O ESTADO É LAICO,
O POVO NÃO!
Desde a infância sempre
ouvi que política, religião e futebol não se discute; no entanto,
principalmente nos períodos eleitorais as rodas de conversas giram sempre em
torno da linha tênue que separa a política partidária da religião.
Historicamente a religião
sempre andou de mãos dadas com o poder, foi assim no Egito antigo onde o Faraó
era visto como a personificação da divindade, e os sacerdotes nutriam de grande
estima e poder político. E assim sucedeu com vários povos, a conquista de um
povo estava intimamente relacionado a força e o poder de seus deuses.
No caso brasileiro, até
1891 quando foi promulgada a primeira constituição republicana, o catolicismo
era a religião do Estado. Influência da colonização portuguesa, que usou da
força na catequese dos nativos e também dos escravos africanos. Mesmo com a
previsão constitucional de liberdade religiosa, o catolicismo influenciou a
perseguição aos que pensavam diferentes ou possuíam uma outra religião. No início
da década de 60 ocorre o Concilio Vaticano II, chamado de ecumênico e tocando
em temas delicados e importantes para igreja em mundo de constantes mudanças; a
tolerância com as demais religiões e os que pensavam diferentes inclusive
dentro da igreja é nítida a partir do final do Concílio.
As maneiras de ver as
coisas mudaram desde a vinda, vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo, o
mundo mudou, os valores mudaram, mas precisamos urgentemente retornar aos princípios
de justiça, amor e compaixão; tão bem ensinados e vividos pelo Mestre e Senhor.
Historicamente foram líderes
religiosos que levantaram suas vozes contra as injustiças, a desigualdade, a
opressão aos mais fracos e tudo aquilo que vai de contra aos princípios do
cristianismo.
Moro no Rio de Janeiro e existem duas avenidas cortando o subúrbio, as
quais sempre que passo por elas lembro de líderes religiosos que marcaram sua época
numa caminhada de luta por justiça e restauração da dignidade humana; Avenida
Dom Helder Câmara e Avenida Martin Luther King Jr.
Líderes religiosos devem lutar
por justiça, por respeito ao próximo, pela liberdade e pelos valores que
acreditam.
Como Cristão defendo os valores e as
tradições do cristianismo, acredito na compaixão, no amor, na igualdade entre
os seres humanos; creio num Deus que é Senhor da história, mas que permite e
respeita as escolhas que fazemos.
Somos cidadãos da Pátria celestial e da Nação
Brasileira, como cidadãos do céu sejamos honestos e dignos perante Deus e as pessoas;
como cidadãos brasileiros sejamos honestos e dignos perante as pessoas e
perante Deus.
Todos sabemos que o Brasil precisa de
mudanças, em todas as esferas do Estado. Falta ética e honestidade naqueles que
dirigem o nosso povo, a polarização nos cargos executivos escondem as demandas
daqueles que serão escolhidos para o legislativo; fique atento.
A liberdade para votar em quem quisermos é um
direito “sagrado”, somos livres para fazermos nossas escolhas e as fazemos
fundamentadas em nossas crenças. Deus não virá votar por você, a responsabilidade
é sua, tão somente sua; peça ao Senhor sabedoria para exercer esse direito com muita
responsabilidade.
Cláudio Eduardo
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