domingo, 20 de outubro de 2024

- O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM O POVO DE DEUS? - WHAT IS HAPPENING TO GOD’S PEOPLE?

 

- O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM O POVO DE DEUS?

- WHAT IS HAPPENING TO GOD’S PEOPLE?

 

O meu povo está decidido a desviar-se de mim. Embora sejam conclamados a servir ao Altíssimo, de modo algum o exaltam.             (Oséias 11.7 NVI)

 

Poderíamos caminhar na história para definirmos quem é o povo de Deus no século XXI. Tratados, doutrinas, dogmas, tradições são materiais extremamente importantes, no entanto, quando olhamos para o Deus único e verdadeiro precisamos aprender que antes de um relacionamento organizacional o relacionamento é pessoal e uma coisa não exclui a outra.

 

Em alguns momentos no Antigo Testamento Deus é chamado de Senhor dos Exércitos, em outros momentos Ele se apresenta como o “Grande Eu sou”, para alguns é o Deus que cura, em outras ocasiões é o Libertador, e devemos aprender que Deus É.

 

A maneira mais linda que aprendemos a nos relacionar com Deus foi ensinada por Jesus, é um relacionamento familiar e de plena intimidade. Podemos chama-lo de PAI, e não só isso, é um relacionamento de acolhimento de intenso cuidado. Deus não é um pai abusivo, controlador e autoritário; Ele ama intensamente e respeita aos seus filhos e filhas, o Senhor nos dá a liberdade de fazermos as nossas escolhas e assumirmos as consequências delas. O Pai pagou um altíssimo preço por nossa liberdade e não abre mão do seu imenso amor.

 

Ao invés de povo, talvez a melhor expressão seria:

- FAMÍLIA DE DEUS!

 

Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, o relacionamento de Deus com a humanidade é o de uma família de muitos filhos, onde a única condição é obedece-lo.

 

É preciso resgatar a importância de ser da FAMÍLIA DE DEUS. Os descendentes de Abraão falharam na sua missão e sofreram consequências de grande sofrimento, e muitas vezes nos perguntamos:

- Como eles puderam se afastar do Senhor?

 

Eu gosto de fazer uma pergunta diferente:

- Será que estamos tão diferentes deles?

 

Ao ler o livro de Oséias observamos a obstinação do povo e de seus lideres em fazer o que é errado aos olhos de Deus. A desobediência trouxe consequências, basta ler a história e ver as humilhações e toda destruição que eles sofreram.

 

Ao invés de servirem a Deus, decidiram serem contaminados pela idolatria dos outros povos, queriam ser modernos. Estavam mais preocupados com a popularidade do que continuarem sendo vistos com diferentes.

 

A igreja, que deveria ser o povo de Deus, está muitas vezes, cumprindo os rituais religiosos semanalmente, mas não estão investindo tempo na intimidade pessoal com o PAI.

 

Não preciso nem falar sobre a Missão, quando olho para as estatísticas vejo um crescimento estrondoso do número de evangélicos no brasil nos últimos 30 anos, no entanto, não houveram mudanças sociais. A violência, a exploração do outro, o consumo de entorpecentes e tantas outras mazelas vem crescendo de maneira assustadora.

 

Se carregamos o nome da família de Deus, se somos cristãos, se podemos declarar que o Senhor é o nosso PAI, vivamos como filhos e filhas do “GRANDE EU SOU”!

 

Que o Senhor nos abençoe nesse tempo!

 

Cláudio Eduardo – pastor

 

 

 

 

 

terça-feira, 15 de outubro de 2024

EU QUERO CONHECÊ-LO... “I WANT TO MEET YOU...”

 



EU QUERO CONHECÊ-LO...

“I WANT TO MEET YOU...”

 

“Conheçamos o Senhor; esforcemo-nos por conhecê-lo. Tão certo como nasce o sol, ele aparecerá; virá para nós como as chuvas de inverno, como as chuvas de primavera que regam a terra." (Oséias 6.3 NVI)

 

Existe uma diferença muito grande entre o conhecimento teórico e o prático. O conhecimento teórico é fruto de estudos, pesquisas, observação; já o conhecimento prático é desenvolvido a partir de uma experiencia pessoal.

 

Uma das coisas que mais incomoda uma pessoa é sobre o que falam a seu respeito, e tudo isso não vem de um encontro casual ou de algo que disseram. Para conhecermos alguém precisamos conviver, estar junto, acompanhar, buscar um relacionamento de intimidade, sermos verdadeiramente amigos.

 

Existem pessoas que com o desejo de aceitação vivem mascarando quem verdadeiramente são, e sofrem por isso. Para conhecermos a alguém, no sentido completo da palavra, precisamos estar disponíveis para vivermos um relacionamento sem mascaras, ou melhor, sem hipocrisia.

 

Uma pergunta interessante sobre transparência é:

- Quem é você quando ninguém está olhando?

 

O Criador nos fez a sua imagem e semelhança, o Deus eterno nos dá a oportunidade de sermos seus filhos e filhas, o Senhor se revela a humanidade pelos profetas e no ápice da sua revelação através de Jesus Cristo. “Há muito tempo Deus falou muitas vezes e de várias maneiras aos nossos antepassados por meio dos profetas, mas nestes últimos dias falou-nos por meio do Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e por meio de quem fez o universo”. (Hebreus 1.1,2 NVI)

 

Muito mais do que momentos litúrgicos repassados pela tradição, Deus nos convida a um relacionamento de intimidade e sinceridade com Ele. Somos convidados a caminharmos com o Senhor, a sermos seus amigos, a podermos gritar em alta voz que somos seus filhos.

 

Com forme o profeta Oséias, conhecer a Deus é essencial, é restaurador, é frutífero, é vida!

 

O conhecimento de Deus é como a chuva que restaura o verde e faz florescer, é desse jeito que devemos escolher viver. Teremos trabalho, precisamos nos esforçar, não podemos desistir, é um processo constante, não termina nessa vida, estamos nos preparando para morar eternamente com Ele.

 

Conhecer a Deus não é teórico, não se trata de rituais religiosos, repetições de orações, fazer ou não fazer parte de uma comunidade religiosa. Só é possível conhecer a Deus quando passamos a ouvir a sua voz através da sua Palavra, a Bíblia, e decidimos voluntariamente obedecê-lo. No ato de obediência aprendemos a fazer a sua vontade e queremos mais e mais conhecê-lo. O conhecer a Deus é interminável.

 

Então, vivamos o processo dia a dia sabendo que o quanto mais conhecemos de Deus, mais ele é visto através de nós.

 

O nosso relacionamento com Deus é um relacionamento de amor.

“Nós amamos porque ele nos amou primeiro.  Se alguém afirmar: "Eu amo a Deus", mas odiar seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.  Ele nos deu este mandamento: Quem ama a Deus, ame também seu irmão”. (1 João 4.19-21 NVI)

 

 

Que Deus nos abençoe!

 

Cláudio Eduardo – pastor

segunda-feira, 14 de outubro de 2024

UM DIA A CONTA CHEGA... “ONE DAY THE BILL ARRIVES...”

 


UM DIA A CONTA CHEGA...

“ONE DAY THE BILL ARRIVES...”

 

“Israelitas, ouçam a palavra do Senhor, porque o Senhor tem uma acusação contra vocês que vivem nesta terra: "A fidelidade e o amor desapareceram desta terra, como também o conhecimento de Deus. Só se veem maldição, mentira e assassinatos, roubo e mais roubo, adultério mais adultério; ultrapassam todos os limites! E o derramamento de sangue é constante." (Oséias 4.1,2 NVI)

 

As coisas estão ficando cada vez mais difíceis, não sabemos em quem confiar, estamos a mercê da insegurança, corrupção, descaso com a vida humana, famílias sendo atacadas e uma busca incessante em deturpar a verdade. Poderíamos dizer que não existem expectativas de mudança, a humanidade decidiu se autodestruir.  

 

Espera um pouco:

- A quem o profeta está falando?

- O que a história nos mostra?

 

Estamos lendo o livro do profeta Oséias, e o povo de Deus (Israel e Judá) estavam caminhando ladeira abaixo, e sem freio. As profecias são destinadas ao povo de Deus naquela época, com aplicação aos nossos dias. O povo de Deus hoje é a “igreja”, pessoas que declaram professar uma fé em Jesus Cristo.

 

A corrupção do povo de Deus é clara, e as consequências são vistas na sua sociedade.

 

A liderança religiosa decidiu abandonar o conhecimento de Deus e viver em cima de mentiras, a idolatria contamina a nação, deixaram de ensinar a verdade e se tornaram conivente com o pecado.

- Hoje será que é muito diferente?

 

O povo “escolheu ser enganado” e decidiram abandonar a Deus e seus ensinos. Quanto mais ganhavam dinheiro, mais se afundavam numa vida pecaminosa. Escolheram viver uma vida espiritual de faz de contas, cumpriam ritos mesclados com idolatria e não se preocupam com as consequências.

- Hoje será que é muito diferente?

 

As consequências atingiram a todos!

Pobreza, medo, submissão ao inimigo, perca da identidade e da dignidade.

 

A arrogância de Israel testifica contra eles; Israel e Efraim tropeçam em seu pecado; Judá também tropeça com eles. (Oséias 5.5 NVI)

 

Finalizo, hoje, chamando a sua atenção as consequências da omissão e da superficialidade. A igreja precisa assumir o seu papel nesse tempo. Melhor, eu e você temos que ser sal da terra e luz do mundo nesse tempo.

 

Que Deus nos abençoe!

 

Cláudio Eduardo – pastor

 

 

“Israelitas, ouçam a palavra do Senhor, porque o Senhor tem uma acusação contra vocês que vivem nesta terra: "A fidelidade e o amor desapareceram desta terra, como também o conhecimento de Deus. Só se veem maldição, mentira e assassinatos, roubo e mais roubo, adultério mais adultério; ultrapassam todos os limites! E o derramamento de sangue é constante." (Oséias 4.1,2 NVI)

 

As coisas estão ficando cada vez mais difíceis, não sabemos em quem confiar, estamos a mercê da insegurança, corrupção, descaso com a vida humana, famílias sendo atacadas e uma busca incessante em deturpar a verdade. Poderíamos dizer que não existem expectativas de mudança, a humanidade decidiu se autodestruir.  

 

Espera um pouco:

- A quem o profeta está falando?

- O que a história nos mostra?

 

Estamos lendo o livro do profeta Oséias, e o povo de Deus (Israel e Judá) estavam caminhando ladeira abaixo, e sem freio. As profecias são destinadas ao povo de Deus naquela época, com aplicação aos nossos dias. O povo de Deus hoje é a “igreja”, pessoas que declaram professar uma fé em Jesus Cristo.

 

A corrupção do povo de Deus é clara, e as consequências são vistas na sua sociedade.

 

A liderança religiosa decidiu abandonar o conhecimento de Deus e viver em cima de mentiras, a idolatria contamina a nação, deixaram de ensinar a verdade e se tornaram conivente com o pecado.

- Hoje será que é muito diferente?

 

O povo “escolheu ser enganado” e decidiram abandonar a Deus e seus ensinos. Quanto mais ganhavam dinheiro, mais se afundavam numa vida pecaminosa. Escolheram viver uma vida espiritual de faz de contas, cumpriam ritos mesclados com idolatria e não se preocupam com as consequências.

- Hoje será que é muito diferente?

 

As consequências atingiram a todos!

Pobreza, medo, submissão ao inimigo, perca da identidade e da dignidade.

 

A arrogância de Israel testifica contra eles; Israel e Efraim tropeçam em seu pecado; Judá também tropeça com eles. (Oséias 5.5 NVI)

 

Finalizo, hoje, chamando a sua atenção as consequências da omissão e da superficialidade. A igreja precisa assumir o seu papel nesse tempo. Melhor, eu e você temos que ser sal da terra e luz do mundo nesse tempo.

 

Que Deus nos abençoe!

 

Cláudio Eduardo – pastor

 


sábado, 12 de outubro de 2024

QUE PRESENTE DAREMOS À CRIANÇA? WHAT GIFTS WILL WE GIVE THE CHILD?

 










QUE PRESENTE

DAREMOS À CRIANÇA?

WHAT GIFTS WILL WE GIVE THE CHILD?

 

“Ao entrarem na casa, viram o menino com Maria,

sua mãe, e, prostrando-se, o adoraram.

Então abriram os seus tesouros e

lhe deram presentes: ouro, incenso e mirra”.

(Mateus 2.11 NVI)

 

Hoje no Brasil comemoramos o dia das crianças, uma data esperada por alguns, superavaliada por outros e ignorada por muitos.  Quando esperávamos mudanças sociais no século XXI trazendo respeito e dignidade a todos, parece que estamos vivendo um grande retrocesso. Poderíamos afirmar que o Brasil possui leis muito boas na defesa do direito da criança e do adolescente, o problema é a aplicação das mesmas e a formação de uma sociedade justa e igualitária.

 

Falando de leis, depois da exploração das crianças em trabalhos degradantes e desumanos, altíssimo índice de analfabetismo, trafico de crianças para todos os tipos de exploração, no início do século XX o mundo começou a despertar para a necessidade de dignidade as crianças e punição dos agressores. No Brasil temos um decreto presidencial de 5 de novembro de 1924 instituindo o dia 12 de outubro para comemorar em todo território nacional a festa da criança.[1]

 

São 100 anos que essa data deveria ser comemorada com ações concretas de conscientização do valor e da responsabilidade de se construir um mundo melhor para as novas gerações.

 

Algumas perguntas me incomodam:

- Que mudo queremos deixar para as novas gerações?

- Como estamos olhando para as crianças no contexto político, social, espiritual e familiar?

- Que princípios e valores estão sendo transmitidos as novas gerações?

 

Na década de 60 do século passado algumas empresas de brinquedos infantis viram uma poderosa ação de marketing com esse dia, vamos comprar bonecas, bolas, carrinhos e presentear as crianças. O comercio começou a explorar a data comercialmente, pessoas bondosas começaram a distribuir presentes as crianças em situação de pobreza, festas começaram a ser realizadas nas escolas, condomínios, shopping e até nas comunidades religiosas.  

 

Pensando sobre essa data, fica a pergunta:

- O dia das crianças é só 12 de outubro?

 

Todas as crianças são detentoras de direitos, precisam ser protegidas e respeitadas. As crianças precisam de cuidados intensos com a sua saúde física, emocional e espiritual. Estamos construindo uma nova geração de homens e mulheres saudáveis, vivendo com dignidade e dando continuidade no processo de construção de um mundo melhor.

 

Pensando nessa data, viajei na minha imaginação a palestina, uma cidade insignificante do grande império romano, na casa de um jovem casal que haviam tido um filho e ainda estavam vivendo a experiencia de terem a responsabilidade de cuidar do Salvador, o nome da criança era Jesus, também chamado de Emanuel, um reboliço estava a ocorrer, visitas especiais vieram conhecer o bebê. Depois dessa visita tudo seria diferente.

 

Os visitantes trouxeram presentes! Como visitar uma criança sem levar um presente?

 

Os presentes foram preciosos, cada um trazia um significado para a vida da criança, eram necessários, o valor era imensurável, os visitantes sabiam o poder daquela criança. Era um tesouro, ouro, incenso e mirra.

 

No decorrer da história vários significados foram dados a cada um dos presentes recebidos por Jesus quando criança, no entanto, quero me deter ao fato de que ele ganhou algo valioso e com grande significado para sua vida, o Rei dos reis, o Deus eterno sendo reconhecido e adorado e o seu amor na sua humanidade para nos dar a salvação.

 

Que esse dia seja de reflexão!

 

Que você seja instrumento nas mãos de Deus para fazer com que a preciosa mensagem do evangelho alcance as crianças!

 

Então disse Jesus: "Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas". (Mateus 19.14 NVI)

 

 

Abraço,

 

Cláudio Eduardo – pastor

 

 

No dia 12 de outubro, dia das crianças no Brasil, lembre que o melhor presente para muitas crianças é um abraço, é ser ouvida, é ser tratada com amor e dignidade!

 

 

dio Eduardo - pastor



[1] https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1920-1929/decreto-4867-5-novembro-1924-566474-publicacaooriginal-90038-pl.html


quinta-feira, 10 de outubro de 2024

LEMBRANÇAS DE CRIANÇAS! (parte 2) CHILDHOOD MEMORIES!

 


LEMBRANÇAS DE CRIANÇAS! (parte 2)

CHILDHOOD MEMORIES!

 




Então disse Jesus: 
"Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas"

(Mateus 19.14 NVI)

 

Somos marcados por nossas lembranças, e precisamos ter o máximo de cuidado sobre que tipo de lembranças estamos construindo nas crianças a nossa volta!

 

O ambiente familiar e extremamente marcante, inclusive as experiências intrauterinas, normalmente estamos cercados de afetos e cuidados, a chegada de uma criança é cheia expectativas, uma festa onde a criança vem ao mundo sendo muito amada. Essa seria a condição ideal, mas infelizmente nem sempre é assim!

 

Conhecemos histórias de crianças rejeitadas, de famílias toxicas, de faltando o mínimo de dignidade, vivendo em situação de desnutrição, exploração e violência. Crianças que não possuem sonhos, que não sabem e nem tem expectativas sobre o amanhã. Crianças que estão vivendo em situação de rua, outras sofrendo os horrores da violência urbana. O que se dizer das crianças que estão em zona de guerra, onde suas mortes são esquecidas tão rápido.

 

Olhando para algumas das necessidades básicas, saúde, educação e segurança; como podem no futuro algumas crianças competirem num mundo cruel, onde alguns tem acesso a educação de qualidade e outros não, onde para alguns há uma atenção extraordinária a saúde e outros estão morrendo ou ficando com sequelas sem o atendimento necessário. Segurança, estamos todos inseguros, a violência urbana é cruel, mas alguns estão protegidos em condomínios, possuem casas aconchegantes, enquanto outros ficam parte do ano sem irem a escola de a operações policiais e existem aqueles que dentro de suas residências foram atingidos por projeteis cruéis que depois de lançados saem em busca das suas vítimas.

 

Ao invés de assumirmos a nossa parcela de responsabilidade, vivemos procurando culpados. O Estado, a sociedade, o contexto político, as ideologias, e para aqueles que querem espiritualizar tudo é o inimigo.

 

Então, fica a pergunta:

- Onde está a IGREJA?

 

Não estou falando de organização religiosa, pergunto sobre o corpo de Cristo, aqueles que um dia tiveram suas vidas transformadas pela preciosa mensagem do evangelho de Jesus Cristo.

 

Quando criança morava numa região pobre da cidade, minha vida era boa, tinha tudo que era necessário para uma criança daquela época. Era início da década de 70, tinha sete anos, o mundo estava passando por uma grande revolução cultural e política, a busca pela chamada liberdade era intensa, todos queriam se sentir livre. Meu contato com a Bíblia era diário, estava numa busca incessante por liberdade.

 

Sempre dava atenção as “coisas de Deus”, alguns adultos até diziam que eu dia seria pastor. Era uma época de evangelização na rua, e dominicalmente tinha um “ar livre”[1] próximo a minha casa, não sei qual era a igreja, mas uma coisa ficou marcada na minha vida, as mensagens agressivas sobre a ida dos ímpios para o inferno e a forma com encerravam a atividade. Depois da mensagem o dirigente de maneira autoritária afirmava que as mãos deles estavam limpas do nosso sangue e que o problema era nosso, e cantavam um hino que começava em seu primeiro verso assim:

A nova do evangelho

Já se fez ouvir aqui

Boas-novas tão alegres

Elas são pra quem ouvir

Assim Deus nos amou

Sim, a cada pecador

Quem nos deu seu Filho amado

Pra sofrer a nossa dor

 

Depois que me converti comecei a intender melhor a letra da música, mas a lembrança e o sentimento eram de revolta.

- Como podem dizer que estão ali cumprindo uma obrigação e não fazerem nenhuma ação concreta de manifestação de amor?

- Qual as alternativas estavam dando as crianças?

- Quando uma família perdia seus filhos para a violência onde estava a Igreja?

 

Tive muita dificuldade em me render a Cristo, passei a ser um critico ferrenho do evangelho hipócrita, sem atitudes, de um amor teórico sem nenhuma manifestação prática. Fui alcançado e transformado por Jesus Cristo, mas até hoje quando volto no tempo, me pergunto:

- Se fosse Jesus numa favela carioca cercada por pobreza e violência como ele apresentaria a sua mensagem?

 

Hoje sou pastor, vejo o mundo com a experiencia da idade, e continuo incomodado com igrejas cheias aos domingos falando de amor e no restante da semana sendo indiferentes a necessidade do próximo.

 

Jesus, o Cristo, pregava com autoridade, falava a multidões e acolhia individualmente os marginalizados, ele cuidava de pessoas. Jesus entrava na casa de pessoas socialmente mal vistas, protegia prostituta, quebrava protocolos para acolher os necessitados. O palco de Cristo foi a cruz e seus seguidores foram chamados a serem protagonistas no cumprimento da missão.

 

Santa paz e perdão

São as novas lá nos céus

Santa paz e perdão

É bendito o nosso Deus

 

Vários episódios religiosos vêm a minha lembrança, no entanto, esse me marcou pela hipocrisia e a falta de empatia, como cantar santa paz num lugar que os tiroteios eram constante. Hoje entendo, sei o que significa essa paz, mas no meu entendimento de criança era algo inacessível.

 

Abraço,

 

Cláudio Eduardo – pastor

 

 

No dia 12 de outubro, dia das crianças no Brasil, lembre que o melhor presente para muitas crianças é um abraço, é ser ouvida, é ser tratada com amor e dignidade!



[1] Culto feito na rua!

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

LEMBRANÇAS DE CRIANÇAS! CHILDHOOD MEMORIES!

 

LEMBRANÇAS DE CRIANÇAS!

CHILDHOOD MEMORIES!

 

“Em tua bondade, lembra-te de mim, ó meu Deus”.

(Neemias 13.31 NVI)

 

Hoje convidar você a refletir sobre o seu tempo de criança, traga as boas lembranças, as pessoas que marcaram sua vida, suas brincadeiras e seus amigos. Seu primeiro dia de aula, a sua primeira professora, os presentes nos dias da criança ou no seu aniversário. Se eu consigo, creio que você consegue!

 

Na minha memória trago a lembrança a casa da minha avó materna, ainda tinha um fogão a lenha, a comida era uma delícia, estou ficando com a boca cheia d’água.

 

Eu tinha um tio que quando eu ia visita-lo sempre inventava alguma coisa, sua casa tinha um terreno com várias plantações, inclusive pés de laranja; ele teve o trabalho de comprar tangerinas e amarra-las nos pés de laranja para podermos colher a fruta no pé. Até hoje ainda lembro daquela tarde me deliciando com tangerinas colhidas do pé.

 

Eu gostava muito da minha primeira escola, o acolhimento e o cuidado dos funcionários, a atenção e paciência das minhas professoras, a oportunidade de hastear a Bandeira Nacional, fui guarda de honra da bandeira, e andava todo orgulhoso com as fitinhas verde e amarela na gola da minha camisa.

 

Quando criança me apaixonei pela Palavra de Deus, antes dos doze anos já havia lido toda a Bíblia, aprendi a ler com a Bíblia, haviam palavras que eu não entendia, pedia aos meus pais um dicionário, que alegria poder ampliar o meu vocabulário.

 

Cresci, a vida vem deixando marcas, muitas marcas boas, outras nem tanto, mas todas servem para o meu crescimento. Temos uma história, fazemos parte de uma nação, vivemos em família, temos nossas crenças e não é saudável fugirmos de quem somos, pelo contrário precisamos enfrentar os nossos medos, encararmos com coragem os desafios e vivermos os sonhos de Deus.

 

Ao lermos a ultima frase do livro de Neemias aprendemos que a nossa prioridade deve ser obedecer a Deus e não podemos ficar inerte diante da maldade que assola a humanidade. Neemias sai do conforto e da estabilidade para viver uma belíssima aventura, ele nasceu no cativeiro babilônico, não conhecia o esplendor e a riqueza do passado de Jerusalém, sabia do sofrimento e da miséria que assolava as pessoas em Judá, sabia que algo precisava ser feito.

 

A intimidade com Deus foi essencial, a oração não era opção e sim necessidade, conversar com Deus, ouvir a sua direção e estar disposto ao seu agir.

 

Era comum na história de Israel contar as crianças como o Senhor era presente em suas lutas, a genealogia, as histórias dos patriarcas, o êxodo do Egito e a peregrinação pelo deserto, as guerras, as vitórias, as derrotas, o cativeiro; Deus é o Senhor da história daqueles que decidem ser o seu povo.

 

- O que estamos contando as crianças?

- Que histórias estão sendo relevantes na vida das crianças?

 

Chegamos ao fim do livro de Neemias, uma reforma social e religiosa foi necessária, o povo reconhece seus erros e assume o compromisso de mudanças.

 

Uma reforma de verdade na vida do povo, é necessário expurgar tudo aquilo que desagrada ao Senhor; não podemos permitir qualquer tipo de atitude que contamine o povo de Deus.

 

Hoje, a igreja é o povo de Deus[1]!

Temos o privilégio de sermos filhos de Deus[2]!

O templo do Senhor é a nossa vida[3]!

 

As histórias contadas a Neemias marcaram a sua vida, ajudaram a formar o seu caráter e construíram suas crenças. Seu nome não foi esquecido pela história, ele se colocou a disposição do Senhor para servir pessoas.

Deus não se esquece de nós, mas respeita as nossas escolhas[4]!

 

Faça uma autobiografia, veja o quanto Deus tem sido presente em sua vida, agradeça por sua bondade e sua misericórdia, expurgue tudo que desagrade ao Senhor e esteja pronto a restaurar o que está em ruinas.

 

Abraço,

 

Cláudio Eduardo – pastor

 

 

No dia 12 de outubro, dia das crianças no Brasil, lembre que o melhor presente para muitas crianças é um abraço, é ser ouvida, é ser tratada com amor e dignidade!



Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.  Antes vocês nem sequer eram povo, mas agora são povo de Deus; não haviam recebido misericórdia, mas agora a receberam. (1 Pedro 2.9,10 NVI)

[2] Vejam como é grande o amor que o Pai nos concedeu: que fôssemos chamados filhos de Deus, o que de fato somos! Por isso o mundo não nos conhece, porque não o conheceu. (1 João 3.1 NVI)

[3] Vocês não sabem que são santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vocês? (1 Coríntios 3.16 NVI)

[4] "Será que uma mãe pode esquecer do seu bebê que ainda mama e não ter compaixão do filho que gerou? Embora ela possa se esquecer, eu não me esquecerei de você! (Isaias 49.15 NVI)

 

PECADO NÃO TEM TAMANHO… SIN HAS NO SIZE…

  PECADO NÃO TEM TAMANHO…   “Assim diz o Senhor: “Por três transgressões de Judá, e ainda mais por quatro, não anularei o castigo. Porqu...