SUBINDO
ATÉ BETÂNIA ...
Seis dias antes da Páscoa Jesus chegou a Betânia, onde vivia Lázaro, a
quem ressuscitara dos mortos. (João 12.1 NVI)
Sempre considerei que a igreja precisa viver na
prática do dia-a-dia o seu relacionamento com Deus. De nada adianta um culto
com música de excelente qualidade, cadeiras confortáveis, ar condicionado, boa
literatura, e mensagens que mechem emocionalmente; se tudo isso não nos
motivarmos à pratica do amor ao próximo.
Uma pergunta que sempre me incomodou é:
QUEM É JESUS PARA VOCÊ?
Essa pergunta me incomoda, não pelo que Jesus
é, mas sim pelo que penso a respeito dele.
O que penso a respeito de uma pessoa certamente definirá que tipo de
relacionamento terei com ele.
Voltando no tempo de Jesus, a expectativa da
vinda do Messias era muito presente na vida dos judeus. Eles esperavam o Ungido
de Deus como alguém imponente, que libertaria o povo do julgo das outras
nações. A esperança era de um rei, um rei político, guerreiro e libertador.
Para os judeus do século I, Jesus nada tinha a ver com suas expectativas.
Acompanhar Jesus na semana que antecede a crucificação
e ressurreição, é estar junto a Ele na aula intensiva em busca da excelência. Excelência
na intimidade com o Pai, excelência no cumprimento da missão, excelência numa
vida de amor a Deus e ao próximo.
Estamos há seis dias da páscoa dos judeus, o
Senhor Jesus está consciente de que está chegando a sua hora. O inferno e a
morte serão vencidos para todo a sempre. A humanidade será resgatada, num ato
de dor e muita covardia de homens cruéis, será manifesto a maior prova de amor.
Jesus está em Betânia, uma vila que ficava há
três quilômetros de Jerusalém. Até a sua prisão, Betânia será o lugar de
descanso e preparação para os dias intensos que virão.
Jesus tem amigos, valoriza relacionamentos,
mostra afeição e compaixão. Esse é o Messias que os evangelhos apresentam, e
muitas vezes esquecido pela liderança religiosa de nosso tempo.
Ali, após uma deliciosa refeição, aquela família
oferecia o seu melhor ao Senhor, Marta servia, Lazaro estava reclinado a mesa e
Maria surpreende ungindo os pés de Jesus.
Lavar os pés dos hospedes era uma função
humilhante destinada aos escravos, água era mais do que suficiente. Maria usa
um perfume caríssimo, o valor equivalente ao que um trabalhador levaria um ano
para receber. Jesus merecia, e continua merecendo o melhor.
Um dos discípulos, o traidor, crítico da
atitude de Maria. Afinal de contas, ele cuidava das finanças dos apóstolos
surrupiando parte para o seu bolso. Um ladrão, corrupto, perdendo a
oportunidade de perdão e transformação, usufruindo da oportunidade de caminhar
e tocar no Mestre.
Em Betânia Jesus fez amigos, tinha uma casa que
o acolhia.
Em Betânia Jesus chorou (João 11.35) pela
condição humana de enfrentar a morte e declara a mais bela promessa: Eu sou a ressurreição e a
vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê
em mim, não morrerá eternamente. (João 11.25,26)
Em Betânia, mesmo em meio a toda turbulência religiosa
de sua época, Jesus ouve uma profissão de fé que ecoará por toda eternidade: Ela lhe respondeu: "Sim, Senhor, eu tenho crido que tu és o
Cristo, o Filho de Deus que devia vir ao mundo". (João
11.27)
Em Betânia Jesus ressuscita a
Lazaro, manifestando a grandeza do seu poder.
Que possamos subir diariamente
até Betânia oferecendo o nosso melhor para Jesus, Senhor e Salvador.
Pr Cláudio Eduardo
OBS:
Durante seis anos tive a
oportunidade de ser abençoado como líder da Igreja Batista Betânia em Gravatá,
Pernambuco, que carinhosamente chamava de família Betânia.
Lugar de acolhida, onde o amor
e a amizade nos ajudaram a vencer as adversidades.
Lugar de milagre e da
manifestação do poder de Deus.
Dedico com carinho esse texto
à “Família Betânia”, povo de Deus nesta cidade, chamados para “Construir uma
nova geração”.
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