Os valores do cristianismo têm me ensinado a ser livre e a respeitar
a liberdade do outro. Liberdade, uma palavra muito repetida nos últimos dias,
me trazendo um incomodo tremendo; afinal de contas muita gente não sabe o
limite da sua liberdade.
No uso da
liberdade não devemos incomodar o outro, aquele ditado que afirma “Incomodado
que se mude! ” é totalmente desproporcional a uma vida em sociedade.
Alguém já definiu “sociedade” como “grupo
humano que habita em certo período de tempo e espaço, seguindo um padrão comum;
coletividade”.
Não estamos só, vivemos numa relação de interdependência,
e precisamos aprender a respeitar o direito do outro. Estamos vivendo um tempo
de egoísmo, isolacionismo, arrogância e inconsequência. É preciso nos policiarmos
para não entrarmos nesta maré deseducada e deselegante.
É o vizinho que não respeita o horário de silencio do condomínio
ou que considera que toda a vizinhança tem que ouvir sua seleção musical, é o indivíduo
que em meio ao congestionamento do trânsito utiliza a faixa do acostamento se
considerando o máximo, pessoas furando todo tipo de fila sem se preocupar com
quem está atrás. A sociedade atual precisa reavaliar seus princípios e valores.
Este preambulo a para declarar que sou contra a todo tipo
de ditadura. E quando falo “ditadura” não estou preocupado com o aspecto técnico,
mas o do senso comum que tem por sinônimo opressão, tirania, violência e tantas
outras palavras que possam significar a ação de alguém ou de uma organização
com o objetivo de manter outros controlados ou dominados.
Partindo do senso comum, para mim, neste texto, ditadura
é o cerceamento da liberdade do outro através de ferramentas espúrias. E
podemos ver isso em várias áreas da sociedade em que vivemos. Como exemplo sito
o SUS, Sistema Único de Saúde, que nivelou por baixo o atendimento de saúde pública,
deixando a população refém de governantes inescrupulosos que através da
corrupção desviam milhões que deveria ser destinado ao povo.
Hoje quero enfatizar o modelo educacional oferecido ao
povo brasileiro, lembrando as esferas de responsabilidades, a educação básica é
municipal, o ensino médio é estadual e o ensino superior da esfera federal.
Todo o sistema educacional está sucateado, profissionais de educação mal
remunerado e sem as mínimas condições de trabalho. As “Escolas Públicas” que
deveriam ser um centro de formação e de apoio ao pensar, ao dialogar, a
reflexão e ao respeito com o outro, estão se transformando em verdadeiros depósitos
de crianças, adolescentes e jovens sem perspectivas ou esperança.
Enfatizo que sou egresso da Escola Pública, minha
formação básica, media e técnica foram sustentadas pelos impostos pagos pelo
povo brasileiro. Enalteço os milhares de profissionais que independente das
circunstancias estão oferecendo o seu melhor aos seus alunos. Não podemos nos
tornar reféns de um modelo de abandono e desmonte do Ensino Público. Que as ideologias
políticas partidárias sejam tratadas em fórum competentes. Que crianças e
adolescente sejam tratados e respeitados como tais, indivíduos em formação.
Por tudo isso, sou contra a ditadura da imbecilidade,
uma política de governo que não valoriza a educação, onde as crianças não
passam de número para as prefeituras preitearem verbas federais, chegando
muitas vezes ao quinto ano sem saber ler.
Há quase três mil anos um rei pediu de Deus sabedoria,
você no uso da sua liberdade pode crer ou não nesta parte da história da vida
de Salomão, mas a história universal afirma ter sido o apogeu da glória e
riqueza de Israel como nação; ele nos ensina: Educa a criança no caminho em que deve andar; e
até quando envelhecer não se desviará dele. (Provérbios 22.6). Que
lutemos por uma educação básica de qualidade, vamos frear essa
irresponsabilidade com as nossas crianças e consequentemente com o nosso povo. Um
povo sem educação é facilmente dominado.
Sou grato a Deus por ter colocado na minha caminhada
professoras e professores que me ensinaram a sonhar e não temer os desafios!
Cláudio
Eduardo
(Filho de
pais que não concluíram o ensino fundamental, pobres no aspecto econômico,
ricos nos valores, pessoas dignas que acreditavam na honestidade e na força do
trabalho)
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