A CULPA É DE QUEM?
Na
terra de Uz vivia um homem chamado Jó. Era homem íntegro e justo; temia a Deus
e evitava o mal. (Jó 1:1
NVI)
Como é complicado
conviver com pessoas que não assumem a responsabilidade por seus atos; vivem
procurando desculpas para justificar as escolhas e ações ou a omissão quando as
coisas não vão bem.
Na minha adolescência as
pessoas que focavam só nos problemas eram chamadas de “Livro de Matemática”:
- O fulano parece um
livro de matemática, cheio de problemas!
Não sei porque o preconceito
com a matemática, precisamos dela em tudo na nossa vida, a questão é que muitas
vezes não estamos disponíveis a fazer as quatro operações da vida.
Somar, multiplicar,
subtrair e dividir; na vida escolhemos quais dessas operações serão marcantes
na nossa caminhada e qual resultado desejamos ao final, qual o legado que
deixaremos.
Parto do princípio que
nada possuímos, estamos aqui por um tempo administrando, as vezes muito mal, as
bênçãos que Deus tem nos permitido usufruir. Fomos criados para somar e
multiplicar.
O Criador nos fez seres
responsáveis e nos deu o sagrado privilégio de exercer o livre arbítrio. Somos
livres para errar o quanto desejarmos e somos livres para fazermos as escolhas
certas e aproveitarmos para celebrar.
Até aqui tudo bem, faço
minhas escolhas e assumo as suas consequências!
Quando chegamos na hora
da dor e do sofrimento vem sempre um questionamento:
- Porque comigo?
Parecemos aquela
criança que tira boas notas para ganhar um presente. Sabemos o que Deus espera
dos seus filhos e filhas, e parece que queremos barganhar as bênçãos e a prosperidade;
a coisa não funciona bem assim.
Hoje começamos uma
caminhada de quarenta e dois dias no livro de Jó. Espero podermos a final
termos a maturidade e a certeza de fé que Jó demonstrou.
Quando vejo o cartão de
visita de Jó observo alguém que possuía a qualidades que o Senhor espera de
seus filhos. Integridade, honestidade, bondade, temente a Deus e que fugia do
mal. Ele, Jó, era humano, como eu e você mas fez as suas escolhas.
- Que escolhas estamos
fazendo?
Jó não era temente a
Deus para ser abençoado, e sim porque entendia que era o mínimo que ele podia
fazer!
Não estamos isolados no
universo, apesar de algumas pessoas pensarem que todo o restante do mundo gira
em torno dela, e quando falamos do sofrimento e da dor, precisamos entender que
o sofrimento pode ser resultado de escolhas erradas, como também circunstâncias
do simples fato de existirmos.
Deus não promete
vivermos sem dificuldades ou problemas, eles existem e são reais;
sofremos!
A questão é como
estamos lidando com as nossas dores, as nossas frustrações e nossos dilemas.
O Deus eterno, o
Supremo Pastor, não promete estarmos livres das circunstâncias ruins da vida,
mas afirmo a você, por experiência própria, O Senhor está sempre junto nos
ajudando a carregar os pesados fardos e as vezes nos carregando no colo junto
com a pesada carga.
Não gosto de sentir
dor, e imagino que você também não!
Sofremos dores físicas,
dores psíquicas, dores espirituais, acontece, então vou te passar uma formula
que funciona para mim, e quem sabe funcione para você, e para isso contarei uma
história da minha adolescência:
Estava me preparando
para um concurso público, seria o primeiro a galgar uma posição dessa
envergadura, isso acontecendo no início da década de 80. Sabia das minhas
limitações, era aluno de escola pública, trabalhava e estudava, mas queria um lugar
ao sol.
Havia no Centro do Rio
de Janeiro os famosos “sebos” (lojas que vendiam livros usados), com minhas
economias comprei várias coletâneas de provas antigas do referido concurso, não
lembro quantas, mas foi muito.
Passei a treinar
fazendo as provas antigas, e olha não foi fácil, apesar de algumas pessoas
ensinarem a começar pelo mais fáceis, eu fiz o contrário, começava com as mais difíceis
e descansava nas mais fáceis. Física e matemática deixaram de ser dificuldades
e foram o carro chefe na minha aprovação.
Voltando a matemática da
vida, que dizer que se você se dispõe a multiplicar e somar, isso te traz
contentamento e satisfação.
Não tenha medo de
dividir, dividir as suas dores com aqueles que estão ao seu lado, dividir as bênçãos
do Senhor sobre sua vida com aqueles que carecem de misericórdia e compaixão.
Nunca subtrair!
Jó foi atacado por
inimigos que lhe roubaram, a intempéries da natureza trouxeram destruição,
perdeu a sua riqueza e teve que vivenciar o luto por seus filhos e filhas, e
para finalizar uma grave doença traz dores terríveis.
A fé de Jó nos ensina
que as dores físicas não são capazes de doer na alma, a não ser que permitamos!
Então Jó se levantou e, em sinal de tristeza, rasgou as suas roupas e rapou a cabeça. Depois ajoelhou-se, encostou o rosto no chão e adorou a Deus. Aí disse assim:
— Nasci nu, sem nada, e sem nada vou morrer. O Senhor deu, o Senhor tirou; louvado seja o seu nome!
Assim,
apesar de tudo o que havia acontecido, Jó não pecou, nem pôs a culpa em Deus.
(Jó 1:20-22
NTLH)
Conto com
suas orações;
Cláudio Eduardo - Pastor
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