sábado, 13 de abril de 2019

SUBINDO ATÉ BETÂNIA ...


SUBINDO ATÉ BETÂNIA ...

Seis dias antes da Páscoa Jesus chegou a Betânia, onde vivia Lázaro, a quem ressuscitara dos mortos. (João 12.1 NVI)

Sempre considerei que a igreja precisa viver na prática do dia-a-dia o seu relacionamento com Deus. De nada adianta um culto com música de excelente qualidade, cadeiras confortáveis, ar condicionado, boa literatura, e mensagens que mechem emocionalmente; se tudo isso não nos motivarmos à pratica do amor ao próximo.

Uma pergunta que sempre me incomodou é:
QUEM É JESUS PARA VOCÊ?

Essa pergunta me incomoda, não pelo que Jesus é, mas sim pelo que penso a respeito dele.  O que penso a respeito de uma pessoa certamente definirá que tipo de relacionamento terei com ele.

Voltando no tempo de Jesus, a expectativa da vinda do Messias era muito presente na vida dos judeus. Eles esperavam o Ungido de Deus como alguém imponente, que libertaria o povo do julgo das outras nações. A esperança era de um rei, um rei político, guerreiro e libertador. Para os judeus do século I, Jesus nada tinha a ver com suas expectativas.

Acompanhar Jesus na semana que antecede a crucificação e ressurreição, é estar junto a Ele na aula intensiva em busca da excelência. Excelência na intimidade com o Pai, excelência no cumprimento da missão, excelência numa vida de amor a Deus e ao próximo.

Estamos há seis dias da páscoa dos judeus, o Senhor Jesus está consciente de que está chegando a sua hora. O inferno e a morte serão vencidos para todo a sempre. A humanidade será resgatada, num ato de dor e muita covardia de homens cruéis, será manifesto a maior prova de amor.

Jesus está em Betânia, uma vila que ficava há três quilômetros de Jerusalém. Até a sua prisão, Betânia será o lugar de descanso e preparação para os dias intensos que virão.                            

Jesus tem amigos, valoriza relacionamentos, mostra afeição e compaixão. Esse é o Messias que os evangelhos apresentam, e muitas vezes esquecido pela liderança religiosa de nosso tempo.

Ali, após uma deliciosa refeição, aquela família oferecia o seu melhor ao Senhor, Marta servia, Lazaro estava reclinado a mesa e Maria surpreende ungindo os pés de Jesus.

Lavar os pés dos hospedes era uma função humilhante destinada aos escravos, água era mais do que suficiente. Maria usa um perfume caríssimo, o valor equivalente ao que um trabalhador levaria um ano para receber. Jesus merecia, e continua merecendo o melhor.

Um dos discípulos, o traidor, crítico da atitude de Maria. Afinal de contas, ele cuidava das finanças dos apóstolos surrupiando parte para o seu bolso. Um ladrão, corrupto, perdendo a oportunidade de perdão e transformação, usufruindo da oportunidade de caminhar e tocar no Mestre.

Em Betânia Jesus fez amigos, tinha uma casa que o acolhia.

Em Betânia Jesus chorou (João 11.35) pela condição humana de enfrentar a morte e declara a mais bela promessa: Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente. (João 11.25,26)

Em Betânia, mesmo em meio a toda turbulência religiosa de sua época, Jesus ouve uma profissão de fé que ecoará por toda eternidade: Ela lhe respondeu: "Sim, Senhor, eu tenho crido que tu és o Cristo, o Filho de Deus que devia vir ao mundo". (João 11.27)

Em Betânia Jesus ressuscita a Lazaro, manifestando a grandeza do seu poder.

Que possamos subir diariamente até Betânia oferecendo o nosso melhor para Jesus, Senhor e Salvador.

Pr Cláudio Eduardo

OBS:
Durante seis anos tive a oportunidade de ser abençoado como líder da Igreja Batista Betânia em Gravatá, Pernambuco, que carinhosamente chamava de família Betânia.
Lugar de acolhida, onde o amor e a amizade nos ajudaram a vencer as adversidades.
Lugar de milagre e da manifestação do poder de Deus.
Dedico com carinho esse texto à “Família Betânia”, povo de Deus nesta cidade, chamados para “Construir uma nova geração”.

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