domingo, 27 de agosto de 2023

PARE DE FALAR DE AMOR...

 



PARE DE FALAR DE AMOR...


Respondeu Jesus: "O mais importante é este: ‘Ouve, ó Israel, o Senhor, o nosso Deus, o Senhor é o único Senhor. Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças’. O segundo é este: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’. Não existe mandamento maior do que estes".  (Marcos 12:29-31 NVI)

 

A palavra “AMOR” é um dos termos mais maltratado em qualquer idioma, “love”, “amour”, “amore”, “amare”, “Liebe”, “liefde”. O amor não é sentimento e muito menos algo passageiro.

 Quando falamos sobre algo, é muito importante uma referência, um exemplo, um modelo; e ao me referir sobre o amor, nada melhor que o exemplo do amor em excelência, imensurável, extraordinário, ousado, restaurador, perdoador, invencível, eterno; estou me referindo ao amor de Deus, o Criador para com a sua criação. “Nós amamos porque ele nos amou primeiro”. (1 João 4:19 NVI)

 Na criação observamos a ação concreta em organizar o desorganizado, dar forma ao que era vazio e sem forma, oferecer luz diante da escuridão, trazer beleza ao universo.  No princípio Deus criou os céus e a terra. Era a terra sem forma e vazia; trevas cobriam a face do abismo, e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas. Disse Deus: "Haja luz", e houve luz. (Gênesis 1:1-3 NVI)

 Ainda, na criação, observamos que o amor é planejado, organizado, e na maneira apresentada pelo livro de Gênesis, paciente. Foram seis dias, o “artista” dando cor, forma, beleza e utilidade a sua criação, no final de cada dia Ele observava e declarava: ficou bom.

Chegamos ao sexto dia, a criação recebe um toque para lá de especial, o Criador coloca sua identidade, o seu ser, a sua imagem no ápice da obra criada; “Então disse Deus: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança... Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. (Gênesis 1:27 NVI)

 Amor é relacionamento, e o Criador se relaciona com sua criação. O ser humano é um ser espiritual, criado para um relacionamento de intenso amor com o Criador e entre si. Homens e mulheres são espirituais e racionais, responsáveis por suas escolhas e com plena liberdade. “Amados, visto que Deus assim nos amou, nós também devemos amar-nos uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus; se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor está aperfeiçoado em nós. Sabemos que permanecemos nele, e ele em nós, porque ele nos deu do seu Espírito”. (1 João 4:11-13 NVI)

 Amor é disposição em servir, e a prova maior é o próprio Deus se fazer como um de nós, viver entre nós e morrer para que não precisássemos morrer eternamente. “Foi assim que Deus manifestou o seu amor entre nós: enviou o seu Filho Unigênito ao mundo, para que pudéssemos viver por meio dele. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados”. (1 João 4:9,10 NVI)

 Infelizmente, é natural querermos ser servidos, e poucos tem uma disposição sincera em servir. Amor é servir sem esperar qualquer tipo de retribuição ou compensação.

 Aprendemos com Jesus o verdadeiro significado da palavra amor, “αγάπη”; amor que se manifesta num relacionamento de cuidado e serviço. Enquanto os “religiosos” buscam argumentos na liturgia, nos dogmas, na tradição e numa vida legalista, Jesus ensina que cuidar e servir as pessoas é o que o agrada a Deus.

 Jesus está caminhando para o ápice da sua missão entre nós, sua morte é um marco na história da humanidade. O Deus eterno, na pessoa do homem Jesus, vivencia cada etapa da vida humana, foi embrião, nasceu indefeso e precisando de cuidado, foi criança, adolescente, jovem e ao entrar na fase adulta revela a todos que o Salvador chegou.

 Jesus passa ser perseguido pela liderança religiosa de sua época, hipócritas, mentirosos, covardes, decidem mata-lo, com medo do povo querem fazer isso de maneira “legal”. A tentativa é pegá-lo em uma situação que fosse contra a Lei. Uma pergunta que tem um impacto tremendo e uma resposta que em sua profundidade ecoa pelos séculos.

A pergunta: “Um dos mestres da lei aproximou-se e os ouviu discutindo. Notando que Jesus lhes dera uma boa resposta, perguntou-lhe: "De todos os mandamentos, qual é o mais importante? " (Marcos 12:28 NVI)

A resposta: “Respondeu Jesus: "O mais importante é este: ‘Ouve, ó Israel, o Senhor, o nosso Deus, o Senhor é o único Senhor. Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças’. O segundo é este: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’. Não existe mandamento maior do que estes".  (Marcos 12:29-31 NVI)

 No contexto judaico o texto citado por Jesus era repetido a cada celebração, e está registrado em Deuteronômio 6:4, muito mais que uma ação repetitiva mecânica, tinha por objetivo afirmar quem é Deus, quem é o ser humano e qual a maneira de celebrar ao Senhor, ou seja, celebrar a Deus é um ato de amor. O chamado é a obediência, ao serviço, a proclamar as ações poderosos do Senhor.

 O amor é uma ação do coração, é espiritual, é racional e se expressa com as nossas ações. Da mesma maneira que Deus é reconhecido na sua essência por seu amor, que o nosso amor fale mais alto que nossas palavras. “Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor”. (1 João 4:8 NVI)

 

Vamos parar de falar de amor, pois o amor verdadeiro é para ser vivido.

Vamos parar de falar de amor, pois muito mais do que uma palavra bonita para rechear a poesia e as canções, amor é serviço.

Vamos parar de falar de amor, pois amor é vida.

Vamos parar de falar de amor e olhar para onde estamos indo!

 

Jesus, a maior manifestação do amor de Deus pela humanidade, foi humilhado, torturado, traído e morto para nos dar vida.

 Amados, visto que Deus assim nos amou, nós também devemos amar-nos uns aos outros.  (1 João 4:11 NVI)

 

É tempo de rever os nossos conceitos, valores e princípios; concluo essa reflexão com a seguinte pergunta:

- Se estivéssemos no lugar dos religiosos da época em que Jesus veio até nós, qual seria a nossa atitude?

 

Que nessa semana possamos falar menos e vivermos mais o amor!

 

Abraço,

 

Cláudio Eduardo - pastor

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