domingo, 25 de abril de 2021

Uma Igreja que Aprende ... Atos dos Apóstolos 2:42-47

 

Uma Igreja que Aprende ...

Atos dos Apóstolos 2:42-47

 

Introdução:

Tomo emprestado de John Stott o título acima, citado em seu livro A IGREJA AUTÊNTICA[1], fazendo uma referência a uma Igreja viva a partir da experiência dos primeiros cristãos.

 

Estamos vivendo um tempo de extremos, inclusive no meio cristão, onde o equilíbrio parece algo inacessível. Existem aqueles que querem vivenciar a experiência da fé somente com a razão, e outros somente com as experiências místicas e as emoções.

 

Não podemos minimizar ou desprezar uma ou outra questão, vejo na Bíblia uma chamada ao equilíbrio, onde emoção e razão caminham de mãos dadas. Jesus, inclusive, ensina a respeito do maior mandamento fazendo uma citação de Deuteronômio 6:5 onde o se ensina que o fim da Lei é a obediência: Respondeu Jesus: " ‘Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento’”. (Mateus 22:37 NVI)

 

Somos chamados a sermos uma IGREJA VIVA!

 

Igreja não é organização ou empresa, temos obrigações legais e devemos cumpri-las, mas em hipótese alguma devemos usar as técnicas empresariais como se estivéssemos vendendo um produto ou entregando um serviço.

 

A igreja é um organismo vivo, onde Cristo é o Cabeça!

 

A igreja é um organismo vivo, onde temos o privilégio de sermos membros, e cada membro com funções e atribuições específica!

 

UMA IGREJA VIVA É UMA IGREJA QUE APRENDE!

 

Convido você a junto comigo lermos o texto de Atos de Apóstolos 2:42-47.

Os que aceitaram a mensagem foram batizados, e naquele dia houve um acréscimo de cerca de três mil pessoas.

Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações.

Todos estavam cheios de temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos.

Todos os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum.

Vendendo suas propriedades e bens, distribuíam a cada um conforme a sua necessidade.

Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em suas casas, e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração, louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava todos os dias os que iam sendo salvos.

 

Você acredita na possibilidade de uma Igreja que vive dessa maneira?

 

Existe possibilidade da Igreja que você é ser desse jeito?

 

 

 

I - UMA IGREJA QUE APRENDE, VALORIZA O ENSINO!

“Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos ...” (Atos 2:42)

 

Como tem sido difícil conviver com a maneira como tenho visto o menosprezo para com a área de ensino na vida da igreja moderna.

 

Aprendi, ainda na minha adolescência, que pessoas sem instruções são mais fáceis de serem controladas e dominadas.

 

E quanto falo do ensino bíblico, estou me referindo a possibilidade de que cada cristão instruído das verdades bíblicas, tenham a suas próprias experiências com o Senhor e sejam capazes de falarem com ousadia do amor de Deus.

 

Falar de ensino na Igreja é pensar no processo ensino aprendizado instituído pelo próprio Deus no plano de salvação.

 

Jesus, o Cristo, convida homens a serem seus discípulos!

 

Jesus, o Cristo, é chamado de Mestre!

 

Jesus investiu tempo no ensino a multidões e ensinos específicos aos seus apóstolos!

 

O Cristo ressurreto dedicou tempo para concretizar o seu ensino aos seus apóstolos! 

E disse-lhes: "Foi isso que eu lhes falei enquanto ainda estava com vocês: Era necessário que se cumprisse tudo o que a meu respeito estava escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos". Então lhes abriu o entendimento, para que pudessem compreender as Escrituras. (Lucas 24:44,45 NVI)

 

O Cristo ressurreto determina prioridade para que seus seguidores se dediquem ao ensino!

Então, Jesus aproximou-se deles e disse: "Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos". (Mateus 28:18-20 NVI)

 

E, ao pensar sobre o ensino na vida da Igreja, chamo a sua atenção ao cuidado que devemos ter:

O que ensinar? Como ensinar?

 

A relação entre professor e aluno, ou mestre e discípulo, é uma relação de autoridade conquistada a partir da confiança.

 

Muitas igrejas aboliram a Escola Bíblica, outras vem tratando a área de ensino como algo supérfluo ou sem valor, sem ensino estamos perdidos e a longo prazo perderemos o sentido de ser igreja.

 

O Espirito Santo organizou a primeira Escola Bíblica da Igreja Cristã, os professores foram os apóstolos, e havia três mil alunos no jardim da infância.

Eles experimentaram a experiência da salvação, fundamentado na fé, e agora estão alimentando a mente com conhecimento e entendimento.

 

Que voltemos aos primórdios e dediquemos nossas vidas a relação ensino aprendizado!

II - UMA IGREJA QUE APRENDE, CULTIVA A COMUNHÃO!

“Eles se dedicavam ... à comunhão, ao partir do pão e às orações... Partiam o pão em suas casas, e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração, ...”      (Atos 2:42;46)

 

Tenho visto em algumas igrejas aquele momento no meio da celebração, que chamam de momento de comunhão. Uma distorção em relação a verdadeiro significado da palavra.

 

Comunhão, koinonia, vida comunitária, onde os primeiros cristãos aprendem sobre os dois sentidos de algo extremamente fundamental na vida da Igreja.

Sem comunhão não existe igreja.

 

O primeiro sentido é uma perfeita comunhão com Deus Pai, o Filho e o Espírito Santo. Eles se dedicavam a oração, em seus corações havia temor e com “sinceridade de coração” louvavam ao Senhor.

 

O segundo sentido é a comunhão do corpo, da igreja, dos irmãos, o pobre não tinha vergonha da sua pobreza, os ricos não usavam de arrogância com a sua riqueza.

Todos os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum. (Atos 2:44 NVI)

Da multidão dos que creram, uma era a mente e um o coração. Ninguém considerava unicamente sua coisa alguma que possuísse, mas compartilhavam tudo o que tinham. (Atos 4:32 NVI)

 

Como em todo grupo que tem pessoas, existem problemas, mas quando deixamos o Espirito Santo guiar a nossa vida e a vida da igreja, isso não é empecilho para o desenvolvimento da missão a nós confiada.

 

Uma Igreja que ama, não precisava de ministério especifico ou de atividades para viver a verdadeira comunhão. A comunhão deve ser algo natural, fruto da nossa intimidade com Deus, e consequentemente manifestada no amor que nutrimos uns para com os outros.

 

Aqui, falo agora sobre a igreja, comunidade local, e pergunto:

- O que te faz pertencer a essa igreja?

- Você como Igreja é reconhecido de que maneira?

 

Lembre-se do que Jesus ensinou:

"Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros". (João 13:34,35 NVI)


Quem sabe os conselhos de alguém que caminhou com Jesus, esteve em Pentecostes e olhando para a igreja, ensina:

Amados, visto que Deus assim nos amou, nós também devemos amar-nos uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus; se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor está aperfeiçoado em nós.  (1 João 4:11,12 NVI)

Nós amamos porque ele nos amou primeiro. Se alguém afirmar: "Eu amo a Deus", mas odiar seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.
Ele nos deu este mandamento: Quem ama a Deus, ame também seu irmão.
(1 João 4:19-21 NVI)

 

Que amemos de verdade a Igreja, corpo de Cristo!



III - UMA IGREJA QUE APRENDE, SABE QUAL A SUA MISSÃO!

Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. ... E o Senhor lhes acrescentava todos os dias os que iam sendo salvos. (Atos 2:46,47)

 

Tenho visto cristãos tratando a igreja como uma prestadora de serviço, e vivem procurando um lugar que se sintam “bem”.

 

Uma outra questão que gosto muito de enfatizar é que não podemos definir uma igreja apenas por seu momento de celebração, a suntuosidade do seu auditório ou o número de membros que possui.

 

Somos igreja todas as horas do dia, todos os dias da semana, não existe folga ou feriado.

 

Todos os membros são importantes e precisam estar vivos e ativos espiritualmente. Alguém já disse e eu concordo:

- Quem não trabalha, dá trabalho!

 

Muitas vezes já ouvi utilizarem erradamente, sobre os primeiros cristãos estarem reunidos no pátio do templo”; hoje o templo do Espirito Santo somos nós, e o “templo” referência nesse texto é o templo de Jerusalém destruído no ano 70 d.C.

 

Qual a nossa missão como Igreja?

“E o Senhor lhes acrescentava todos os dias os que iam sendo salvos ...”

 

A nossa missão está na obediência!

 

A grande comissão é uma ordenança, a nossa missão como igreja é fazer discípulos!

 

Se não estamos fazendo discípulos, tudo mais que fizermos é supérfluo!

 

O crescimento da Igreja é algo natural, não existe formula magica e muito menos um programa infalível de crescimento.

 

A igreja que aprende vive experiências tremendas sabendo que é o Senhor que salva e acrescenta. O Senhor não acrescenta sem salvar e nem salva sem acrescentar.

 

Os primeiros cristãos não tinham vergonha de testemunharem a sua fé, eram diferentes, não transformaram a fé em comércio, nem se venderam ao mundo para caírem na graça do povo.

 

Eles aprendiam, oravam, vivenciavam a comunhão e testemunhavam; faziam tudo ao mesmo tempo, apesar de não possuírem os recursos tecnológicos e financeiro que temos hoje.

 

Que tenhamos um avivamento, onde fique claro o poder do Espirito Santo na vida da Igreja!

 

 


CONCLUSÃO!

 

Somos chamados a sermos uma igreja viva, e para isso não podemos parar de aprender, então:

*    Valorize o ensino;

*    Cultive a comunhão; e

*      Cumpra com a sua missão.

 

Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas encorajemo-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês veem que se aproxima o Dia. (Hebreus 10:25 NVI)

 

Que o Senhor nos abençoe e que sejamos igreja mesmo em meio as crises!

 

Cláudio Eduardo - Pastor



[1] Stott, John – A Igreja autêntica -  São Paulo , ABU editora, 2013.

quarta-feira, 7 de abril de 2021

UM REINO DE SACERDOTES, UMA NAÇÃO SANTA!

 

UM REINO DE SACERDOTES,

UMA NAÇÃO SANTA!

 

Logo Moisés subiu o monte para encontrar-se com Deus. E o Senhor o chamou do monte, dizendo: "Diga o seguinte aos descendentes de Jacó e declare aos israelitas: ‘... Agora, se me obedecerem fielmente e guardarem a minha aliança, vocês serão o meu tesouro pessoal dentre todas as nações. Embora toda a terra seja minha, vocês serão para mim um REINO DE SACERDOTES E UMA NAÇÃO SANTA’. Essas são as palavras que você dirá aos israelitas". (Êxodo 19:3-6 NVI)

 

Estamos vivendo dias extremamente difíceis no campo da religiosidade do povo, mercantilização da fé, profissionalização da atividade pastoral e sistematização de uma política de barganha com Deus.

 

Podemos pensar diferente sobre vários assuntos relacionados ao cristianismo, mas existem temas que não nos permite determinados tipos de interpretações.

 

Cremos no Deus único, que se revelou a homens escolhidos com a responsabilidade de o conhecerem. Cremos que o ser humano foi criado a imagem e semelhança do Criador, livre e com liberdade decidiu se afastar dos planos do Criador, e introduzindo o pecado no mundo. Cremos na Bíblia como Palavra de Deus onde não há erros, que deve ser interpretada a luz dos Evangelhos, tendo em vista a revelação progressiva alcançando o ápice em Cristo. Cremos em Jesus Cristo, no seu sacrifício na cruz, no seu resgate, justificação e acesso a Santificação.

 

Costumes, liturgias e hábitos podem ser mudados e contextualizados, desde que não estejam indo contra as verdades bíblicas.

 

Os descendentes de Jacó, Israel, são escolhidos para serem protagonista na história da salvação. É dessa nação que virá o Salvador, Cristo o Senhor.

 

A libertação da escravidão do Egito é a preparação para em Cristo encontramos a liberdade completa e total. Portanto, se o Filho os libertar, vocês de fato serão livres. (João 8:36 NVI)

 

No deserto o povo de Israel é separado, santificado e salvo para adorar e servir ao Deus eterno. Hoje o povo de Deus é a Igreja.

 

A igreja deve ser um reino de sacerdotes com acesso direto ao Senhor, que busca uma vida de intimidade com o Criador e uma vida de serviço. No deserto a Lei apresenta o relacionamento de homens e mulheres com Deus, com o seu próximo e consigo mesmo.

 

O cristianismo é relacional, e Jesus ensina que devemos valorizar os relacionamentos, cita inclusive um verso da Lei, mostrando que manteremos relacionamento com Deus e com o próximo sempre fundamentado pelo amor. Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças. (Deuteronômio 6:5 NVI)

A Igreja é chamada a ser uma nação santa, separada para o Senhor. Isso não significa que precisemos estar enclausurados em um mosteiro separado do mundo, mas sim, estarmos no mundo refletindo a santidade do Criador. Não rogo que os tires do mundo, mas que os protejas do Maligno. Eles não são do mundo, como eu também não sou. Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. (João 17:15-17 NVI)

 

Que sejamos povo de Deus!

 

Abraço,

 

Conto com suas orações,

 

Cláudio Eduardo - pastor

VAMOS PARA ROMA..

  


VAMOS PARA ROMA...

 

Gosto muito de viajar, conhecer novos lugares, fazer amizades e admirar a grandeza desse Brasil.

 

Deus me deu o privilégio de nascer na cidade do Rio de Janeiro, já foi capital federal, uma cidade cheia de encantos e desencantos.

 

Morei no Rio Grande do Norte, em Pernambuco e no Amazonas.

 

Conheci os sobreviventes da seca no sertão e os desabrigados das cheias dos rios amazônicos.

 

Somos um povo por demais religioso, a nossa fé é o que nos mantém de pé.

 

Hoje estou procurando a “Roma” do tempo de Paulo, que é muito mais que a capital do império.

 

A capital de um império que no afã das conquistas, roubava, dominava, matavam e exploravam o povo conquistado.

 

Roma lugar de promiscuidade e de abominação diante do Senhor, onde o imperador exigia ser cultuado, adorado como um deus.

 

Roma que planejava extirpar da face da terra o cristianismo, lugar onde num grande espetáculo público os cristãos eram jogados às feras, onde muitos foram queimados vivos, onde o prazer cheirava morte, morte dos crentes em Jesus.

 

Roma que afirmava:

- Esses cristãos parecem ervas daninhas, quanto mais se arranca, mais nascem.

 

É para Roma que Paulo é enviado pelo Senhor, no capítulo 23 do livro de Atos dos Apóstolos, Deus o encoraja para novos desafios. Somos humanos, “Roma “ é assustadora, o medo de novos desafios nos paralisa, a insegurança e o desconhecido nos imobiliza, e vem a pergunta:

- O que fazer?

 

Deus me quer em “Roma “, a ordem é continuar testemunhando, só resta obedecer. O Senhor lembra a sua promessa, não preciso ter medo, Ele está é sempre estará comigo.

 

Hora de levantar, na bagagem o essencial, a viagem pode parecer longa, mas não é enfadonha, o companheiro de caminhada nos abençoa todo tempo.

 

Estou indo para “Roma”, é o Senhor é quem está mandando!

 

E agora “Roma” é o lugar de testemunhar, lugar onde Deus há de manifestar a sua misericórdia e perdão, e eu tenho o privilégio de participar dessa empreitada.

 

Que a visão do Senhor encha o seu coração:

- Coragem!

 

“Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê: primeiro do judeu, depois do grego.” Romanos 1:16 NVI

 

Abraço

 

Cláudio Eduardo

terça-feira, 6 de abril de 2021

CONSELHOS DO SOGRO ...

 CONSELHOS DO SOGRO ...

 

Jetro, sacerdote de Midiã e sogro de Moisés, soube de tudo o que Deus tinha feito por Moisés e pelo povo de Israel, como o Senhor havia tirado Israel do Egito.           (Êxodo 18:1 NVI)

 

O relacionamento entre sogro e genro nem sempre é o que espera, pois, o pai não quer entregar a sua filha nas mãos de “qualquer um”.

Na verdade, normalmente, o pai não quer dividir o amor e atenção da filha com ninguém.

 

Ser sogro é um grande dilema:

- Quero o melhor para minha filha! Será que esse rapaz vai conseguir?

 

Se você tem filhas, como eu, saiba que as preocupações são reais e muitas vezes até irracionais diante da violência que enfrentamos nesse mundo.

 

Hoje, chamo a sua atenção a experiência de Moisés com o seu sogro. As atribuições de Moisés na liderança do povo eram enormes, tinha muito trabalho, era tudo muito novo, não podia errar; então ele deixa sua mulher e seus filhos na responsabilidade de seu sogro.

 

O primeiro conselho de Jetro é através de atitude, creio que como pai ele amava estar com sua filha e seus netos. Se você ainda não é avô, não tem como imaginar ter netos alegrando e dando brilho a sua casa. E Jetro mandou dizer-lhe: "Eu, seu sogro Jetro, estou indo encontrá-lo, e comigo vão sua mulher e seus dois filhos". (Êxodo 18:2 NVI)

 

Precisamos trabalhar, existem momentos que há uma exigência maior de tempo e dedicação, as cobranças são enormes, precisamos de recursos para o sustento da família, ficamos exausto, mas, não podemos negligenciar o cuidado com a família.

 

O tempo em família é um tempo preciosíssimo, valorize o afeto, escute seus filhos, sejam amigos do seu cônjuge, a família é uma instituição divina, criada antes de qualquer coisa, para que sejamos frutíferos em todos os aspectos da vida. Família é para estar juntos!

 

A demanda era enorme, Moisés exercia a liderança religiosa, política e jurídica de Israel. Estava se organizando e sistematizando a vida da nação, tanto que a Lei é um misto de relacionamento, O relacionamento do homem com Deus, com o próximo e consigo mesmo.

 

Moisés centralizava tudo em si, estava sendo consumido pela tarefa, e isso trazia grande enfado para ele e para o seu povo. A coisa não ia terminar bem, mas o sogrão chega e dá as coordenadas para que ele possa se dedicar a liderar, pois foi para isso que Deus o chamou.

Respondeu o sogro de Moisés: "O que você está fazendo não é bom”. (Êxodo 18:17 NVI)

 

Aprendo com essa experiência de Moisés e Jetro que:

- Precisamos valorizar e avaliar as opiniões externas, muitas vezes mergulhados nos problemas não conseguimos enxergar saídas, e as portas estão escancaradas a nossa frente;

- Não existe trabalho que possa servir para justificar a nossa negligencia com o cônjuge e os filhos;

- Somos peças numa grande engrenagem, vivemos em comunidade, cada pessoa tem o seu valor, a sua importância nessa grande maquina da vida; e

- Não podemos ter medo de assumirmos os nossos erros, e consertar, de preferência dando o crédito a quem nos ajudou.

 

Concluindo, os meus genros não são obrigados a seguirem os meus conselhos, eles são livres, como eu, vão errar e acertar, mas a experiência de Moisés e Jetro mostra que o sogro teve uma participação importantíssima naquele momento da vida de Israel. Moisés aceitou o conselho do sogro e fez tudo como ele tinha sugerido. (Êxodo 18:24 NVI)

 

Conto com suas orações!

 

Abraço,

 

Cláudio Eduardo - Pastor

domingo, 4 de abril de 2021

ELE, JESUS, RESSUSCITOU!...

 ELE, JESUS, RESSUSCITOU!...

 

Se é somente para esta vida que temos esperança em Cristo, dentre todos os homens somos os mais dignos de compaixão.
Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo as primícias dentre aqueles que dormiram.

(1 Coríntios 15:19,20 NVI)

 

Todos os anos celebramos a Páscoa, e as vezes entramos no automático sobre o seus significado, sua importância e seu valor para todos os cristãos.

 

Diante disso quero começar com a instituição da Páscoa para o povo de Israel:

Quando José era governador do Egito, Jacó e sua família vão morar lá. Todos os que foram para o Egito com Jacó, todos os seus descendentes, sem contar as mulheres de seus filhos, totalizaram sessenta e seis pessoas. (Gênesis 46:26 NVI)

 

Passados em torno de quatrocentos anos, os descendentes de Israel se tornam numerosos e são submetidos a um regime de escravidão.

Deus escuta o clamor do seu povo e escolhe Moises para liderar o Êxodo, não seria uma missão fácil. Faraó e a corte do Egito não iam liberar com facilidade a sua mão de obra gratuita.

 

Deus se revela a Moises, explica a sua missão, num primeiro momento num misto de medo e sentimento de incapacidade, ele tenta recusar o convite. Não era um convite e sim uma ordem do Senhor.

 

A peleja diplomática entre Moisés e Faraó começa, o governante do Egito se torna intransigente, não liberarei a minha força de trabalho.

Pragas acometem a terra do Egito. Os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó são preservados, é poder de Deus! É milagre do Senhor!

 

A décima praga é o marco para organização religiosa e política do povo de Israel. O calendário começa a contar a partir daquele dia, seria o principal mês, um momento inesquecível.

O anjo da morte passaria naquela noite ceifando todos os primogênitos, as casas que tivessem a marca do sangue do cordeiro eram poupadas, o sangue do cordeiro é sinal de vida.

 

Páscoa, libertação e manifestação do poder supremo do Senhor.

 

Na primeira páscoa aprendemos:

 

a)   A Páscoa é uma celebração comunitária e onde aprendemos a dividir, Se uma família for pequena demais para um animal inteiro, deve dividi-lo com seu vizinho mais próximo, conforme o número de pessoas e conforme o que cada um puder comer. (Êxodo 12:4 NVI)

Não existe desculpas para não celebrar e não compartilhar!

 

b)   A Páscoa é para ser celebrada com prontidão, Ao comerem, estejam prontos para sair: cinto no lugar, sandálias nos pés e cajado na mão. Comam apressadamente. Esta é a Páscoa do Senhor.  

(Êxodo 12:11 NVI)

Devemos estar preparados para ver o agir de Deus e não desculpas para não se estar pronto.

 

c)   A Páscoa é um memorial, é uma festa para não se esquecer do poder e do milagre de Deus na libertação do seu povo, "Este dia será um memorial que vocês e todos os seus descendentes o comemorarão como festa ao Senhor. Comemorem-no como decreto perpétuo.

(Êxodo 12:14 NVI)

 

d)   A Páscoa é pedagógica e mostra a responsabilidade dos pais para com seus filhos, Quando os seus filhos lhes perguntarem: ‘O que significa esta cerimônia? ’, respondam-lhes: É o sacrifício da Páscoa ao Senhor, que passou sobre as casas dos israelitas no Egito e poupou nossas casas quando matou os egípcios". Então o povo curvou-se em adoração.  

(Êxodo 12:26,27 NVI)

 

Começa o Êxodo, agora aquele pequeno grupo é uma grande multidão, Os israelitas foram de Ramessés até Sucote. Havia cerca de seiscentos mil homens a pé, além de mulheres e crianças. Grande multidão de estrangeiros de todo tipo seguiu com eles, além de grandes rebanhos, tanto de bois como de ovelhas e cabras. (Êxodo 12:37,38 NVI)

 

Então, sabemos que a vida religiosa do povo de Israel teve os seus altos e baixos, e agora chegamos no tempo de Jesus, e convido você a passearmos em três cenas distintas na vida Jesus relacionadas com a Páscoa.

 

Jesus é levado como criança ao Templo na celebração da Páscoa. O menino crescia e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele. Todos os anos seus pais iam a Jerusalém para a festa da Páscoa. Quando ele completou doze anos de idade, eles subiram à festa, conforme o costume. (Lucas 2:40-42 NVI)

 

Observamos uma família temente a Deus, e não era para ser diferente, eram os pais de Jesus o Cristo!

 

Agora, no início de seu ministério, o Evangelho de João apresenta Jesus no templo no período da celebração da Páscoa. Quando já estava chegando a Páscoa judaica, Jesus subiu a Jerusalém. No pátio do templo viu alguns vendendo bois, ovelhas e pombas, e outros assentados diante de mesas, trocando dinheiro. Então ele fez um chicote de cordas e expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e os bois; espalhou as moedas dos cambistas e virou as suas mesas. (João 2:13-15 NVI)

 

Jesus, antes de se entregar para a crucificação, apresenta o significado da Páscoa para os seus seguidores, Ele é o Cristo, o Cordeiro Pascoal, O Cordeiro de Deus!

No dia seguinte João viu Jesus aproximando-se e disse: "Vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! (João 1:29 NVI)

Um pouco antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que havia chegado o tempo em que deixaria este mundo e iria para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim.

Assim, levantou-se da mesa, tirou sua capa e colocou uma toalha em volta da cintura. Depois disso, derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos seus discípulos, enxugando-os com a toalha que estava em sua cintura.

Quando terminou de lavar-lhes os pés, Jesus tornou a vestir sua capa e voltou ao seu lugar. Então lhes perguntou: "Vocês entendem o que lhes fiz? Vocês me chamam ‘Mestre’ e ‘Senhor’, e com razão, pois eu o sou.
Pois bem, se eu, sendo Senhor e Mestre de vocês, lavei-lhes os pés, vocês também devem lavar os pés uns dos outros. Eu lhes dei o exemplo, para que vocês façam como lhes fiz.
(João 13:1;4,5;12-15 NVI)

 

Essa introdução nos ajuda a entender os fatos históricos e a ver o significado do sacrifico de Cristo no Calvário.

 

A Páscoa instituída no Egito é memorial da libertação da escravidão!

 

A Páscoa em Cristo é memorial da libertação da escravidão do pecado e da consequência dele, a morte!

 

A Páscoa instituída no Egito precisava de um animal, um cordeiro sem defeitos, para ser sacrificado em remissão dos pecados!

 

A Páscoa em Cristo, Ele mesmo é o Cordeiro de Deus!

 

A Páscoa instituída no Egito precisava de sacrifício todos os anos!

 

A Páscoa em Cristo foi uma única vez, para todo o sempre!

 

Jesus, o Cristo, foi morto numa rude cruz. Ele estava pendurado no madeiro para resgatar a humanidade do pecado e da morte!

 

Sempre enfatizei a necessidade do resgate do Jesus histórico, que na sua época era tido como um revolucionário.

 

Jesus se levantou contra a religião legalista, formal, centralizada no Templo e no sacrifício, falavam de Deus, mas estavam distantes do Senhor.

 

Jesus condenou as injustiças, a hipocrisia, e estava sempre pronto a acolher os marginalizados por um sistema corrupto e opressor.

 

Jesus é crucificado, morte dolorosa e extremamente cruel, tudo isso já havia sido predito pelos profetas. A dores foram reais, e junto com as dores estava sobre ele os pecados meus, os seus e de toda a humanidade.  Como o profeta Isaías já havia predito: “Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados. ” (Isaías 53:6 NVI)

 

A morte de Jesus, o Cristo, é Deus cumprindo a sua parte no resgate da humanidade, na cruz o grito de Jesus de “está consumado”, é declaração de liberdade, estamos livres o medo da morte e de suas consequências na eternidade. Agora temos somente que escolher se cremos e recebemos a oferta de perdão e salvação derramada pelo sangue de Jesus na cruz.

 

Mais hoje é domingo de Pascoa, Ele, Jesus o Cristo, ressuscitou!

 

Até no anuncio da sua ressurreição, Jesus quebra protocolos, foram as mulheres as primeiras a receberem a notícia que transformaria a história da humanidade, o mundo não foi mais o mesmo, passamos a contar os anos entre antes e depois de Cristo.  

 

As mulheres foram as primeiras a saber da ressurreição de Cristo porque tinham uma missão a cumprir, precisavam cuidar do corpo do homem Jesus, foram ao sepulcro para concluírem os serviços funerários, era doloroso para elas que seguiam a Jesus, mas alguém tinha que fazer.

 

Tinham o obstáculo da grande pedra que fechava o sepulcro, a única preocupação delas naquele momento (Evangelho de Marcos 16:3), não faziam ideia do que Deus havia preparado para elas naquela manhã.

 

Impacto com cena da pedra removida, medo, tumulo vazio, e a declaração que vem ecoando pelos séculos: “O anjo disse às mulheres: "Não tenham medo! Sei que vocês estão procurando Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Venham ver o lugar onde ele jazia.” (Mateus 28:5,6 NVI)

 

A ressurreição de Jesus Cristo é o momento de renovação da esperança, onde estavam os seus discípulos entre a sua morte e a sua ressurreição?

Isso não importa muito!

 

O que importa é que um pequeno grupo de homens e mulheres após o encontro com o Cristo ressurreto foram agentes de transformação da história da humanidade. A revolução que começou na palestina há mais de dois mil anos chegou até nós e vem transformando a minha vida, e espero que dia a dia transforme a sua.

 

Desde do dia da ressurreição, mentiras vem sendo propagadas a respeito desse fato de fé e esperança!

 

A Igreja em Corinto experimentava essa problemática, pessoas estavam enfatizando que a ressurreição de Jesus era um engodo.

 

O apóstolo Paulo como a seção sobre a ressurreição com uma afirmação testemunhal, ainda havia pessoas vivas que viram o Cristo ressurreto, não é um mito ou uma mentira. A ressurreição é a nossa garantia da eternidade; Jesus é o primeiro de uma multidão.

Pois o que primeiramente lhes transmiti foi o que recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e apareceu a Pedro e depois aos Doze. Depois disso apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez, a maioria dos quais ainda vive, embora alguns já tenham adormecido. (1 Coríntios 15:3-6 NVI)

 

 

Se é somente para esta vida que temos esperança em Cristo, dentre todos os homens somos os mais dignos de compaixão.
Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo as primícias dentre aqueles que dormiram.

(1 Coríntios 15:19,20 NVI)

 

1.   A RESSURREIÇÃO DE JESUS MUDOU A HISTÓRIA!

Um grupo formado por aproximadamente 120 pessoas, reunidos em Jerusalém. Seguidores do Messias, humilhado, maltratado e crucificado, encontram com o Cristo ressuscitado, deixaram o luto de lado, entenderam a sua verdadeira missão e transformaram o mundo.

 

O tempo no mundo ocidental passou a ser contado em antes e depois de Cristo. A mensagem do evangelho derrubou barreiras e conquistou o império romano, atravessou os oceanos, e chegou até nós.

  

2.   A RESSURREIÇÃO DE JESUS É A NOSSA GARANTIA DA VITÓRIA!

As coisas por aqui são passageiras, todos morreremos um dia, os personagens bíblicos do passado morreram. Familiares e amigos estão morrendo, a morte faz parte da história da vida, e enquanto Jesus não voltar, um dia chegará a nossa vez!

 

A eternidade está prometida, e aqueles que aceitarem o sacrifício de Cristo na cruz, viveram eternamente com Cristo, o Senhor e Salvador.

 

Como nossa esperança em Cristo é para o aqui e agora e para o todo sempre, cantemos de maneira triunfante o hino da vitória, ensinado por Paulo aos crentes da cidade de Corinto:

A morte foi destruída pela vitória".
"Onde está, ó morte, a sua vitória?

Onde está, ó morte, o seu aguilhão? "

O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei.
Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.
(1 Coríntios 15:54-57 NVI)



Enquanto estamos aqui, vamos obedecer e vamos trabalhar:

Portanto, meus amados irmãos, mantenham-se firmes, e que nada os abale. Sejam sempre dedicados à obra do Senhor, pois vocês sabem que, no Senhor, o trabalho de vocês não será inútil. (1 Coríntios 15:58 NVI)

 

Abraço,

 

Cláudio Eduardo - Pastor

VIDA OU MORTE… (Prosperidade ou destruição)

  VIDA OU MORTE… (Prosperidade ou destruição)     Vejam que hoje ponho diante de vocês vida e prosperidade, ou morte e destruição. ( ...