segunda-feira, 8 de julho de 2019

VELHO X NOVO, UMA ESCOLHA DIFÍCIL...


VELHO X NOVO, UMA ESCOLHA DIFÍCIL...

A vocês, graça e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo, que se entregou a si mesmo por nossos pecados a fim de nos resgatar desta presente era perversa, segundo a vontade de nosso Deus e Pai, a quem seja a glória para todo o sempre. Amém. (Gálatas 1.3-5 NVI)


Todo tipo de mudança é doloroso, afinal de contas viemos um eterno conflito entre o estado de conforto e a perspectiva da nova experiência. O novo amedronta, afinal de contas é imprevisível e nem sempre sabemos onde pretendemos chegar.

Eu tenho uma dificuldade muito grande de andar descalço, desde de criança não consigo andar com os pés no chão, e sou muito criterioso no estilo de sapato que compro. Quando ingressei no serviço militar, não me esqueço do meu primeiro “bute” (espécie de bota).  Um calçado todo de couro, duro, solado pesado, e nada flexível.

Para amaciar o “bute”, alguns colegas colocavam de molho na agua, e depois deixavam secar ao sol, parecia que ficava pior. Eu usava um meião grosso de jogador de futebol, aliviava, mas ainda era desconfortável. Só o tempo amaciava o “bute”, e por quase dez anos não tive coragem de trocá-lo, ficou perfeito o relacionamento entre os meus pés e o meu “bute”.

Com o passar do tempo chegaram no mercado calçados mais leves e confortáveis, e eu usava o “bute” apenas quando estava de serviço, tratava-o com carinho, sempre engraxado, várias vezes reformado e solado trocado, não precisava mudar para o novo.

Infelizmente, chegou o dia que precisei trocá-lo, não dava mais para reformar; era hora de jogá-lo fora e fiz com muito pesar. O nosso relacionamento no começo foi um pouco conflitante, mas no final meus pés e o meu “bute” eram um par perfeito.

Comprei um “bute” novo, totalmente diferente do primeiro, mais leve, mais confortável, numa mistura de couro e tecido, com zíper, que parecia com um sapato qualquer. Que frustação no início, faltava peso, parecia que estava pisando diretamente no chão, não tinha o ritual de amarrar o cadarço, era totalmente diferente do primeiro.

Mesmo quando as coisas são para melhorar, temos resistência as mudanças. Isso prejudica radicalmente as etapas do crescimento.

Aprendi há alguns anos que mente deve ser como paraquedas, mente fechada é queda na certa, como um paraquedas a mente aberta nos permite ver a beleza do horizonte e nos leva à um pouso seguro.

A carta de Paulo aos Gálatas é um convite a reflexão sobre as tradições e crenças que construímos e a preciosa mensagem do Evangelho. Cristo liberta!

O Evangelho é libertador e também significa ruptura com tudo aquilo que vai de contra os princípios ensinados e vividos por Jesus Cristo.

O tempo passou, já não uso mais “bute”, continuo muito criterioso com meus calçados, e as vezes me pergunto: Porque levei tanto tempo para substituir o meu primeiro “bute”?

Em Cristo perdi o medo das mudanças, pois confio que depois das curvas da estrada da vida o melhor de Deus estar por vir.

Conto com suas orações!

Abraço,

Pr Cláudio Eduardo

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