RESGATANDO A SIMPLICIDADE DA IGREJA
“...Sobre
esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão
contra ela”. (Mateus 16:18 ARA)
Sou apaixonado por
história, pois entendo, como alguém já disse, que “estudamos o passado para não
cometermos os mesmos erros no futuro”. Vários pensadores nos mostram a face pedagógica
do estudo da história, lembrar do passado nos impulsiona a sonharmos com um
futuro muito melhor. “Aqueles que não
conseguem lembrar do passado estão condenados a repeti-lo”. (George Santayana)
“Aqueles que não conhecem a história estão fadados a
repeti-la”. (Edmund Burke).
Desde de a antiguidade somos motivados a manter
viva a história para podermos avançar. Ainda no deserto, preste a conquista da
terra prometida, o povo é advertido a nunca esquecer o que Deus fez: “...tenham cuidado! Não esqueçam o Senhor
que os tirou do Egito, da terra da escravidão”. (Deuteronômio 6:12,13 NVI)
A Igreja desde o seu início tem uma linda história,
e vem a pergunta:
- O que estamos fazendo com tudo que sabemos que
aconteceu?
O passado nos apresenta o que deu certo e que deu
errado. Não devemos ter medo de errar, mas quando se trata da igreja não temos
que criar, precisamos apensas obedecer.
A celebração das ordenanças do batismo e da ceia
são exemplos claros para mantermos a história da igreja e a nossa história
pessoal sempre viva. No batismo declaramos de onde saímos e para onde estamos
indo. Na celebração da ceia trazemos a memória a prova do grande amor de Deus.
Vamos começar a olhar para a história da igreja e
vermos onde estamos nos perdendo na caminhada. Um pequeno grupo de aproximadamente
120 pessoas começam mudando a história de uma cidade, com ousadia mudam a
história de uma região, entendendo qual é a missão mudam a história de um
império e vão a todos os lugares possíveis na sua época.
Se hoje falamos sobre a igreja é porque a sua força
extrapola a tudo que conhecemos, é o poder de Deus usando homens e mulheres no
cumprimento de uma missão que é fazer o nome do Senhor conhecido.
Jesus convida homens e mulheres a segui-lo, ele deu
o exemplo, o Rei dos reis e Senhor dos senhores se fez como um de nós, viveu
nossas experiências, sentiu nossas dores e nos mostrou a maneira correta de
agir. O problema é que falamos de Jesus e o conhecemos tão pouco. (Quantas
vezes você já leu os Evangelho?)
São quatro Evangelhos, oportunidade de conhecer a
Jesus a partir de quatro visões diferente para que a história não se perca.
Precisamos restaurar a simplicidade da Igreja, a falarmos a língua do povo, a
estarmos juntos com pessoas, a sermos empático, a chorarmos com aqueles que
estão triste e nos alegrarmos com os que estão em festa. “ Para isso vocês foram chamados, pois também Cristo sofreu no lugar de
vocês, deixando-lhes exemplo, para
que sigam os seus passos”. (1
Pedro 2:21 NVI)
A simplicidade da igreja começa no seu modo de
viver e de ver a pessoas, tinham tudo em comum. Não haviam entre eles ninguém
maior ou menor, e se isso acontecia era logo extirpado. Todos eram “servos” (a
palavra “servo” significava para eles escravos”.
A mensagem se restringia a simplicidade do
Evangelho, uma mensagem clara, objetiva e direta. Não ficavam com “rodeios”
para condenar o pecado e não tinham medo de serem condenados pelo “mundo”, o
compromisso com a verdade estava acima das normas sociais do “politicamente
correto”.
Jesus estava cercado de pessoas que pecavam, seus
seguidores eram gente do povo que dificilmente seriam convidados para uma
função de liderança nos nossos dias. Não tinham tido a oportunidade da educação
formal de sua época, não pertenciam a liderança religiosa ou a famílias influentes,
na maioria homens com as mãos calejadas do árduo trabalho do dia-a-dia. O próprio
Cristo era conhecido como o filho do carpinteiro.
Quando a igreja abre mão de seus princípios e
valores ela perde a sua capacidade de transformação da sociedade da sua época,
e consequentemente comete erros que foram desastrosos na sua história.
Em momento algum desmereço a formação acadêmica, a
considero muito importante, mas de nada adianta se não tivermos a consciência de
que o convite de Jesus é para segui-lo. “E
quem não toma a sua cruz e não me segue,
não é digno de mim”. (Mateus 10:38 NVI). “Então
ele chamou a multidão e os discípulos e disse: "Se alguém quiser
acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”. (Marcos 8:34 NVI)
“Quem me serve precisa seguir-me; e, onde estou, o meu servo
também estará. Aquele que me serve, meu Pai o honrará”. (João 12:26 NVI)
Ser simples não significa ser medíocre, fazendo as
coisas de qualquer maneira, sendo relaxado com as funções ou os ministérios a nos
confiados.
Viver a simplicidade da igreja é ser a igreja de
seguidores de Jesus que se esmeram seguido o seu exemplo.
Viver a simplicidade da igreja é pregar contra o
pecado, fazendo-o sempre em amor.
Viver a simplicidade da igreja é falar de maneira inteligível,
Jesus falava a língua do povo e quando o assunto era complexo usava de parábolas.
Viver a simplicidade da igreja é saber acolher os
marginalizados resgatando-os a dignidade mostrando que Deus não faz acepção de
pessoas.
Viver a simplicidade da igreja é saber que somos
estrangeiros nesse mundo e estamos nos preparando para a eternidade junto com
Deus.
Viver a simplicidade da igreja é compreendermos que
o Senhor da igreja é Jesus Cristo, que ele já deixou as diretrizes, que não
temos nada a inventar, que precisamos tão somente obedece-lo.
Louvado seja Deus, que escolheu homens e mulheres
para viverem esse tempo sendo o seu povo, a sua igreja. A igreja que em
simplicidade é poderosa e nada pode vencê-la. A igreja vitoriosa do passado, do
presente e gloriosa do futuro.
Que o Senhor da Igreja abra os nossos olhos para os
campos que estão prontos para a colheita!
Abraço,
Cláudio
Eduardo – pastor
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Observação:
Ao usar a palavra IGREJA nesse texto me refiro a
todos os cristãos que de alguma maneira declaram seguir a Cristo!