre a face das águas. Disse Deus: "Haja luz", e houve
luz. (Gênesis 1:1-3 NVI)
Ainda, na criação,
observamos que o amor é planejado, organizado, e na maneira apresentada pelo
livro de Gênesis, paciente. Foram seis dias, o “artista” dando cor, forma,
beleza e utilidade a sua criação, no final de cada dia Ele observava e
declarava: ficou bom.
Chegamos ao sexto dia,
a criação recebe um toque para lá de especial, o Criador coloca sua identidade,
o seu ser, a sua imagem no ápice da obra criada; “Então disse Deus: "Façamos
o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança... Criou Deus o homem à sua
imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. (Gênesis
1:27 NVI)
Amor é relacionamento,
e o Criador se relaciona com sua criação. O ser humano é um ser espiritual,
criado para um relacionamento de intenso amor com o Criador e entre si. Homens
e mulheres são espirituais e racionais, responsáveis por suas escolhas e com
plena liberdade. “Amados, visto que Deus assim nos amou, nós também devemos amar-nos uns
aos outros. Ninguém jamais viu a Deus; se nos amarmos uns aos outros, Deus
permanece em nós, e o seu amor está aperfeiçoado em nós. Sabemos que
permanecemos nele, e ele em nós, porque ele nos deu do seu Espírito”. (1
João 4:11-13 NVI)
Amor é disposição em
servir, e a prova maior é o próprio Deus se fazer como um de nós, viver entre
nós e morrer para que não precisássemos morrer eternamente. “Foi
assim que Deus manifestou o seu amor entre nós: enviou o seu Filho Unigênito ao
mundo, para que pudéssemos viver por meio dele. Nisto consiste o amor: não em
que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho como
propiciação pelos nossos pecados”. (1 João 4:9,10 NVI)
Infelizmente, é natural
querermos ser servidos, e poucos tem uma disposição sincera em servir. Amor é
servir sem esperar qualquer tipo de retribuição ou compensação.
Aprendemos com Jesus o
verdadeiro significado da palavra amor, “αγάπη”; amor que se manifesta num relacionamento de cuidado e serviço. Enquanto os “religiosos” buscam argumentos
na liturgia, nos dogmas, na tradição e numa vida legalista, Jesus ensina que
cuidar e servir as pessoas é o que o agrada a Deus.
Jesus está caminhando
para o ápice da sua missão entre nós, sua morte é um marco na história da
humanidade. O Deus eterno, na pessoa do homem Jesus, vivencia cada etapa da
vida humana, foi embrião, nasceu indefeso e precisando de cuidado, foi criança,
adolescente, jovem e ao entrar na fase adulta revela a todos que o Salvador
chegou.
Jesus passa ser
perseguido pela liderança religiosa de sua época, hipócritas, mentirosos,
covardes, decidem mata-lo, com medo do povo querem fazer isso de maneira “legal”.
A tentativa é pegá-lo em uma situação que fosse contra a Lei. Uma pergunta que
tem um impacto tremendo e uma resposta que em sua profundidade ecoa pelos
séculos.
A pergunta: “Um
dos mestres da lei aproximou-se e os ouviu discutindo. Notando que Jesus lhes
dera uma boa resposta, perguntou-lhe: "De todos os mandamentos, qual é o
mais importante? " (Marcos 12:28 NVI)
A resposta: “Respondeu
Jesus: "O mais importante é este: ‘Ouve, ó Israel, o Senhor, o nosso Deus,
o Senhor é o único Senhor. Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de
toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças’. O
segundo é este: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’. Não existe mandamento
maior do que estes". (Marcos
12:29-31 NVI)
No contexto judaico o texto
citado por Jesus era repetido a cada celebração, e está registrado em Deuteronômio
6:4, muito mais que uma ação repetitiva mecânica, tinha por objetivo afirmar
quem é Deus, quem é o ser humano e qual a maneira de celebrar ao Senhor, ou
seja, celebrar a Deus é um ato de amor. O chamado é a obediência, ao serviço, a
proclamar as ações poderosos do Senhor.
O amor é uma ação do
coração, é espiritual, é racional e se expressa com as nossas ações. Da mesma
maneira que Deus é reconhecido na sua essência por seu amor, que o nosso amor
fale mais alto que nossas palavras. “Quem não ama não conhece a Deus, porque
Deus é amor”. (1 João 4:8 NVI)
Vamos parar de falar de
amor, pois o amor verdadeiro é para ser vivido.
Vamos parar de falar de amor, pois muito mais
do que uma palavra bonita para rechear a poesia e as canções, amor é serviço.
Vamos parar de falar de amor, pois amor é vida.
Vamos parar de falar de amor e olhar para onde
estamos indo!
Jesus, a maior manifestação do amor de Deus
pela humanidade, foi humilhado, torturado, traído e morto para nos dar vida.
Amados, visto que Deus
assim nos amou, nós também devemos amar-nos uns aos outros. (1 João 4:11 NVI)
É tempo de rever os
nossos conceitos, valores e princípios; concluo essa reflexão com a seguinte
pergunta:
- Se estivéssemos no
lugar dos religiosos da época em que Jesus veio até nós, qual seria a nossa atitude?
Que nessa semana
possamos falar menos e vivermos mais o amor!
Abraço,
Cláudio Eduardo - pastor
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