ELE, JESUS,
RESSUSCITOU ...
Se é somente para esta vida que temos esperança em
Cristo, dentre todos os homens somos os mais dignos de compaixão. Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos,
sendo as primícias dentre aqueles que dormiram. (1 Coríntios 15:19,20 NVI)
Todos os anos celebramos a Páscoa, e as vezes
entramos no automático sobre o seus significado, sua importância e seu valor
para todos os cristãos.
Diante disso quero começar com a instituição da
Páscoa para o povo de Israel:
Quando José era governador do Egito, Jacó e sua
família vão morar lá. “Todos os que foram para o Egito com Jacó,
todos os seus descendentes, sem contar as mulheres de seus filhos, totalizaram
sessenta e seis pessoas”. (Gênesis 46:26
NVI)
Passados em torno de quatrocentos anos, os
descendentes de Israel se tornam numerosos e são submetidos a um regime de
escravidão.
Deus escuta o clamor do seu povo e escolhe Moises
para liderar o Êxodo, não seria uma missão fácil. Faraó e a corte do Egito não
iam liberar com facilidade a sua mão de obra gratuita.
Deus se revela a Moises, explica a sua missão, num
primeiro momento num misto de medo e sentimento de incapacidade, ele tenta
recusar o convite. Não era um convite e sim uma ordem do Senhor.
A peleja diplomática entre Moisés e Faraó começa, o
governante do Egito se torna intransigente, não liberarei a minha força de
trabalho.
Pragas acometem a terra do Egito. Os descendentes
de Abraão, Isaque e Jacó são preservados, é poder de Deus! É milagre do Senhor!
A décima praga é o marco para organização religiosa
e política do povo de Israel. O calendário começa a contar a partir daquele
dia, seria o principal mês, um momento inesquecível.
O anjo da morte passaria naquela noite ceifando
todos os primogênitos, as casas que tivessem a marca do sangue do cordeiro eram
poupadas, o sangue do cordeiro é sinal de vida.
Páscoa, libertação e manifestação do poder supremo
do Senhor.
Na primeira páscoa aprendemos:
a) A Páscoa é uma celebração comunitária e onde
aprendemos a dividir. “Se uma família for pequena demais para um
animal inteiro, deve dividi-lo com seu vizinho mais próximo, conforme o número
de pessoas e conforme o que cada um puder comer”. (Êxodo 12:4 NVI)
Não existe desculpas para não celebrar e não
compartilhar!
b) A Páscoa é para ser celebrada com prontidão. “Ao
comerem, estejam prontos para sair: cinto no lugar, sandálias nos pés e cajado
na mão. Comam apressadamente. Esta é a Páscoa do Senhor”. (Êxodo 12:11 NVI)
Devemos estar preparados para ver o agir de Deus.
c) A Páscoa é um memorial, é uma festa para não esquecer
do poder e do milagre de Deus na libertação do seu povo. "Este dia
será um memorial que vocês e todos os seus descendentes o comemorarão como
festa ao Senhor. Comemorem-no como decreto perpétuo”. (Êxodo 12:14 NVI)
d) A Páscoa é pedagógica e mostra a responsabilidade dos
pais para com seus filhos. “Quando os seus filhos lhes perguntarem: ‘O
que significa esta cerimônia? ’, respondam-lhes: É o sacrifício da Páscoa ao
Senhor, que passou sobre as casas dos israelitas no Egito e poupou nossas casas
quando matou os egípcios". Então o povo curvou-se em adoração”. (Êxodo
12:26,27 NVI)
Começa o Êxodo, agora aquele pequeno grupo é uma
grande multidão. “Os israelitas foram de Ramessés até Sucote.
Havia cerca de seiscentos mil homens a pé, além de mulheres e crianças. Grande multidão de estrangeiros de todo tipo
seguiu com eles, além de grandes rebanhos, tanto de bois como de ovelhas e
cabras”. (Êxodo 12:37,38 NVI)
Então, sabemos que a vida religiosa do povo de
Israel teve os seus altos e baixos, e agora chegamos no tempo de Jesus, e
convido você a passearmos em três cenas distintas na vida Jesus relacionadas
com a Páscoa.
Jesus é levado como criança ao Templo na celebração
da Páscoa. “O menino crescia e se fortalecia, enchendo-se
de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele. Todos os anos seus pais iam a Jerusalém para
a festa da Páscoa. Quando ele completou doze anos de idade, eles subiram à
festa, conforme o costume”. (Lucas 2:40-42 NVI)
Observamos uma família temente a Deus, e não
era para ser diferente, eram os pais de Jesus o Cristo!
Agora, no início de seu ministério, o Evangelho de
João apresenta Jesus no templo no período da celebração da Páscoa. “Quando
já estava chegando a Páscoa judaica, Jesus subiu a Jerusalém. No pátio do templo viu alguns vendendo bois,
ovelhas e pombas, e outros assentados diante de mesas, trocando dinheiro. Então
ele fez um chicote de cordas e expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e
os bois; espalhou as moedas dos cambistas e virou as suas mesas”. (João 2:13-15
NVI)
Jesus, antes de se entregar para a crucificação,
apresenta o significado da Páscoa para os seus seguidores, Ele é o Cristo, o
Cordeiro Pascoal, O Cordeiro de Deus!
“Um pouco antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus
que havia chegado o tempo em que deixaria este mundo e iria para o Pai, tendo
amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim. Assim, levantou-se da
mesa, tirou sua capa e colocou uma toalha em volta da cintura. Depois disso, derramou água numa bacia e
começou a lavar os pés dos seus discípulos, enxugando-os com a toalha que
estava em sua cintura. Quando
terminou de lavar-lhes os pés, Jesus tornou a vestir sua capa e voltou ao seu
lugar. Então lhes perguntou: "Vocês entendem o que lhes fiz? Vocês
me chamam ‘Mestre’ e ‘Senhor’, e com razão, pois eu o sou. Pois bem, se eu, sendo Senhor e
Mestre de vocês, lavei-lhes os pés, vocês também devem lavar os pés uns dos
outros. Eu lhes dei o exemplo, para que vocês façam como lhes fiz”. (João 13:1;4,5;12-15 NVI)
Essa introdução nos ajuda a entender os fatos
históricos e a ver o significado do sacrifico de Cristo no Calvário.
A Páscoa instituída no Egito é memorial da
libertação da escravidão!
A Páscoa em Cristo é memorial da libertação da
escravidão do pecado e da consequência dele, a morte!
A Páscoa instituída no Egito precisava de um
animal, um cordeiro sem defeitos, para ser sacrificado em remissão dos pecados!
A Páscoa em Cristo, Ele mesmo é o Cordeiro de Deus!
A Páscoa instituída no Egito precisava de
sacrifício constante!
A Páscoa em Cristo foi uma única vez, para todo o
sempre!
Jesus, o Cristo, foi morto numa rude cruz. Ele
estava pendurado no madeiro para resgatar a humanidade do pecado e da morte!
Sempre
enfatizo a necessidade do resgate do Jesus histórico, que na sua época era tido
como um revolucionário.
Jesus
se levantou contra a religião legalista, formal, centralizada no Templo e no
sacrifício, falavam de Deus, mas estavam distantes do Senhor. Jesus condenou as
injustiças, a hipocrisia, e estava sempre pronto a acolher os marginalizados
por um sistema corrupto e opressor.
Jesus
é crucificado, morte dolorosa e extremamente cruel, tudo isso já havia sido
predito pelos profetas. A dores foram reais, e junto com as dores estava sobre
ele os pecados meus, os seus e de toda a humanidade. Como o
profeta Isaías já havia predito: “Mas ele foi transpassado
por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas
iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas
feridas fomos curados”. (Isaías 53:6
NVI)
A
morte de Jesus, o Cristo, é Deus cumprindo a sua parte no resgate da
humanidade, na cruz o grito de Jesus de “está consumado”, é declaração de
liberdade, estamos livres o medo da morte e de suas consequências na
eternidade. Agora temos somente que escolher se cremos e recebemos a oferta de
perdão e salvação derramada pelo sangue de Jesus na cruz.
Mais
hoje é domingo de Pascoa, Ele, Jesus o Cristo, ressuscitou!
Até
no anuncio da sua ressurreição, Jesus quebra protocolos, foram as mulheres as
primeiras a receberem a notícia que transformaria a história da humanidade, o
mundo não foi mais o mesmo, passamos a contar os anos entre antes e depois de
Cristo.
As
mulheres foram as primeiras a saber da ressurreição de Cristo porque tinham uma
missão a cumprir, precisavam cuidar do corpo do homem Jesus, foram ao sepulcro
para concluírem os serviços funerários, era doloroso para elas que seguiam a
Jesus, mas alguém tinha que fazer.
Tinham
o obstáculo da grande pedra que fechava o sepulcro, a única preocupação delas
naquele momento (Evangelho de Marcos 16:3), não faziam ideia do que Deus havia
preparado para elas naquela manhã.
Impacto
com cena da pedra removida, medo, tumulo vazio, e a declaração que vem ecoando
pelos séculos: “O anjo disse às mulheres: "Não tenham medo! Sei
que vocês estão procurando Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha
dito. Venham ver o lugar onde ele jazia.” (Mateus 28:5,6 NVI)
A ressurreição de
Jesus Cristo é o momento de renovação da esperança, onde estavam os seus
discípulos entre a sua morte e a sua ressurreição?
Isso não importa
muito!
O que importa é
que um pequeno grupo de homens e mulheres após o encontro com o Cristo
ressurreto foram agentes de transformação da história da humanidade. A
revolução que começou na palestina há mais de dois mil anos chegou até nós e
vem transformando a minha vida, e espero que dia a dia transforme a sua.
Desde do dia da ressurreição, mentiras vem sendo
propagadas a respeito desse fato de fé e esperança!
A Igreja em Corinto experimentava essa
problemática, pessoas estavam enfatizando que a ressurreição de Jesus era um
engodo.
O apóstolo Paulo como a seção sobre a ressurreição
com uma afirmação testemunhal, ainda havia pessoas vivas que viram o Cristo
ressurreto, não é um mito ou uma mentira. A ressurreição é a nossa garantia da
eternidade; Jesus é o primeiro de uma multidão.
“Pois o que primeiramente lhes transmiti foi o que
recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia,
segundo as Escrituras, e apareceu a Pedro e depois aos Doze. Depois disso
apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez, a maioria dos quais ainda
vive, embora alguns já tenham adormecido”. (1 Coríntios 15:3-6 NVI)
“Se é somente para esta vida que temos esperança em
Cristo, dentre todos os homens somos os mais dignos de compaixão.
Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos,
sendo as primícias dentre aqueles que dormiram”. (1 Coríntios
15:19,20 NVI)
1. A RESSURREIÇÃO DE JESUS MUDOU A HISTÓRIA!
Um grupo formado por aproximadamente 120 pessoas,
reunidos em Jerusalém. Seguidores do Messias, humilhado, maltratado e
crucificado, encontram com o Cristo ressuscitado, deixaram o luto de lado,
entenderam a sua verdadeira missão e transformaram o mundo.
O tempo no mundo ocidental passou a ser contado em
antes e depois de Cristo. A mensagem do evangelho derrubou barreiras e
conquistou o império romano, atravessou os oceanos, e chegou até nós.
2. A RESSURREIÇÃO DE JESUS É A NOSSA GARANTIA DA VITÓRIA!
As coisas por aqui são passageiras, todos
morreremos um dia, os personagens bíblicos do passado morreram. Familiares e
amigos estão morrendo, a morte faz parte da história da vida, e enquanto Jesus
não voltar, um dia chegará a nossa vez!
A eternidade está prometida, e aqueles que
aceitarem o sacrifício de Cristo na cruz, viveram eternamente com Cristo, o
Senhor e Salvador.
Como nossa esperança em Cristo é para o aqui e
agora e para o todo sempre, cantemos de maneira triunfante o hino da vitória,
ensinado por Paulo aos crentes da cidade de Corinto:
A morte foi destruída pela vitória".
"Onde está, ó morte, a sua vitória?
Onde está, ó morte, o seu aguilhão? "
O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado
é a lei.
Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por meio
de nosso Senhor Jesus Cristo. (1 Coríntios 15:54-57 NVI)
Enquanto estamos aqui, vamos obedecer e vamos
trabalhar:
Portanto, meus amados irmãos, mantenham-se firmes,
e que nada os abale. Sejam sempre dedicados à obra do Senhor, pois vocês sabem
que, no Senhor, o trabalho de vocês não será inútil. (1
Coríntios 15:58 NVI)
Abraço,
Cláudio Eduardo - Pastor