OLHANDO PARA A MULTIDÃO ...
“...Jesus ...
viu uma grande multidão, teve compaixão deles, porque eram como ovelhas sem
pastor. Então começou a ensinar-lhes muitas coisas”.
(Marcos
6:34 NVI)
Segundo o
dicionário, compaixão é: “Participação da dor alheia com o intuito
de dividi-la com o sofredor”.
Quando olho
para o ministério terreno de Jesus, a missão dada aos doze apóstolos e a todos
os seus discípulos; vejo um constante chamado a nos importarmos uns com os
outros, a valorizarmos as pessoas, a sabermos dividir, e tudo isso a partir uma
constante experiência de amor para com Deus.
Compaixão não
se aprende nos bancos da escola, e muito menos dos seminários. Ter compaixão
não é ideologia, e não está atrelado a qualquer tipo de visão política,
sociológica ou filosófica.
Interessante observar
que os apóstolos estavam com Jesus em tempo integral, estavam sempre juntos,
ouviam seus ensinamentos, viam a disponibilidade do Mestre em socorrer as
pessoas a sua volta, mas não conseguiam ver a real necessidade da multidão que
estava com eles.
Mais que o
alimento, aquela multidão precisava conhecer a dignidade. Pessoas, que segundo
o olhar de Jesus, estavam perdidas, sem direção, sem alimentação (espiritual) e
sem segurança; afinal de contas era essa a tarefa do pastor de ovelhas, prover
alimento para saciar a fome, agua para “matar” a sede, abrigo e segurança para
proteção e acolhimento.
No Evangelho de
Marcos, capítulo seis, nos diz que Jesus sentiu grande compaixão da multidão e
começou a ensinar-lhes, não diz o teor do ensino, mas deve ter sido uma aula
extraordinária. É sobre essa aula extraordinária, que teve lições teóricas e
práticas que quero chamar a sua atenção.
As pessoas
estão numa busca constante de novidade que possam preencher o seu vazio, e como
é frustrante quando não se encontra o que está procurando. E o pior é que
muitas vezes não sabem o que precisam e onde procurar.
Os apóstolos
pensaram na fome do pão material, afinal de contas era uma multidão, não tinham
muito dinheiro, na visão deles não tinham outra coisa a fazer, a não ser “Mandar o povo
embora” e se livrarem daquele problema. “Despede a multidão para que possam ir aos campos e povoados vizinhos
comprar algo para comer”. (Marcos 6:36 NVI)
Jesus ensina a
multidão, Jesus ensinou aos seus apóstolos e discípulos, Jesus continua
ensinando em nossos dias, o problema é se queremos ou não aprender.
A igreja de
Jesus, a partir dos primeiros cristãos, sempre foram exemplo de compaixão, mas
em nossos dias fico a me perguntar:
- O que está
acontecendo?
- Como estamos
olhando para as multidões a nossa volta?
- Estamos nos
portando como os apóstolos ou como o Mestre Jesus?
Aprendemos
ainda, que quando colocamos a disposição do Senhor os nossos “Cinco pães
e dois peixes”, eles fazem maravilhas em nós e através de nós.
O Rei dos
reis, Jesus, o Cristo, mostrou grande compaixão por nós, chegando a cruz, e nos
trazendo a esperança da eternidade em sua presença.
Compaixão é
muito mais do que um programa de ação social, distribuição alimento ou ajuda
financeira, é um estilo de vida fundamentado na reciprocidade do grande amor de
Deus que um dia nos alcançou e transformou a nossa vida.
Não se trata
de um projeto surpreendente e nem dos recursos que você tem ou deixa de ter, a
questão é olhar para a multidão com o olhar de Jesus.
Pense nisso:
- O que
estamos fazendo para as multidões que estão a nossa volta?
- O que o
Mestre está nos mandando fazer?
Abraço,
Cláudio
Eduardo - Pastor