quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

ATOS DOS APÓSTOLOS, ATOS DOS ESPÍRITO SANTO

Mais uma vez temos a alegria de um texto de composição do Pr Idimar Finco, que muito contribui em nosso estudo. 
A narrativa abaixo parece que o autor estava lá, aproveite!


LIVRO: ATOS DOS APÓSTOLOS

INFORMAÇÕES ESSENCIAIS:
Fornecer um relato preciso do nascimento da Igreja Cristã.

AUTOR:
Lucas, um médico gentio (não judeu)

DESTINATÁRIOS:
Teófilo e todos os que amam a Deus.

DATA:
Entre 63 e 70 d.C.

PANORAMA:
Atos é o elo entre a vida de Cristo e da Igreja, entre os Evangelhos e as epistolas (cartas).

VERSÍCULO CHAVE:
“Mas recebereis a virtude do Espirito Santo, que há de vir sobre vós, e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até os confins da terra” Atos 1;8).

PESSOAS-CHAVE:
Pedro, João, Tiago, Estevão, Filipe, Paulo, Barnabé, Cornélio, Tiago (irmão de Jesus), Timóteo, Lídia, Silas, Tito, Apolo, Ágabo, Ananias, Félix, Festo, Agripa e Lucas,

LUGARES-CHAVE:
Jerusalém, Samaria, Lida, Jope, Antioquia, Chipre, Listra, Antioquia da Psidia, Icônio, Listra, Derbe, Filipos, Tessalônica, Berea, Atenas, Corinto, Éfeso, Cesareia, Malta e Roma.

CARACTERISTICAS PRINCIPAIS:
O livro de Atos é uma continuação do Evangelho de Lucas. É possível que Atos termine abruptamente por Lucas ter planejado escrever seu terceiro livro, em que daria sua continuidade histórica.

LENDO O LIVRO DE ATOS:

Quando se risca um fosforo, a ficção gera uma faísca no palito. Uma pequena chama queima a extremidade e cresce. O calor aumenta, e logo o palito é consumido por uma chama alaranjada ou avermelhada. Quanto mais se estende mais consome a madeira. A chama se torna fogo.

Há quase dois mil anos, um “fosforo” [o cristianismo] foi riscado na Palestina. A princípio, apenas alguns naquele lugar foram foram tocados e aquecidos. Mas, o “fogo” se espalhou além de Jerusalém e da Judeia, e atingiu todo o mundo, todas as pessoas. O livro de Atos fornece um fiel relato sobre a expansão da igreja cristã, que começou em Jerusalém com um pequeno grupo de discípulos (alunos), e se espalhou por todo o Império Romano, onde onde as boas novas foram pregadas.

Revestido pelo Espirito Santo, o grupo corajoso de discípulos pregou, ensinou, curou e demonstrou o amor de Cristo em sinagogas, escolas, casas, mercados, tribunais, ruas, prisões, colinas, navios, e estradas no deserto. Aonde quer que Deus os enviasse, a vida e a história das pessoas seriam mudadas.

Escrito por Lucas como continuação do seu evangelho, Atos é um registro histórico preciso da Igreja Primitiva. Mas também é um livro teológico, com lições e exemplos vivos da obra do Espirito Santo, das relações da Igreja e sua organização, das implicações da graça e da lei do amor. É também um trabalho apologético, que ajudou a construir um forte alicerce para a fé cristã ao demonstrar o cumprimento das afirmações e promessas de Cristo.

O livro de Atos começa com o derramamento do Espirito Santo, prometido por Jesus, e o início da proclamação do evangelho. Esta evangelização, inspirada pelo Espirito Santo, começou em Jerusalém e se estendeu a Roma, cobrindo a maior parte do império. O evangelho chegou primeiro aos Judeus, mas estes, como nação, rejeitaram. Apenas alguns judeus receberam alegremente as Boas Novas.

A rejeição continua do evangelho pela maioria dos judeus levou à proclamação sempre crescente do evangelho entre os gentios. Isso estava de acordo com o plano de Jesus, o evangelho deveria ser pregado em Jerusalém, na Judeia, em Samaria e nos confins da terra (1.8). De fato, essa ordem é o padrão seguido pela narrativa de Atos. A gloriosa proclamação do evangelho começou em Jerusalém (caps. 1 7), foi para a Judeia, Samaria (cap. 8ss) e seguiu para os países além da Judeia (11.de 19; 13.4). A segunda metade do livro de Atos enfoca principalmente as viagens missionarias Paulo a muito dos países ao norte do mar Mediterrâneo. O apóstolo e seus companheiros levaram o evangelho primeiro aos judeus, depois aos gentios. Alguns judeus creram, e muitos gentios receberam as boas novas com alegria. Novas igrejas tiveram início e novos crentes começaram a crescer na vida cristã.

Ao ler o livro de Atos, coloque-se no lugar dos discípulos: identifique-se com aqueles com aqueles que foram cheios do Espirito Santo e experimente a emoção de ver milhares de respostas à mensagem do evangelho! Sinta o comprometimento demonstrado pelos que dedicaram cada talento de seu tesouro a Cristo. Ao ler Atos, perceba a ousadia e a coragem que o Espirito Santo concedia aos crentes do primeiro século que, mesmo diante do sofrimento e da morte, aproveita todas as oportunidades para falar de seu Senhor crucificado e ressuscitado. Então, decida ser uma versão (moderna) desse século daqueles homens e mulheres de Deus!


ESBOÇO:

A.   O MINISTÉRIO DE PEDRO (1.1 – 12.25)
1.    O estabelecimento da Igreja.
2.    A expansão da Igreja.
Depois da ressurreição de Jesus Cristo, Pedro pregou corajosamente e realizou muitos milagres. As atitudes de Pedro demonstram a fonte e os efeitos do poder cristão. O povo de Deus foi capacitado pelo Espirito Santo, para realizar a obra. O Espirito Santo ainda está disponível para capacitar os cristãos de hoje. Devemos nos voltar para o Espirito Santo a fim de obter a força, a coragem e a ousadia para realizar a obra de Deus.

B.   O MINISTÉRIO DE PAULO (13.1 – 28.31)
1.    A primeira viagem missionária.
2.    O Concilio de Jerusalém.
3.    A segunda viagem missionária.
4.    A terceira viagem missionária.
5.    O julgamento de Paulo.
O trabalho do ministério de Paulo nos mostra o progresso do cristianismo. O evangelho não podia ser confinado a uma parte do mundo, pois a fé cristã oferece esperança a toda a humanidade. Nós também devemos ter a ousadia e coragem, participando desta tarefa heroica de testemunhar a favor de Cristo em todo o mundo.


MEGA TEMAS:

TEMA
EXPLICAÇÃO
IMPORTANCIA

Início da Igreja


O livro de atos conta a história de como o cristianismo foi fundado, organizado e como os problemas foram resolvidos. A comunidade dos crentes surgiu pela fé no Cristo ressuscitado e no poder do Espirito Santo, que a capacitou para testemunhar, amar e servir a Deus


Novas igrejas estão sendo continuamente fundadas. Pela fé em Jesus Cristo e através do poder do Espirito Santo, a igreja cristã pode ser um agente de mudanças. À medida que enfrentamos novos problemas, encontramos no livro de Atos importantes soluções.

Espirito Santo

A igreja cristã não começou ou cresceu por seu próprio poder ou entusiasmo. Os discípulos foram capacitados pelo Espirito Santo. Ele era o Conselheiro e o Guia prometido, e foi enviado quando Jesus ascendeu ao céu.

O trabalho do Espirito Santo, demonstrou que o cristianismo é sobrenatural. Deste modo, a igreja cristã se tornou mais consciente do Espirito Santo do que dos problemas. Pela fé, qualquer crente pode pedir o poder do Espirito Santo para fazer a obra de Cristo.


Crescimento da Igreja

O livro de Atos apresenta a história de uma comunidade dinâmica e crescente de cristãos de Jerusalém, as Síria, da África, da Ásia e da Europa. No primeiro século, o cristianismo se estendeu dos judeus aos não-judeus em 39 cidades e 30 países, ilhas e províncias.

Quando o Espirito Santo trabalha, existe movimento, entusiasmo e crescimento. Ele nos dá a motivação, a energia e a habilidade para levarmos o evangelho ao mundo inteiro.
Qual a sua posição no plano de Deus para disseminar o cristianismo? Qual o seu lugar neste movimento?


Testemunho

Pedro, João, Filipe, Paulo, Barnabé e muitos outros testemunharam sua fé em Cristo. Por meio do testemunho pessoal, da pregação e defesa perante as autoridades, relataram corajosamente as Boas Novas a todos os tipos de grupos.

Nós somos o povo de Deus, escolhidos para ser parte de seu plano de alcançar o mundo. Com amor e fé, podemos ter a ajuda do Espirito Santo quando testemunhamos ou pregamos. Testemunhar é benéfico porque fortalece nossa fé, à medida que confrontamos aqueles que a desafiam.


Oposição

Com encarceramentos, espancamentos e motins, os cristãos foram perseguidos tanto por Judeus como por gentios. Mas a oposição se tornou um catalisador para a expansão do cristianismo. O crescimento durante os tempos de opressão mostra que o cristianismo não é uma obra humana, mas de Deus.

Deus pode trabalhar por meio de qualquer oposição. Ao enfrentar a perseguição por parte de incrédulos hostis, perceba que esta se deve ao fato de você ser uma testemunha fiel que procura a oportunidade de apresentar as Boas Novas a respeito de Cristo. Aproveite as oportunidades proporcionadas pela oposição!



  

ATOS – CAPITULO 1


DOIS MESES ANTES...

Ao final de março e começos de abril do ano 30 a.C., um número, insolitamente grande de embarcações havia começado a chegar no porto de Cesareia e as outras cidades marítimas da Judeia. Vinham repletas de passageiros que, depois de desembarcar, empreendiam uma viagem de mais de cinquenta quilômetros terra adentro, para a velha cidade de Jerusalém. Todos os caminhos que levaram a essa cidade estavam congestionados por viajantes. As pessoas avançavam para a antiga capital da Judeia não somente destes portos marítimos, mas também pelo sul desde a África, pelo leste, desde a Europa e pelo norte desde a Ásia menos e Europa.

No início as pessoas vinham em grupinhos isolados; logo, em grupos grandes e, por último, fluía à Cidade Santa como uma grande inundação, de todos os pontos da rota marítima. Os primeiros em chegar abarrotaram as pousadas. Logo, os que chegavam, foram ocupando todas as casas e apartamentos. Uns dias, todos os lugares habitáveis ficaram totalmente repletos. Ainda assim, seguiram chagando mais viajantes, até que a situação chegou a ser quase caótica. Os que foram chegando por último, começaram à acampar nas ruas, e no final, até as ruas ficaram repletas de turistas religiosos.

Vinham de todas as partes do mundo conhecido, aglomerando-se numa cidade que tinha menos de três quilômetros quadrados.

Cada ano, ao redor desse mesmo tempo, a cidade de Jerusalém era anfitriã dos visitantes judeus procedentes de todas as partes da terra, que vinham para celebrar uma serie de antigas festas. Era algo parecido a uma festa mundial, ima solene peregrinação religiosa, uma atração turística internacional e uma reunião familiar, tudo isso era envolvido em um. Todo esse período de celebrações duravam uns sessenta dias, começando com a primeira semeadura ou, plantação. Mais tarde, vinha a solene festa da Pascoa, seguida imediatamente por uma observação dos primeiros frutos ou primícias e, por último, sete semanas depois, se celebrava uma deliciosa festividade que denominavam de “Festa das semanas” ou “Pentecostes”.

Os judeus haviam vindo celebrando essa temporada cada ano por muito mais de mil anos, de fato, o ano de 30.A.D., estava provavelmente perto dos mil e quinhentos anos de celebração dessa temporada de festas.

O típico turista judeu tinha uma compreensão bastante clara do ritual da Pascoa como uma recordação à Israel de uma promessa muito importante.

A grande celebração seguinte, que vinha em seguida, depois da Pascoa, era conhecida como a das Primícias. Seu significado espiritual era muito mais escuro que a da celebração da Pascoa. A maior parte do povo judeu sabia tão somente que a mesma tinha que ver com uma semeadura anual de cereais.

As primícias ou primeiros frutos eram uma celebração que se efetuava durante o tempo de semeadura dos cativos: assim, se Deus lhes concedia uma boa temporada de semeadura e depois uma boa colheita, isso significava um ano bom para Israel. Mas, se a colheita era pobre, significava um desastre, inclusive fome.

Essa celebração era representada em um ritual que se efetuava três dias depois da Pascoa. Mas, resultava obvio que o ritual das primícias tinha ao mesmo tempo algum significado mais profundo e significativo, que não era do conhecimento geral.

Alguns turistas partiam de Jerusalém logo que a celebração das primícias terminava, mas, muitos ficavam para a celebração do Pentecostes, observando exatamente sete semanas depois. O verdadeiro significado espiritual do Pentecoste era muito mais escuro que o da Pascoa e, inclusive das primícias. Ninguém parecia compreender exatamente que acontecimento futuro precedia ao Pentecoste. (A maioria das pessoas no nosso século também não sabe!).

Durante esse ano em particular, havia outro acontecimento importante, mas não programado, que estava tendo o seu lugar na cidade. Estava sendo celebrado um julgamento e um juízo do qual todos falavam: se julgava a um Nazareno, respeito ao qual, corriam toda classe de rumores e cuja vida estava em jogo. Então, em forma imprevista o sentenciaram à morte. Sua execução foi apressada precipitadamente nas cortes, afim de evitar que interferira com a observação da parte principal da Pascoa.

E sucedeu assim que, precisamente, enquanto o Nazareno estava sendo interrogado na corte, um grupo de sacerdotes estavam examinando cuidadosamente um cordeiro para certificar-se que não tivesse nenhum defeito, servindo para a Pascoa. Esses dois acontecimentos – a execução desse homem e o sacrifício do cordeiro para a Pascoa – corriam de forma paralelas uma com a outra, tão igual que, justo quando levaram o homem para ser sentenciado à morte na colina de execução, aquele cordeiro era conduzido ao templo e preparado para o sacrifício.

O dia seguinte, que era sábado, todos observaram o descanso sabático. Estava por começar o domingo, dia em que havia de ter lugar a celebração da festa das Primícias.

Pouco antes do amanhecer do domingo, um sacerdote do templo saiu do templo e se dirigiu para um campo semeado próximo de Jerusalém. Quando o sacerdote chegou ali, observou cuidadosamente o solo para ver se havia brotado da terra alguns talinhos (primícias) da semente semeada.

Ainda estava escuro. Ainda não havia amanhecido. Não obstante, ao menos uma pessoa mas, uma mulher chamada Maria Madalena, também se encontrava levantada. Era uma das seguidoras de Jesus e estava indo inspecionar a tumba onde Ele havia sido colocado, antes da festa.

Para dizer a verdade, aquele sacerdote chegou ao campo, justo quando raiava o sol da alva e a primeira luz da manhã iluminou a terra que se estendia diante dele. Ao inclinar-se desde o borde do semeado, pode ver. Aos seus pês se viam algumas plantinhas que haviam brotado da terra. Uns diminutos talos das primícias da colheita do ano, havia brotado!

Assim, inclinando-se, o sacerdote estendeu as mãos e envolveu cuidadosamente um minúsculo talo, ao tempo que começou a tira-lo do solo. Nesse preciso momento sentiu a terra se movia debaixo dos seus pés. (Evidentemente se estava produzindo um violento terremoto em algum lugar perto). Nesse mesmo momento, também a aurora começou aparecer no horizonte.

Então o sacerdote tirou logo o talinho do solo e o levou de volta ao templo. Ali efetuou o ritual das primícias. Sustentou a plantinha nas palmas das mãos levantadas diante do altar; e estando parado ali, a moveu para frente e para atrás diante de Deus. Ofereceu a Deus o grão geminado, seguindo um antigo ritual de ações de graças, porque a semente havia brotado da terra.

Enquanto isso, um absurdo rumor havia começado a percorrer Jerusalém. Parecia que se havia originado com essa mocinha Maria Madalena. Ela havia declarado que ao chegar na tumba, a encontrou vazia – e Jesus se havia levantado, saindo daquela tumba, vivo!

Foi esse o tão que a segunda grande celebração, a das “Primícias”, terminou.

Dentro de sete semanas... de exatamente quarenta e nove dias... se observaria não, se cumpriria a seguinte grande celebração! Esse dia o sacerdote regressaria ao mesmo campo que antes havia tirado a plantinha germinada. Para então, o grão já estava maduro e, ele recolheria um galho do trigo. Esse dia, esse incrível dia, seria o dia de Pentecostes.

Como podemos ver, ocorreram algumas coisas bastante incríveis durante a observação da Pascoa e das Primícias no ano 30 A.D.

A festa de Pentecostes desse ano também seria precisamente como de costume!


DOMINGO, DE 5 A 8 DA MANHÃ...

É domingo, 29 de maio do ano 30 A.D. são como as 5:00 da manhã. O sol não havia ainda saído. A cidade de Jerusalém se encontra ainda escura.

A porta do templo se abre ligeiramente e um solitário sacerdote sai por ela, desce uma escadinha e caminha pelas ruas de Jerusalém. Até onde pode ver no crepúsculo matutino, as ruas estão repletas de peregrinos dormidos, estendidos por todas as partes no pavimento de pedras. O sacerdote passa entre esse labirinto de gente dormida, sai pela porta da cidade e se coloca a andar campo adentro. Se dirige ao campo semeado, o mesmo campo que ele saiu para inspecionar à exatamente quarenta e nove dias atrás.

O sacerdote não é o único que está ativo desde cedo. Algumas pessoas más se haviam levantado também. Assim, se pode ver a alguns dos discípulos do Senhor que passam cuidadosamente entre a multidão dormida, avançam ao alongo das estreitas ruazinhas da cidade e sobem por pelas escadas de um edifício de dois andares. (esse edifício se encontra bem perto da área do templo).

Sabemos o que o sacerdote está fazendo esse domingo de manhã pela manhã em particular, mas, Por que estão levantados mais de cem discípulos tão cedo? podemos encontrar a resposta se nos voltarmos até a Pascoa e os quarenta e nove dias subsequentes.

Faz somente um pouco mas de sete semanas que Jesus Cristo foi crucificado durante a Pascoa. Praticamente todos os que haviam vindo se reunindo nesse aposento no alto desse edifício, são testemunhas de terem visto a sua execução. Os dias subsequentes à execução do Senhor foram os dias mas tenebrosos e tristes que esses homens e mulheres tinham vivido. Toda aquela experiência foi singular – humanamente quase insofrível. Mas, hoje, faz quarenta e nove dias que toda a insuportável tristeza se converteu em um inexplicável gozo. Por que? Porque foi nessa madrugada que Maria Madalena voltou de ir ver a tumba de Jesus e declarou que a tumba estava vazia. Além disse, ela insistia que havia visto ao Senhor... vivo!

Durante as cinco semanas seguintes o Senhor apareceu repetidamente a toda essa gente. O Quadragésimo dias depois de sua ressurreição, Jesus teve uma breve conversa com um pequeno grupo deles em cima de uma colina próxima de Jerusalém, chamada o Monte das Oliveiras e, lhes deu umas breves instruções. Em seguida e de modo especifico, afastou a doze deles, os olhou diretamente nos olhos e lhes disse: “Vocês vão receber o poder.” Então lhes disse a todos os que estavam com Ele, que voltassem para Jerusalém e esperassem ali a vinda do Espírito Santo. Quando acabou de dar-lhes essas instruções, começou a levantar-se da terra, ascendeu aos céus.

Os discípulos ficaram ali, pasmos, por um longo tempo. Nenhum deles sabia que, o quem era o Espirito Santo, nem quando aquilo, o Ele veria. Mas, com poucas palavras de instruções que haviam recebido, todos eles decidiram regressar para Jerusalém, alugar um amplo aposento em que todos poderiam se reunir e, como o Senhor lhes havia dito, esperar. Em vista de que não sabiam que outras coisas haveriam de fazer, decidiram que o melhor seria passar o tempo em jejum e oração.

Ainda estava escuro. Então alguém começou a cantar suavemente um salmo; outros se uniram a ele. Foi assim como começou a mais transcendental reunião de oração da história humana!

O sacerdote que havia saído do templo chegou ao campo de trigo situado nas proximidades da cidade. Os primeiros raios de sol começavam a estender-se pelo campo diante dele, sete semanas antes, o dia das Primícias, esse mesmo sacerdote havia vindo para inspecionar aquele mesmo campo semeado. Mas, esse campo, a diferença de como havia estado sete semanas antes, quando somente uns talinhos estavam brotando da terra, agora estava cheio de uma abundante colheita de grãos bem maduros. A semente semeada durante a temporada da Pascoa havia brotado e crescido, e era uma plantação alta e frondosa, pronta para a colheita. O sacerdote se meteu entre a plantação e começou a cortar alguns talos. Com grande esmero reuniu os feixes, deu a volta e partiu para o regresso à Jerusalém.

A penumbra da madrugada cedeu o passo ao dia. Jerusalém começou a ficar barulhenta com os primeiros raios da luz da manhã. Já de novo na cidade, o sacerdote voltou ao templo e entrou. Estava por começar o seguinte passo importante do ritual do Pentecostes.
O sacerdote foi até uma mesa e ali começou a bater as espigas que havia colhido, para tirar o grão. A continuação, tomou uma pedra lisa e redonda e começou a comprimir com ela cuidadosamente o grão, balançando de um lado para o outro sobre o mesmo. Seguiu comprimindo assim, até que todo o trigo ficou completamente moído. Continuou ainda a moer, até que o grão era já um montão de farinha finamente moída.

Então, o sacerdote amontoou ainda mas essa farinha finamente moída. Com cuidado verteu um pouco de água em que a amassou, dando consistência. Logo, formou uma fogueira, no fundo do forno incendiado. Deu uns passos atrás e esperou.

O forno estava muito quente. Pronto aquela massa viria a ser pão; em breve o sacerdote introduziria outra vez a paleta la no profundo calor, esta vez para sacar do forno, das brasas, o pão cozido.

Dentro de somente uns breves momentos o sacerdote abriria a porta do forno e tiraria aquela bandeja de pão. Em seguida a levaria ao altar e a levantaria diante do Senhor. Essa oferta seria o momento culminante da festa de Pentecostes – E esse momento estava já para chegar.

Eram aproximadamente as 8:00 da manhã.

As orações no aposento alto, haviam chegado a ser tremendamente real e, muito emotivas. À presença do Senhor era também muito real. De repente se ouviu um som ensurdecedor, que se fazia mais forte e mais próximo.

Aquele aposento quase caiu debaixo da fúria desse sopro, algo incrível estava acontecendo. Que era aquilo? Era a vinda que Cristo havia prometido? Ou o Espirito Santo que Ele havia prometido? O poder que haveria de dar? O Reino do qual Ele havia falado? Uma coisa era certa: algo celestial estava a ponto de acontecer na terra.

E então ocorreu, ali mesmo, diante deles. O som desse vento que vinha do céu entrou naquele aposento na terra. Os inundou aquela maravilhosa sensação da realidade, intimidade e presença de Cristo, essa sensação que somente haviam experimentado quando se encontravam em sua real presença, enquanto Ele esteve aqui na terra. E agora essa mesma gloriosa presença enchia o aposento. Ainda más, se percebia uma tremenda sensação de sua divina autoridade.

De repente todos souberam!

O Espirito Santo havia vindo! O alento divino estava ali – assentado sobre cada pessoa que estava no aposento. O recinto inteiro estava cheio, absolutamente cheio, saturado e cheio do Espirito Santo. A presença do Espirito Dele os envolvia e os submergia a todos.

Nunca havia acontecido nada semelhante aquilo, nunca jamais! Então, alguém gritou. Subiu um grito de indizível gozo. Logo, outro. E, outras más... Eram expressões de louvor e gloria ao Senhor por tudo o que Ele havia feito no meio deles. Más, não havia maneira em que o ser humano poderia dar expressão adequada a semelhante momento. Não obstante, todos teriam que tratar. Conter os louvores em um momento semelhante havia sido tão inconcebível como impossível. Em uns momentos o gozo de todos os crentes reunidos ali se fundiu em um glorioso e ascendente crescendo em louvores.

O sacerdote tirou a bandeja de pão do forno. A levou diante do altar e a levantou para o Senhor. Havia chegado ao momento culminante do Pentecostes. A bandeja estava completa.

A semente divina havia brotado! Antes, aquela vida divina havia morado em um só homem; agora morava em más de um homem! Mas havia muito más que isso a respeito: esses homens que teriam vida divina, agora eram todos um – um corpo.

E havia ainda más: o Espirito Santo havia vindo. Mas, havia ainda más: Esse Espirito havia envolvido e saturado a um grupo de homens e mulheres. Sim; más havia más ainda. Isso é possível? Poderia haver más?

Pois, sim!

O sacerdote levantou a bandeja de pão diante do Senhor. O dia de Pentecostes havia chegado. Não! O dia de Pentecostes havia mais que chegado: O dia de Pentecostes havia se cumprido! Havia chegado finalmente o acontecimento más titânico de toda a história da criação. Por fim, havia começado o proposito divino respeito da existência desse universo. Finalmente a ideia suprema que Deus tivera jamais era visível na terra.

O que era aquilo? Esse dia, na cidade de Jerusalém, o governo e o Reino que até então tão somente céu havia conhecido – ao fim – invadiram a terra. Era nesse dia o Reino dos Céus toco a terra. Que acontecimento tão sobre acolhedor! Por fim o Reino de Deus se havia agradando! Havia passado à ofensiva. Havia ocupado um novo território. Se havia estabelecido uma cabeça de praia para o Reino dos Céus nesse planeta. Poderia parecer que fora um humilde começo, más, estava destinado e se estender.

O que havia acontecido?

O acontecimento mas tremendo da história da humanidade.

Uma semente havia germinado!

Havia nascido a Igreja.


Pr Idimar Finco

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

RENOVANDO A ESPERANÇA

RENOVANDO A ESPERANÇA


Vocês são testemunhas destas coisas.
Lucas 24.48


Esperança e o que nos mantem vivos, que nos fortalece e cria expectativas para o dia de amanhã. Quando os discípulos testemunham a prisão e posteriormente a morte de Jesus, suas esperanças se vão. Cada um criou as suas expectativas, talvez esperassem um reino terreno onde ocupariam posições privilegiadas, ou quem sabe pudessem ganhar muitas coisas seguindo alguém tão poderoso como Jesus que curava, multiplicava alimentos e bebidas, ressuscitava mortos, libertava pessoas oprimidas espiritualmente, além de falar e ensinar com autoridade. Para aqueles homens, seguir a Jesus era o melhor investimento de suas vidas, e agora estava tudo acabado.
O capitulo 24 do Evangelho de Lucas nos mostra que a morte não foi capaz de segurar a Jesus, Cristo e Senhor, e mostra também que as pessoas não valorizaram as palavras de Jesus, o seguiam, viram seus milagres, compartilharam do seu amor e da sua compaixão, mas não prestaram atenção aos seus ensinamentos.
Jesus explicou o que aconteceria com sua vida e como seria após a sua morte, os profetas profetizaram a respeito disso, e ao invés de uma vigília de esperança o que observamos foi muita decepção e tristeza os levando ao retorno da vida medíocre que tinham.  
Jesus ressuscitou, e a partir dos profetas pode mostrar aqueles homens que Deus sempre revela os seus propósitos.
Nós somos privilegiados, afinal de contas temos a oportunidade de conhecermos o Cristo ressurreto que inundou as nossas vidas. Não façamos como os discípulos do caminho de Emaus, que andando ao lado de Jesus não o reconheceram, não sejamos como José de Arimatéia que apesar de ser um homem bom e justo tinha medo de assumir ser um discípulo de Jesus.
Que possamos valorizar as palavras de Jesus, que sigamos os seus exemplos e que não tenhamos vergonha de dizer:
Eu sou de Jesus, aleluia! De Cristo Jesus, meu Senhor!
Não quero falhar, mas quero falar, Andar e viver com Jesus![1]

À Deus toda honra e toda a glória!

Pr Cláudio Eduardo 



[1] Estribilho do hino 454 do Hinário para o Culto Cristão – EU SOU DE JESUS

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

ATOS DOS APÓSTOLOS

ATOS DOS APÓSTOLOS


“Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas  testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra".
Atos 1:8

Dando continuidade a maravilhosa caminhada pelo Novo Testamento, amanhã iniciaremos a leitura do Livro de Atos dos Apóstolos, único livro histórico do Novo Testamento que conta de maneira fascinante a ação maravilhosa do Espirito Santo no nascimento da Igreja.
Já havia se passado aproximadamente dois terços do primeiro século quando um memorável trabalho em dois volumes começou a circular entre as comunidades cristãs do Império Romano. Este trabalho tinha sido escrito por um meticuloso historiador, um cuidadoso pesquisador familiarizado com a geografia e a vida do mundo Mediterrâneo, testemunha ocular de muitos dos eventos que narrou.  Ele era um ambicioso empreendedor. Dispôs-se a descrever, para crentes e não crentes, a origem e o crescimento da fé cristã desde uma aldeia obscura, na longínqua Palestina, até Roma, o centro politico e geográfico do mundo antigo. Seu trabalho evidenciou o dia em que a fé seria levada além de Roma até aos confins da terra.[1]

Será uma caminhada maravilhosa, abaixo está o nosso calendário de leitura, serão momentos maravilhosos, Deus tem muito a nos falar pelos exemplos dos primeiros cristãos e a ação do Espírito Santo na vida deles.
À Deus toda honra e toda glória!
Pr Cláudio Eduardo
DATA
DIA
LEITURA
DATA
DIA
LEITURA
25/jan
Qua
Atos 1
08/fev
Qua
Atos 15
26/jan
Qui
Atos 2
09/fev
Qui
Atos 16
27/jan
Sex
Atos 3
10/fev
Sex
Atos 17
28/jan
Sáb
Atos 4
11/fev
Sáb
Atos 18
29/jan
Dom
Atos 5
12/fev
Dom
Atos 19
30/jan
Seg
Atos 6
13/fev
Seg
Atos 20
31/jan
Ter
Atos 7
14/fev
Ter
Atos 21
01/fev
Qua
Atos 8
15/fev
Qua
Atos 22
02/fev
Qui
Atos 9
16/fev
Qui
Atos 23
03/fev
Sex
Atos 10
17/fev
Sex
Atos 24
04/fev
Sáb
Atos 11
18/fev
Sáb
Atos 25
05/fev
Dom
Atos 12
19/fev
Dom
Atos 26
06/fev
Seg
Atos 13
20/fev
Seg
Atos 27
07/fev
Ter
Atos 14
21/fev
Ter
Atos 28





[1] PIERSON, P. E., Atos que contam: Fatos que marcaram a Igreja de Cristo, Londrina: Descoberta, 2000, p. 7 

BOM E JUSTO

BOM E JUSTO


Havia um homem chamado José, membro do Conselho, homem bom e justo, que não tinha consentido na decisão e no procedimento dos outros. Ele era da cidade de Arimatéia, na Judéia, e esperava o Reino de Deus. Dirigindo-se a Pilatos, pediu o corpo de Jesus.
Lucas 23.50-52


A morte é a experiência mais cruel que o ser humano precisa vivenciar, ficamos tristes quando perdemos um amigo, um parente ou um irmão. Algumas vezes as circunstâncias nos preparam para aceitação, quando alguém que amamos sofre horrores por causa de uma doença que fatalmente abreviará sua partida, até dizemos que descansou. Existem momentos em que a dor e a indignação dilaceram o nosso ser, é quando a ordem natural é comprometida, o filhos enterram seus pais e não o contrário, ou quando a inconsequência de outros levam quem amamos, erros médicos, violência urbana, alcoolismo na direção, acidentes e tantas outras coisas que nos servem para lembrar da nossa finitude.
O capitulo 23 do Evangelho de Lucas nos conta a história de Jesus perante Pilatos e Herodes, típicos governantes populistas. A escolha feita pela multidão, Barrabás era o que representava de pior de um ser humano, agitador e homicida; pergunto-me muitas vezes: Onde estava a multidão que Jesus curou, alimentou e ensinou? 
Simão, vindo do campo após um dia de trabalho, é obrigado a carregar a cruz até o calvário. O Rei é colocado entre dois criminosos, sua coroa é de espinhos, e mesmo sem ter feito nada que merecesse tal ultraje, se é que alguém pudesse torturar a outro desta maneira, em amor e por amor ali na cruz temos uma maravilhosa lição:  Jesus disse: "Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo".  (Lc 23.34).
A morte de Jesus resgata o acesso total a Deus, Ele morreu para nos dar vida, vida eterna. Algumas pessoas que assistiam ao “espetáculo” ridicularizavam e debochavam do Senhor, outro foram tremendamente impactados com tudo que viram e ouviram, e Lucas destaca José, da cidade de Arimatéia, reconhecido como homem bom e justo, que decide dar a Jesus um enterro digno. João afirma sobre José:  Depois disso José de Arimatéia pediu a Pilatos o corpo de Jesus. José era discípulo de Jesus, mas o era secretamente, porque tinha medo dos judeus. Com a permissão de Pilatos, veio e levou embora o corpo. (Jo 19.38)
José era membro do Sinédrio, um líder entre os judeus, uma pessoa boa, justa e que aguardava ardentemente o Reino de Deus. Na morte de Jesus ele abre mão dos seus medos e do seu comprometimento social para dar dignidade aquele que em vida ensinou como ninguém.
Era habito os presos crucificados ficarem expostos na cruz por vários dias, não foi assim com Jesus, José de Arimatéia coloca a disposição do Rei e Senhor o que ele precisava para aquele momento, um sepulcro.
O que você tem para colocar a disposição do Senhor?

À Deus toda honra e toda a glória!

Pr Cláudio Eduardo

sábado, 21 de janeiro de 2017

A HUMILDADE DO SERVO

O texto abaixo é de autoria do amigo, psicologo e pastor José Bartolomeu, que muito nos honra com sua contribuição. Muito obrigado!


A HUMILDADE DO SERVO

 “Surgiu também uma discussão entre eles, acerca de qual deles era considerado o maior. Jesus lhes disse: "Os reis das nações dominam sobre elas; e os que exercem autoridade sobre elas são chamados benfeitores. Mas vocês não serão assim. Ao contrário, o maior entre vocês deverá ser como o mais jovem, e aquele que governa, como o que serve. Pois quem é maior: o que está à mesa, ou o que serve? Não é o que está à mesa? Mas eu estou entre vocês como quem serve. Vocês são os que têm permanecido ao meu lado durante as minhas provações. E eu designo a vocês um Reino, assim como meu Pai o designou a mim, para que vocês possam comer e beber à minha mesa no meu Reino e sentar-se em tronos, julgando as doze tribos de Israel.”                      Lucas 22.24–30



Em uma época recheada de uma pseudo espiritualidade, de um comportamento religioso que visa a glória humana, quando troca-se o caráter pelo carisma,  onde é comum vermos um comportamento antagônica, distorcido dos ensinos do nosso Mestre no tocante a humildade, “...Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz...” (Fp 2.5-8), onde há expressões isoladas, fora do seu contexto como: “você é filho do Rei”, “você não nasceu para ser calda e sim cabeça”, “você comerá o melhor desta terra”. Precisamos visitar o Evangelho segundo escreveu Lucas, e percebermos que a espiritualidade de Jesus Cristo foi totalmente invertida.
 No texto Lucano fica claro a motivação da natureza humana, seus desejos e um acentuado espírito de competição dos discípulos – “Surgiu também uma discussão entre eles, acerca de qual deles era considerado o maior...” (v.24). Motivação esta, que é veementemente reprendida por Jesus Cristo  "Os reis das nações dominam sobre elas; e os que exercem autoridade sobre elas são chamados benfeitores. Mas vocês não serão assim. Ao contrário, o maior entre vocês deverá ser como o mais jovem, e aquele que governa, como o que serve...” (v.25). Ao contrariar a intenção dos discípulos, Jesus nos coloca diante de um grande dilema e desejo que carregamos, de termos uma evidência, uma glória que não nos pertence, que nunca foi ensinada por Jesus e que gera um espírito de competição danoso e desumano.
Daí, surge uma pergunta: Como vencer esta deficiência deformadora? Como não se deixar gerenciar pela natureza beligerante, que a todo preço deseja aplausos? O texto é claro – assumindo a humildade do servo – “...Mas eu estou entre vocês como quem serve...” (v.27). Jesus sempre deixou muito explícito que em sua missão o serviço seria basilar, teria transparência e evidência – “Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos...” (Mc 10.45). Penso que no cumprimento de sua missão, Jesus não apenas vivenciou plena obediência, mas também o sentimento de servo exaltou a humildade de seu caráter.
Fomos chamados para uma missão de sermos como ele foi – “E vós fostes feitos nossos imitadores, e do Senhor, recebendo a palavra em muita tribulação, com gozo do Espírito Santo.” (1Ts 1.6). Não devemos ficar almejando pódio. Aliás, alguém já disse que “o pódio do cristão é a cruz”. Só assim conseguiremos viver de acordo com as Escrituras, cumprindo a vontade de Deus que é boa, perfeita e agradável.
Minha oração é que a humilhação do servo tome conta de nossa mente é coração!

Pastor José Bartolomeu Patrício do Silva


ENTREGANDO TUDO!

ENTREGANDO TUDO!

E disse: "Afirmo-lhes que esta viúva pobre colocou mais do que todos os outros. Todos esses deram do que lhes sobrava; mas ela, da sua pobreza, deu tudo o que possuía para viver".    
Lucas 21.3,4


Com a insegurança que vem assolando as nossas cidades, ficamos felizes em sairmos e retornarmos em paz e segurança. Assaltos têm sido frequentes afligindo homens e mulheres, independente de condições sociais ou lugar onde residam.
– Mão aos altos!
É uma expressão aterrorizadora, ficamos dispostos a entregar tudo para preservar a vida. As pessoas inteligentes não reagem a um assalto!
Deus não nos assalta, pelo contrario, Ele respeita as nossas escolhas, não somos forçados a nada por Ele, no uso da liberdade podemos contrariá-Lo, e assumimos as consequências das escolhas que fizermos.
Jesus está no templo observando as pessoas que chegam e deixam suas contribuições na caixa de ofertas e chama a atenção de que mais importante não é a quantia oferecida, mas o que ela significa para quem ofertou.
Quando me deparo com este texto, algumas coisas me chamam a atenção no comportamento desta viúva, anônima, que não conhecemos da sua história, mas que a partir do contexto sabemos que se trata de alguém muito pobre, mas que na sua pobreza tem a coragem de entregar tudo ao Senhor.
O meu tudo precisa ser entregue a Deus, minha vida, minha família, meu trabalho, meu lazer, minhas aflições, minha esperança e meus bens.
Metade para Deus é igual a nada, entrego tudo ou serei como os religiosos do tempo de Jesus que estavam entregando do que lhes sobravam.
Quando reconhecemos quem é Deus não temos dificuldade nenhuma de colocarmos o tudo em suas mãos, e fazemos isso sem esperarmos nada em troca. A poesia da canção abaixo expressa com clareza que não existe coisa melhor do que o meu tudo nas mãos do Senhor.
Como Não Entoar Teu Louvor?[1]

Tua canção meu Deus, vinda lá dos céus, ecoa em meu viver
Mesmo na escuridão, com a tua mão, vens me socorrer
Como não entoar Teu louvor?
Como deixar de proclamar, Teu amor tão singular?
Como não Te exaltar, meu Senhor?
Se existe no meu coração, a canção de eterna gratidão

Sempre elevarei meu olhar ao céu, pois tu és a minha paz
Por onde quer que eu for, espalharei Senhor, o canto que me dás
Como não entoar Teu louvor?
Como deixar de proclamar, Teu amor tão singular?
Como não Te exaltar, meu Senhor?
Se existe no meu coração, a canção de eterna gratidão

Cantarei quando a dor chegar, quando sorrir
Cantarei quando eu vacilar, cantarei ao cair
Cantarei pois me erguerás, com Tua mão
Cantarei pois me escutarás indo a Ti em oração
Cantarei lá na glória uma canção
Ao redor do teu trono em perfeita adoração

Como não entoar Teu louvor?
Como deixar de proclamar, Teu amor tão singular?
Como não Te exaltar, meu Senhor?
Se existe no meu coração, a canção de eterna gratidão
Cantarei, cantarei, cantarei

Entregue o teu tudo a Deus, pois somente a Ele se deve toda honra e toda glória!

Pr Cláudio Eduardo



[1] https://www.letras.mus.br/igreja-crista-maranata/como-nao-entoar-teu-louvor/

CUIDADO COM O ETARISMO…

  CUIDADO COM O ETARISMO… Todos e qualquer tipo de preconceito deve ser combatido por aqueles que se dizem cristãos.  Quando falo de preconc...