VELHO X NOVO, UMA ESCOLHA DIFÍCIL...
A vocês,
graça e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo, que se
entregou a si mesmo por nossos pecados a fim de nos resgatar desta presente era
perversa, segundo a vontade de nosso Deus e Pai, a quem seja a glória
para todo o sempre. Amém. (Gálatas 1.3-5 NVI)
Todo tipo de mudança é doloroso, afinal de
contas viemos um eterno conflito entre o estado de conforto e a perspectiva da
nova experiência. O novo amedronta, afinal de contas é imprevisível e nem
sempre sabemos onde pretendemos chegar.
Eu tenho uma dificuldade muito grande de andar descalço,
desde de criança não consigo andar com os pés no chão, e sou muito criterioso
no estilo de sapato que compro. Quando ingressei no serviço militar, não me
esqueço do meu primeiro “bute” (espécie de bota). Um calçado todo de couro, duro, solado
pesado, e nada flexível.
Para amaciar o “bute”, alguns colegas colocavam
de molho na agua, e depois deixavam secar ao sol, parecia que ficava pior. Eu
usava um meião grosso de jogador de futebol, aliviava, mas ainda era
desconfortável. Só o tempo amaciava o “bute”, e por quase dez anos não tive
coragem de trocá-lo, ficou perfeito o relacionamento entre os meus pés e o meu “bute”.
Com o passar do tempo chegaram no mercado
calçados mais leves e confortáveis, e eu usava o “bute” apenas quando estava de
serviço, tratava-o com carinho, sempre engraxado, várias vezes reformado e
solado trocado, não precisava mudar para o novo.
Infelizmente, chegou o dia que precisei
trocá-lo, não dava mais para reformar; era hora de jogá-lo fora e fiz com muito
pesar. O nosso relacionamento no começo foi um pouco conflitante, mas no final
meus pés e o meu “bute” eram um par perfeito.
Comprei um “bute” novo, totalmente diferente do
primeiro, mais leve, mais confortável, numa mistura de couro e tecido, com zíper,
que parecia com um sapato qualquer. Que frustação no início, faltava peso,
parecia que estava pisando diretamente no chão, não tinha o ritual de amarrar o
cadarço, era totalmente diferente do primeiro.
Mesmo quando as coisas são para melhorar, temos
resistência as mudanças. Isso prejudica radicalmente as etapas do crescimento.
Aprendi há alguns anos que mente deve ser como
paraquedas, mente fechada é queda na certa, como um paraquedas a mente aberta
nos permite ver a beleza do horizonte e nos leva à um pouso seguro.
A carta de Paulo aos Gálatas é um convite a
reflexão sobre as tradições e crenças que construímos e a preciosa mensagem do
Evangelho. Cristo liberta!
O Evangelho é libertador e também significa
ruptura com tudo aquilo que vai de contra os princípios ensinados e vividos por
Jesus Cristo.
O tempo passou, já não uso mais “bute”,
continuo muito criterioso com meus calçados, e as vezes me pergunto: Porque
levei tanto tempo para substituir o meu primeiro “bute”?
Em Cristo perdi o medo das mudanças, pois
confio que depois das curvas da estrada da vida o melhor de Deus estar por vir.
Conto com suas orações!
Abraço,
Pr Cláudio Eduardo
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