sexta-feira, 28 de setembro de 2018

O ESTADO É LAICO, O POVO NÃO!


O ESTADO É LAICO, O POVO NÃO!

Bem-aventurado é o povo cujo Deus é o Senhor.
Salmos 144:15

         Desde a infância sempre ouvi que política, religião e futebol não se discute; no entanto, principalmente nos períodos eleitorais as rodas de conversas giram sempre em torno da linha tênue que separa a política partidária da religião.

         Historicamente a religião sempre andou de mãos dadas com o poder, foi assim no Egito antigo onde o Faraó era visto como a personificação da divindade, e os sacerdotes nutriam de grande estima e poder político. E assim sucedeu com vários povos, a conquista de um povo estava intimamente relacionado a força e o poder de seus deuses.

         No caso brasileiro, até 1891 quando foi promulgada a primeira constituição republicana, o catolicismo era a religião do Estado. Influência da colonização portuguesa, que usou da força na catequese dos nativos e também dos escravos africanos. Mesmo com a previsão constitucional de liberdade religiosa, o catolicismo influenciou a perseguição aos que pensavam diferentes ou possuíam uma outra religião. No início da década de 60 ocorre o Concilio Vaticano II, chamado de ecumênico e tocando em temas delicados e importantes para igreja em mundo de constantes mudanças; a tolerância com as demais religiões e os que pensavam diferentes inclusive dentro da igreja é nítida a partir do final do Concílio.

         As maneiras de ver as coisas mudaram desde a vinda, vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo, o mundo mudou, os valores mudaram, mas precisamos urgentemente retornar aos princípios de justiça, amor e compaixão; tão bem ensinados e vividos pelo Mestre e Senhor.

         Historicamente foram líderes religiosos que levantaram suas vozes contra as injustiças, a desigualdade, a opressão aos mais fracos e tudo aquilo que vai de contra aos princípios do cristianismo.
Moro no Rio de Janeiro e existem duas avenidas cortando o subúrbio, as quais sempre que passo por elas lembro de líderes religiosos que marcaram sua época numa caminhada de luta por justiça e restauração da dignidade humana; Avenida Dom Helder Câmara e Avenida Martin Luther King Jr.

         Líderes religiosos devem lutar por justiça, por respeito ao próximo, pela liberdade e pelos valores que acreditam.

Como Cristão defendo os valores e as tradições do cristianismo, acredito na compaixão, no amor, na igualdade entre os seres humanos; creio num Deus que é Senhor da história, mas que permite e respeita as escolhas que fazemos.

Somos cidadãos da Pátria celestial e da Nação Brasileira, como cidadãos do céu sejamos honestos e dignos perante Deus e as pessoas; como cidadãos brasileiros sejamos honestos e dignos perante as pessoas e perante Deus.

Todos sabemos que o Brasil precisa de mudanças, em todas as esferas do Estado. Falta ética e honestidade naqueles que dirigem o nosso povo, a polarização nos cargos executivos escondem as demandas daqueles que serão escolhidos para o legislativo; fique atento.

A liberdade para votar em quem quisermos é um direito “sagrado”, somos livres para fazermos nossas escolhas e as fazemos fundamentadas em nossas crenças. Deus não virá votar por você, a responsabilidade é sua, tão somente sua; peça ao Senhor sabedoria para exercer esse direito com muita responsabilidade.  

Cláudio Eduardo

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